Lusa
O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, disse hoje que Timor-Leste está a fazer “progressos positivos” para a aderir à Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) no próximo ano, durante a presidência da Malásia da organização regional.
“Há certos requisitos, em alguns estamos avançados, e em outros menos, porque são mais difíceis de cumprir, porque há normas e leis. Em termos gerais posso dizer que estamos a 50% de preparação”, afrmou Xanana Gusmão.
O chefe do executivo timorense falava aos jornalistas no aeroporto de Díli, depois de uma visita ofcial à Malásia, a primeira que fez àquele país, que vai assumir em janeiro a presidência da ASEAN.
O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, disse “que vai fazer todo o possível” para Timor-Leste ser membro pleno da ASEAN durante a presidência da Malásia, “que se dispôs a receber” os técnicos timorenses para formação, afrmou Xanana Gusmão.
Anwar Ibrahim deu o “exemplo do Camboja e do Laos que também levaram vários anos para entrar e depois de completarem os requisitos mais importantes, entraram e depois foram cumprindo os restantes”, acrescentou o primeiro-ministro timorense.
A vice-ministra para os Assuntos da Associação das Nações do Sudeste Asiático, Milena Rangel, que acompanhou o primeiro-ministro na viagem, disse aos jornalistas que o “progresso é positivo”, mas que há acordos económicos que ainda estão a ser tratados, porque as negociações levam mais tempo.
Durante a visita, os governos de Timor-Leste e da Malásia, assinaram também acordos relativos à isenção de vistos, à cedência de um terreno em Díli para a construção da embaixada daquele país em Timor-Leste e um último relativo a ligações aéreas da Batik Air.
Os Estados-membros da ASEAN chegaram a um acordo de princípio em novembro de 2022 para integrar Timor-Leste na organização regional, passando o país a ter estatuto de observador e a poder participar em todas as reuniões, incluindo nas cimeiras.
A Presidência e o Governo timorenses decidiram apontar o ano de 2025 para a concretização da adesão plena, tendo em conta o cumprimento de um roteiro, que exige o estabelecimento de acordos e missões diplomáticas, construção de infraestruturas e preparação de recursos humanos, entre outros.
O primeiro-ministro viajou acompanhado ainda do vice-primeiro-ministro e ministro do Turismo e Ambiente, Francisco Kalbuadi Lay, e dos ministros dos Negócios Estrangeiros, Bendito Freitas, do Ensino Superior, José Jerónimo, da Saúde, Élia Amaral, e do secretário de Estado da Comunicação Social, Expedito Dias Ximenes.
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