Zizi Pedruco
Ramos-Horta e Xanana Gusmão atingiram um novo patamar de vergonha nacional ao condenarem os doentes timorenses a serem tratados em Atambua, Indonésia.
Os dois "donos disto tudo" decidiram que a melhor solução para a saúde dos timorenses era entregá-la a uma cidadezinha Indonésia mais pobre do que Timor-Leste. E o nosso Presidente, que agora parece um especialista em saúde só porque fez uma visita a um hospital em Atambua! Eu queria era vê-lo a visitar os hospitais e centros de saúde em Timor-Leste, a ver a miséria em que estão e, depois, exigir ao governo que investisse seriamente nesta área crucial para a vida dos timorenses.
Mas não, agora até Atambua vai lucrar com os nossos petrodólares! Como se não tivéssemos onde gastar esse dinheiro em Timor, como se não fosse óbvio que investir nos nossos próprios hospitais daria a TODOS os timorenses o tratamento digno e profissional que merecem. Mas, claro, isso daria muito trabalho a esta corja de bandidos, e isso é que não. Certo? Sim!
Dizem Horta e Xanana que esta decisão é para poupar dinheiro, porque sai mais barato mandar doentes para Atambua do que para outros lados do mundo. Mas umas perguntas pertinentes que eu tenho para estes senhores: já não pouparam o suficiente quando roubaram, durante anos, milhares de milhões dos cofres do Estado? Dinheiro que pertence ao povo, mas que vocês pilham como se fosse vosso! Não pouparam o suficiente quando sugaram o sangue deste povo para beneficiar os vossos amigos e familiares, enchendo-lhes os bolsos com cargos de luxo, contratos milionários e privilégios pagos pelo suor de quem trabalha de verdade?
E este povo, o mesmo que vos deu de bandeja esta independência, o que recebeu em troca? Um país onde a saúde e a educação são um privilégio e não um direito, onde os hospitais são armazéns de doentes sem condições, onde os jovens não veem futuro e os velhos morrem esquecidos. Um país onde os mesmos rostos se agarram ao poder como sanguessugas, garantindo que as suas famílias vivem no luxo enquanto a maioria luta pela sobrevivência. Até hoje, pouco ou nada foi dado de volta ao verdadeiro herói da Pátria Maubere, o povo!
Entretanto, Timor-Leste, rico em petróleo e gás, vai continuar a exportar doentes em vez de construir um sistema de saúde decente. Porque, pelos vistos, o IX governo descobriu que é mais barato mandar os doentes embora do que fazer o que realmente importa. Se fosse ao contrário, e fossem os doentes de Atambua a serem transferidos para Díli, até faria algum sentido. Mas não, aqui estamos nós, a baixar ainda mais a cabeça e a atirar a dignidade nacional para o caixote do lixo.
E depois há aquela personagem especial: a ministra da Saúde, que já devia ter sido demitida há séculos. Mas, pelos vistos, a sua alegada relação amorosa com Xanana Gusmão tem mais peso do que qualquer interesse nacional. Ela não é só ministra da Saúde, é o verdadeiro interesse supremo da nação… ou melhor, de Xanana Gusmão.
Hoje entregam a saúde, amanhã entregam Naktuka à Indonésia. Estarão Ramos-Horta e Xanana a preparar, discretamente, uma nova integração? Será que amanhã veremos Eurico Guterres nomeado ministro timorense residente na Indonésia, uma espécie de embaixador sem título oficial, mas com privilégios de luxo?
Ou talvez, com os cofres do Estado a esvaziarem-se a uma velocidade recorde e o país cada vez mais perto de se tornar num Estado falhado (falta pouco!), estejam simplesmente a preparar um lugarzinho seguro para onde possam fugir. Quando já não houver nada para roubar, quando a destruição estiver completa, talvez os vejamos a gozar as suas "merecidas" reformas em palácios luxuosos construídos em Atambua, pagos com o sofrimento e o sangue do povo timorense.
Xanana e Ramos-Horta, que um dia foram heróis nacionais, agora brilham mais como palhaços de circo, mas daqueles que ninguém acha graça, que fazem truques baratos e mal ensaiados, tropeçando nas próprias mentiras enquanto a plateia, incrédula, assiste a este espetáculo de decadência e vergonha nacional.
Quo Vadis, Ramos-Horta e Xanana Gusmão?
Ler também: Governo timorense considera enviar pacientes para hospitais em Atambua para poupar dinheiro
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