Timor Hau Nian Doben
O Presidente da República (PR), Ramos-Horta, em entrevista aos jornalistas em Díli afirmou que o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, não deve intrometer-se na política de reconciliação do Chefe de Estado com os autonomistas que residem em Timor Ocidental e devia preocupar-se em corrigir o problema do partido da Fretilin que está a perder votos.
“ O secretário-geral da Fretilin é melhor preocupar-se com o problema da Fretilin, porque nas eleições está sempre a baixar (perder votos), qualquer dia já não há Fretilin, por isso é melhor o avô secretário-geral preocupar-se na reconstrução da Fretilin e não precisa de se preocupar com o Presidente da República”, disse Horta.
Em jeito de gozo o PR afirmou que o seu mandato está a correr muito bem, que era reconhecido mundialmente e que ele estava bem de saúde.
“O Presidente da República está bem de saúde, o seu mandato está a correr bastante bem, o maun boot Xanana está contente com o mandato do Presidente. Por isso, eu digo aos partidos pequenos, Fretilin e PLP, para se preocuparem com os partidos deles que desceram bastante (nas eleições).
Ramos-Horta respondia assim às críticas feitas por Mari Alkatiri na semana passada na sequência da política de reconciliação com os autonomistas que estão em Timor Ocidental.
O chefe de Estado foi a Kupang há uns dias para negociar a reconciliação com os timorenses autonomistas que se encontram em Timor Ocidental para se poder “encerrar o capítulo de 1999”.
Nesta visita à Indonésia, Horta encontrou-se com o líder das milícias Aitarak, Eurico Guterres, condenado pela ONU por crimes graves contra os timorenses em 1999, para discutirem o plano de reconciliação e o PR convidou o criminoso para regressar a Timor-Leste para as comemorações da Restauração da Independência no próximo dia 28.
A política de reconciliação de Ramos-Horta e o convite feito a Eurico Guterres levantou uma onda de revolta nas redes sociais por parte dos timorenses, sendo muitos da opinião de que “ainda não chegou o tempo” para se falar de uma “verdadeira reconciliação” porque existem ainda“ muitas feridas abertas”.
Fonte, GMNTV
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