terça-feira, 19 de novembro de 2024

Horta pediu a Alkatiri para não se intrometer na sua política de reconciliação com os autonomistas


Timor Hau Nian Doben

O Presidente da República (PR), Ramos-Horta, em entrevista aos jornalistas em Díli afirmou que o  secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, não deve intrometer-se na política de reconciliação  do Chefe de Estado com os autonomistas que residem em Timor Ocidental e devia preocupar-se em corrigir  o problema do partido da Fretilin que está a perder votos.

“ O secretário-geral da Fretilin é melhor preocupar-se com o problema da Fretilin, porque nas eleições está sempre a baixar (perder votos), qualquer dia já não há Fretilin, por isso é melhor o avô secretário-geral preocupar-se na reconstrução da Fretilin e não precisa de se preocupar com o Presidente da República”, disse Horta.

Em jeito de gozo o PR afirmou que o seu mandato está a correr muito bem, que era reconhecido mundialmente e que ele estava bem de saúde.

“O Presidente da República está bem de saúde, o seu mandato está a correr bastante bem, o maun boot Xanana está contente com o mandato do Presidente. Por isso, eu digo aos partidos pequenos, Fretilin e PLP, para se preocuparem com os partidos deles que desceram bastante (nas eleições). 

Ramos-Horta respondia assim às críticas feitas por Mari Alkatiri na semana passada na sequência da política de reconciliação com os autonomistas que estão em Timor Ocidental.

O chefe de Estado foi a Kupang há uns dias para negociar a reconciliação com os timorenses  autonomistas que se encontram em Timor Ocidental para se poder “encerrar o capítulo de 1999”.

Nesta visita à Indonésia, Horta encontrou-se com o líder das milícias Aitarak, Eurico Guterres, condenado pela ONU por crimes graves contra os timorenses em 1999, para discutirem o plano de reconciliação e o PR convidou o criminoso para regressar a Timor-Leste para as comemorações da Restauração da Independência no próximo dia 28.

A política de reconciliação de Ramos-Horta e o convite feito a Eurico Guterres levantou uma onda de revolta nas redes sociais por parte dos timorenses, sendo muitos da opinião de que “ainda não chegou o tempo” para se falar de uma “verdadeira reconciliação” porque existem ainda“ muitas feridas abertas”.

Fonte, GMNTV

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