Zizi Pedruco
Há uns dias que esta notícia corre pelas redes sociais em Tétum mas devido ao dia solene que se aproximava, 12 de novembro e por respeito, eu preferi adiar uns dias para vos vir contar esta história em Português aos senhores leitores, pois uma parte dos que aqui nos visitam são falantes da língua de Camões.
Então aqui vai…
Na semana passada o Presidente da República, Ramos-Horta, foi a Kupang numa visita que eu acredito que tenha sido privada (noticia-se que representou o Estado timorense), mas não creio que tenha sido o caso, porque, se não estou em erro e as minhas fontes não me falham, não careceu de autorização do Parlamento para se deslocar à Indonésia, desta vez o Zé agiu em conformidade com a Constituição timorense, artigo 80.º, 3. ALELUIA!
Nesta deslocação à Indonésia, Ramos-Horta encontrou-se com as autoridades locais bem como com o líder das milícias, Eurico Guterres, que foi uma figura chave na violência que ocorreu em Timor-Leste em 1999 e foi mais tarde acusado pela ONU de crimes contra a humanidade, incluindo homicídio, perseguição e outros atos desumanos contra os timorenses.
Foi com este assassino que matou tantos timorenses inocentes que Horta foi mendigar a reconciliação! Sacana, hipócrita! Como podem querer se reconciliar com este assassino de guerra quando os próprios timorenses ainda não fizeram a verdadeira reconciliação entre eles, vamos lembrar a última campanha eleitoral para a presidência, o canalha do Xanana fartou-se de insultar o outro candidato, Lu-Olo. Porquê que o José não falou em reconciliação naquela altura?
Porquê que José Ramos-Horta não tentou uma reconciliação com Mauk Moruk?
Ele era um dos nossos e a ele devemos também anos da vida dele para a luta pela libertação. Para ele só houve perseguições e balas, muitas balas, assassinaram o comandante sem dó nem piedade. Mas para o assassino Eurico até há convite para uma visita para dia 28, é completamente inaceitável esta atuação de José Ramos-Horta, para um Nobel da Paz é altamente condenável!
Horta tem uma agenda e não tem nada a ver com o bem-estar dos timorenses, durante esta presidência ele tudo fará para se projetar internacionalmente (usando recursos timorenses, chulo!) de modo a atingir os seus objetivos, um cargo internacional na ONU ou outra organização internacional. A mim não me enganas tu, José!
Impressiona-me o facto de ele ter abandonado Timor numa visita privada para ir visitar Eurico Guterres numa altura tão importante para o país, a apresentação do Orçamento Geral do Estado (OGE). Não seria de interesse nacional (adoro esta hipocrisia) que Ramos-Horta assistisse ao debate do Orçamento? Ahhhh, que se lixe, não é, Zé? Afinal não passas também de um pau-mandado e a tua aprovação já estava mais do que garantida, mesmo que seja um OGE contra o povo e contra o desenvolvimento de Timor-Leste.
Ahhhh, Zé, que vergonha! Mais aquela China Pirata a atuar como uma ditadora e a permitir a compra dos Prados em vez de um investimento na saúde como queriam propor a Fretilin e o PLP mas a Chinoca não lhes deu a palavra, Suharto style!
Apesar da Constituição estipular que, “O Presidente da República é o garante da Constituição, da unidade do Estado e do regular funcionamento das instituições democráticas…”, Horta preferiu ir jantar à luz das velas com o assassino Eurico Guterres.
Mas a ironia das ironias foi que nem o assassino Eurico Guterres quer nada com o Horta e numa entrevista a um órgão de comunicação indonésio, Guterres disse: “ Eu não quero nada com eles, eles são maus. Eu não os procurei, mas ele (Presidente da RDTL) é que me veio procurar. EMBRULHA, Zé!
Horta parece ter um carinho especial por este tipo de assassinos, lembrem-se que há uns anos também libertou um outro milícia criminoso, Maternus Bere. Isto deve ser algum fetiche (tara) que este homem tem, só pode!
Toda a presidência de Ramos-Horta tem sido uma valente traição ao povo Maubere; corrupção, nepotismo, abuso de poder e violência contra os timorenses têm sido a marca deste “reinado” de Ramos-Horta.
Quo Vadis, Zé?
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