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Foto, Facebook |
Timor Hau Nian Doben
A deputada da Fretilin, Nurima Alkatiri, exigiu explicações urgentes do governo sobre a tragédia que ocorreu recentemente no Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV), onde a falta de eletricidade resultou na morte de um recém-nascido que necessitava de uma incubadora.
A parlamentar considera inaceitável que, em pleno século XXI, o maior hospital do país não consiga garantir um serviço tão básico como a eletricidade, comprometendo vidas humanas.
“Como é possível que, num hospital de referência, falhe algo tão essencial como a eletricidade? Esta tragédia não pode ser vista como um mero incidente, mas sim como um reflexo da má gestão e da falta de compromisso com a saúde pública”, afirmou Nurima Alkatiri.
A deputada dirigiu perguntas urgentes ao governo, exigindo esclarecimentos e ações imediatas.
“Onde está o gerador do HNGV e por que motivo não funcionou no momento crítico? O hospital deveria estar devidamente equipado e preparado para emergências como esta. Quem é responsável por esta negligência? Todos os anos são alocados milhões de dólares ao setor da saúde, mas os serviços continuam a deteriorar-se devido a má gestão e ausência de liderança. Quem assumirá a responsabilidade por este nível de incompetência, que custa vidas humanas?Até quando o sistema de saúde continuará a colapsar? Há falta de medicamentos, equipamentos e profissionais qualificados em número suficiente. Agora, até a eletricidade falha, sem um sistema de backup funcional. Que medidas pretende o Governo implementar para evitar que tragédias como esta voltem a acontecer?”, perguntou a parlamentar.
Nurima Alkatiri sublinhou que a morte deste bebé não pode ser reduzida a uma simples estatística.
“Isto não é apenas um número, mas sim uma consequência direta da irresponsabilidade dos governantes e da falta de compromisso com o bem-estar da população. O povo timorense não pode continuar a ser tratado com negligência. O tempo das desculpas acabou. Exigimos respostas, soluções concretas e medidas urgentes para garantir um sistema de saúde digno, funcional e de qualidade”, concluiu a parlamentar.
A crise na saúde em Timor-Leste gera uma grande preocupação entre os timorenses. No passado mês de janeiro, foram registadas 600 mortes em 48 horas no hospital da capital. A direção do Hospital Nacional Guido Valadares admitiu também que as mortes registadas em 2024 estão acima dos padrões estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde.
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