sábado, 30 de novembro de 2024

Ex-PM timorense Taur Matan Ruak afirma que melhor reconciliação é a que “sai do coração”

Lusa - Isabel Marisa Serafim

Díli, 30 nov 2024 (Lusa) – O antigo primeiro-ministro timorense Taur Matan Ruak afirmou que a melhor reconciliação é a que “sai do coração”, referindo-se à recente indignação social provocada com um convite ao líder das milícias para participar nas celebrações da declaração da independência.

“Vão ter de deixar o tempo se encarregar um bocadinho, enquanto moral e psicologicamente as pessoas não estão preparadas, não para a generalidade da reconciliação, mas para fações muito concretas, o caso do Eurico Guterres”, disse Taur Matan Ruak.

O Presidente timorense, José Ramos-Horta, convidou o antigo líder da milícia Aitarak para participar nas celebrações do 49.o aniversário da declaração unilateral da independência, que se assinalou na quinta-feira em Oecussi, provocando a indignação social.

Eurico Guterres liderou a milícia Aitarak, responsável por vários ataques em Timor-Leste e pela destruição de Díli, após o referendo de 1999, que determinou o fim da ocupação da Indonésia e a restauração da independência, em 20 de maio de 2022.

“É louvável que um Presidente da República o tenha feito, mas a sociedade não está preparada, não é que não queiram, não estão preparados. Isso significa deixar mais um bocadinho, que o tempo ajuda a apaziguar melhor”, salientou Taur Matan Ruak.

Segundo o também líder do Partido de Libertação Popular (PLP), a “melhor reconciliação é a que sai do coração”.

“É um processo interno, o externo pode influenciar, mas o interno é que determina”, afirmou.

Em relação aos acontecimentos ocorridos em 1999, Taur Matan Ruak disse que houve casos que a população ultrapassou, mas “há casos que ainda estão muito fresquinhos”.

“Não é que as pessoas não queiram, ainda não estão preparadas, para eles é cedo demais. Mas é sempre um ato louvável, mas é preciso ser muito cauteloso para depois gerir todo este problema emocional”, acrescentou.

MSE // VM Lusa/Fim

Foto, daqui.

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Discurso de Ramos-Horta destila ódio, falta de patriotismo, envergonha e humilha Timor-Leste




Zizi Pedruco

Acabei de ler o discurso para o dia da Restauração da Independência do palhaço do Ramos-Horta e sinceramente, quem é que este palhaço pensa que é para ir lavar a roupa suja perante aqueles que são os responsáveis pela morte de centenas de milhares  de timorenses e são acusados de crimes contra a humanidade? 

ÉS UM CANALHA, ZÉ, UM CANALHA MESMO!

Ramos-Horta está disposto a perdoar aqueles que mataram centenas de milhares de timorenses, mas continua a destilar ódio entre os timorenses, o discurso deste indivíduo destila ódio, falta de patriotismo e envergonha Timor e o povo.

“O conflito que assolou Timor-Leste, com a eclosão da Guerra Civil em agosto de 1975 provocada pela radicalização ideológica, criou divisões profundas que marcaram a nossa história. Estas divergências irracionais resultaram em uma trágica guerra entre irmãos, com perdas humanas inestimáveis e feridas profundas.”

 Dá-me a impressão que o mainato (Horta) do Xanana está a tentar culpar a Fretilin como a única responsável por este conflito, mas vamos lá refrescar a memória deste tipo e lembrar-lhe que foi o partido do cunhado dele quem iniciou este conflito “irracional”, ou seja a “santinha” UDT, e lá dizia o katuas Pedruco, “quem vai à guerra dá e leva”.

Houve sim radicalismos, de ambas as partes, mas hoje não é dia para se falar nisso, seu canalha! Hoje é dia para nos lembrarmos dos nossos mortos, de prestarmos-lhes a devida homenagem e honrá-los. Hoje não é dia para a tua propaganda (barata) para um cargo nas Nações Unidas, seu canalha!

Houve crimes horríveis sim, um que me impressionou foi a violação de uma rapariga no Hotel Timor em 1975, até hoje a senhora vive com este constante trauma, se calhar até sabes deste crime, como sabes tudo … Dizem as más línguas que foi um político atual timorense quem a violou…mas pronto…

Neste  discurso para os teus amigalhaços continuas a dizer mais asneiras, em que mundo vives?

“Hoje, Timor-Leste e a Indonésia são países livres e democráticos, cujas trajetórias exemplares demonstram que é possível superar conflitos do passado e construir um futuro de paz e cooperação. Essa reconciliação é um modelo para o mundo, mostrando que as diferenças podem ser transformadas em oportunidades de diálogo e colaboração.”

A Indonésia é um país democrático? HAHAHAHAHA, deve ser uma democracia ao teu estilo e ao estilo daquele que apalpa as raparigas! Tem juízo, pá! Timor é uma democracia? Pois, mas  em 2015 assassinaram Mauk Moruk por se opor ao déspota Gusmão. Nunca te vi pedires justiça para a morte de Mauk Moruk e os seus companheiros. Pois é, José...

Fez-me lembrar também a morte de Munir Said Thalib, tenho um livro nas minhas mãos e que te aconselho a ler, antes de dizeres barbaridades sobre a democracia na Indonésia, “ We have tired of violence” by Matt Easton. As vossas democracias estão mais a roçar para o estilo de Maquiavel.

“Se formos julgar o passado, comecemos com os episódios sombrios de violência registrados a partir de agosto de 1975, incluindo os massacres de Aileu e Same e as purgas ideológicas. Não podemos esquecer as lágrimas das vítimas dos inúmeros assassinatos políticos que privaram Timor-Leste de muitos de seus melhores filhos.”

Porquê e para quê? Não se entende estas tuas palavras a destilar o ódio hoje, porquê? Este vosso “modus operandi”, dividir para reinar, começa a ser insustentável num país que precisa urgentemente de andar para a frente para não se tornar num estado falhado. Mas não te preocupes, podes sempre pedir ao Eurico Guterres ou ao Probowo para ires viver para Kupang, admirei imenso que o teu discursozeco não tenha sido escrito em Indonésio, afinal as tuas palavras são apenas para eles.

Era mesmo necessário abrir uma ferida tão profunda num dia solene como o de hoje? Como Nobel da Paz não seria o teu papel unires os timorenses? Mas não, até parece que estás a desculpar o genocídio cometido pelo regime de Suharto. 

Vergonha, nojo e desprezo é o que mereces!

É absolutamente necessário manter relações com a Indonésia e até a reconciliação um dia terá de acontecer, mas não é necessário humilhar a história de Timor nem tão pouco os timorenses que tanto lutaram e centenas de milhares morreram para que hoje estejas a sentir-te tão grande e a latir em público a parte negra da nossa história. A roupa suja lava-se em casa, seu palhaço!

Hoje a luta dos timorenses foi humilhada, os nossos mortos desonrados e voltamos ao agosto negro de 1975, pelas mãos daquele que deveria ser o pilar da paz e da estabilidade do país, José Ramos-Horta.

“A política sem risco é uma chatice, mas sem ética é uma vergonha”, Sá Carneiro.

Nota do blogue: Podem ir ler o discursozeco completo na página oficial do tipo.

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Eurico Guterres e Probowo não vão participar nas comemorações da Restauração da Independência em Oecussi

Timor Hau Nian Doben

O líder da milícia Aitarak, Eurico Guterres, em entrevista a Neonmetin afirmou que não vai participar amanhã nas comemorações da Restauração da Independência, em Oecussi, por causa dos insultos aos heróis.

“Eu respeito o convite deles, mas porque insultam os heróis desta maneira, por isso eu evito, eu não vou. O meu pensamento é: o 28 de novembro é algo sagrado para todos, não vê se tu sofreste, se tu é que passaste dificuldades ou se és pobre ou rico”, afirmou ao Neometin.

Eurico Guterres explicou que não tinha medo, mas queria evitar problemas.

“Eu não tenho medo, mas tenho de evitar problemas. Eu não quero estar sempre a aumentar problemas, eu quero evitar isto”, disse.

O líder da milícia Aitarak informou também que outra razão pela qual ele não pode ir para Timor-Leste é o facto de ter contra ele um processo judicial de crimes sérios.

“Os outros podem ir, mas eu estou na lista e não posso ir nem para o estrangeiro, nem para Timor”, salientou.

De acordo com Guterres, o Presidente da Indonésia,  Probowo Subianto, que também foi convidado pelos governantes timorenses  não irá participar amanhã nas comemorações em Oecussi mas vai mandar um representante, contudo, estará presente para o ano.

O Presidente da República, Ramos-Horta, esteve com Eurico Guterres em Kupang há uns dias para discutirem o plano de reconciliação de forma a encerrar os acontecimentos violentos perpetrados pelas milícias indonésias em 1999 bem como o convidar para participar nas comemorações da Restauração da Independência, em Oecussi.

terça-feira, 26 de novembro de 2024

ONG pede a Presidente timorense para vetar Orçamento Geral do Estado para 2025

Díli, 26 nov 2024 (Lusa) – A organização não-governamental timorense La’o Hamutuk pediu hoje ao Presidente do país, José Ramos-Horta, para vetar o Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2025 por não priorizar as necessidades urgentes da população e do país.

“Solicitamos a sua Excelência o Presidente da República que utilize as competências constitucionais para vetar a proposta de lei do OGE 2025 e devolvê-la ao parlamento para que seja revista e reestruturada”, pode ler-se numa carta enviada pela La’o Hamutuk - Instituto Timor-Leste para Monitorização e Análise do Desenvolvimento - ao chefe de Estado e divulgada à imprensa.

“Consideramos que a proposta atual continua a não colocar a população no centro das políticas e prioridades para o país”, salienta a organização não-governamental.

O parlamento de Timor-Leste aprovou quarta-feira em votação final global a proposta de Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2025 no valor de 2,6 mil milhões de dólares (cerca de 2,4 mil milhões de euros).

O OGE foi aprovado com 42 votos a favor e 23 votos contra da Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin) e do Partido de Libertação Popular (PLP).

Segundo a proposta do Governo timorense, o OGE para 2025 assenta nos pilares essenciais para o desenvolvimento, nomeadamente os setores produtivos, incluindo infraestruturas, educação, saúde, proteção social e ambiental e no setor petrolífero.

Para a La’o Hamutuk, o país ainda não conseguiu ultrapassar problemas estruturais como “pobreza multidimensional, desnutrição, baixa qualidade na educação, sistema de saúde deicitário” e permanece com “infraestruturas básicas inadequadas para responder às necessidades da população”.

“O Governo continua a ambicionar projetos que trazem pouca certeza sobre o seu retorno social e económico”, airma a La’o Hamutuk, referindo-se ao projeto Tasi Mane, para desenvolvimento da indústria petrolífera e a reabilitação e construção dos aeroportos do Suai e de Dili.

A ONG critica também o facto de o OGE 2025 disponibilizar milhões de dólares para despesas relacionadas com o consumo e a falta de investimento em “áreas essenciais como a saúde, educação” e saneamento básico.

Na carta, a La’o Hamutuk airma ainda que tem dúvidas em relação ao “compromisso do Governo para fortalecer a economia”, reiterando que o executivo precisa de “investir seriamente em setores produtivos, como a agricultura, turismo comunitário” e a produção de bens.

MSE // CAD Lusa/Fim

domingo, 24 de novembro de 2024

Xanana apela ba povu atu “haluha buat hotu-hotu” no simu jeneral indoneziu sira ho “laran luak”


Timor Hau Nian Doben

Iha publikasaun ida iha Facebook Primeiru-Ministru, Xanana Gusmão, ne’ebé iha Oecussi ba selebrasaun sira Restaurasaun Independénsia nian iha loron 28, apela ba populasaun enklave nian atu haluha buat hotu-hotu ne’ebé akontese iha pasadu tanba rekonsiliasaun entre Timor- Leste no Indonézia sai ezemplu ba mundu.

Baikenu sira, Prezidente konvida eis generais balun sei mai. Fávor ida, simu ho laran luak bá tanba buat ida iha kotuk iha ona kotuk hodi ikus-mai iha futuro to’o ita-nia oan, ita-nia beioan sira-nia beioan tán labele iha tán problema hanesan uluk,”nia apela.

Xanana Gusmão husu ba povu liu-liu joven sira “bainhira rona informasaun mai hosi parte oioin ne‘ebé dehan katak labele tanba tenke iha justisa, tanba sira óho ida-ne‘e ida ne‘ebá, haluha tiha ida-ne‘e tanba Timor-Leste halo rekonsiliasaun boot tebtebes ida ne‘ebé mak fó ezemplu bá mundu tomak.”

Gusmão defende Indonézia no hatete katak karik invazor sira presiza hetan julgamentu, nasaun sira seluk ne'ebé ajuda iha invazaun ne'e mos tenke tama kadeia.

“Bainhira Indonézia la mai, Amérika la fa’an kilat musan no aviaun, Fransa, Alemaña, Inglaterra no hotu-hotu hakaral ema sira ne’e bá kadeia, hotu-hotu ne’ebe ajuda Indonézia hodi óho ita tenke bá hotu kadeia. Tanba iha mundu ne’e sé maka óho mak bá, sé mak fó kilat la bá. Tanba ida ne’e husu boot atu iha 26 to’o 28 fulan ne’e, maluk sira hosi sorin balun sei mai, ita tenke hatudu Timor-Leste, povu ida ne’e, katak iha maturidade politika. Liu-liu katuas sira hatene hanoin kona-bá sira-nia oan”, dehan.

Xefe Governu husu dala ida tan ba povu atu simu antigu jenerál indonéziu sira ho “laran luak” no “atu taka tilun ba ema sira ne’ebé bosok katak sei iha protestu no katak ema balun bele hetan detensaun”.

Kalkula katak durante tinan 24 okupasaun Indonézia nian, timoroan 200,000 maka hetan oho hosi forsa invazora. Profesor, filozofu no ativista polítiku,Noam Chomsky, hatete katak invazaun no okupasaun Indonézia nian iha Timor-Leste nu’udar ezemplu jenosídiu ne’ebé aat liu desde Holokaustu.


Xanana apela ao povo para “esquecer tudo” e receber generais indonésios com “coração grande”


Timor Hau Nian Doben

Numa postagem no Facebook o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, que se encontra em Oecussi para as comemorações da Restauração da Independência no próximo dia 28, apelou  à população do enclave para esquecer tudo o que aconteceu no passado porque a reconciliação entre Timor-Leste e a Indonésia é um exemplo para o mundo.

“Baikenos, o Presidente convidou alguns antigos generais (indonésios) para virem. Por favor, recebam com o  coração grande porque o que aconteceu no passado, ficou no passado, para que no futuro os nossos filhos, os nossos netos e os netos deles não tenham mais problemas como no passado” apelou.

Xanana Gusmão pediu ao povo, sobretudo aos jovens, “para quando ouvirem informações de várias partes que dizem que a reconciliação não pode ser feita porque tem de haver justiça, porque mataram este ou aquele, esqueçam isto porque Timor-Leste fez uma grande reconciliação que é  um exemplo para o resto do mundo”.

Gusmão defendeu a Indonésia afirmando que se os invasores têm de ser julgados, outros países que foram coniventes com a invasão também deveriam ir para a cadeia.

“Se a Indonésia não viesse, a América não venderia munições nem aviões, a França, Alemanha e Inglaterra. Querem que estes vão todos para a cadeia, todos os que ajudaram a Indonésia a matar-nos têm que ir todos para a cadeia. Porque neste mundo só os que matam é que vão (para a cadeia) quem fornece as armas não vai. Por isso, eu faço um grande pedido, entre 26 e 28 deste mês, alguns amigos do lado (Indonésia) vão vir, temos que mostrar Timor-Leste, que este povo tem maturidade política. Principalmente os idosos que sabem pensar no futuro para os seus filhos” disse.

O chefe do governo pediu mais uma vez ao povo para receber os antigos generais indonésios com “o coração grande” e “para fechar os ouvidos para as pessoas que mentem que irá haver protestos e que algumas pessoas poderão ser detidas”.

Estima-se que durante 24 anos de ocupação Indonésia mais de 200 mil timorenses foram mortos pelas forças invasoras. O professor, filósofo e ativista político, Noam Chomsky, afirmou que a invasão e a ocupação indonésia de Timor- Leste foram o  pior exemplo de genocídio desde o Holocausto.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Horta:“Eurico tem direito de vir a Timor e a Fretilin tem de ser levada à justiça” e Xanana matou Mauk Moruk?


 Timor Hau Nian Doben

Em entrevista aos jornalistas, o Presidente da República (PR), José Ramos-Horta, disse que o líder da milícia Aitarak, Eurico Guterres, embora tenha dupla nacionalidade, é timorense, por isso tem o direito a regressar a Timor.

“Eurico é timorense, embora ele tenha dupla nacionalidade, timorense e indonésia. A Indonésia não permite dupla nacionalidade, mas para Timor, ele tem direito de vir a Timor, desde que não haja nenhuma lei que o prenda”, explicou.

Ramos-Horta está preocupado com a reconciliação timorense porque está cheia de hipocrisia.

“A reconciliação timorense está cheia de hipocrisia. Apenas existe reconciliação com os  generais e os indonésios, não com os autonomistas”, afirmou o chefe de Estado.

O PR acusou a Fretilin de ter cometido crimes em 1975 e que é necessário que o partido seja levado à justiça.

“Falam muito sobre a justiça, mas a própria Fretilin tem de responder perante a justiça. As famílias dos sobreviventes e das vítimas vieram falar comigo (...) Por isso é melhor acabar com este processo”, disse.

O Presidente da República advertiu ainda para o perigo de o governo da  Indonésia estar a ouvir sobre a política de reconciliação.

“O governo Indonésio também ouve e pode pensar se Timor está a ser sincero ou não quando se fala sobre a reconciliação”, terminou.

O secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, respondeu  às acusações  feitas por Ramos-Horta num vídeo publicado pela RTM, onde disse para PR se calar e ameaçou Xanana de que iria contar tudo sobre o assassinato de Mauk Moruk.

“O Horta não precisa de falar. Eu apenas peço a Xanana, quem é que sabe melhor quando Mauk Moruk foi morto? Ele quer que eu fale? Quer? Eu falo. Não foram dadas ordens nenhumas para matar, nem para matar ninguém no mundo. Muito menos matar essa pessoa que já estava ferida e a sangrar, ele deu ordens na mesma (...) Ele (Xanana) já não era militar e vestiu a farda para comandar (a morte de Mauk Moruk). Eu quero isto publicado”, disse Alkatiri à Rádio Maubere.

Mari Alkatiri questionou de onde vinha Ramos-Horta em resposta às declarações do PR que acusou a Fretilin de ter morto mais pessoas do que as milícias indonésias.

“Aiiiii, mas tu vens de onde? Eu já assumi e pedi desculpas pelos erros da Fretilin, mas a Fretilin é uma coisa e as pessoas são outra coisa”, declarou o líder da Fretilin.

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Governo timorense aprova operação conjunta das forças de defesa e segurança

Sapo 

O Governo de Timor-Leste aprovou hoje uma resolução que prevê operações conjuntas entre as forças de defesa e a polícia até ao início de 2025 para "garantir a segurança, estabilidade e o bem-estar da população".

Apresentada pelos ministros da Defesa e do Interior, durante a reunião do Conselho de Ministros, a resolução prevê o "empenhamento operacional conjunto entre as Forças de Defesa e a Polícia Nacional de Timor-Leste [PNTL] para garantir a segurança, estabilidade e o bem-estar da população".

"A resolução do Governo estabelece operações de patrulhamento e vigilância em locais sensíveis de todos os municípios, prevenindo atos de instabilidade social. A força tarefa será coordenada pelo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e pelo comandante-geral da PNTL, com apoio de diversas entidades governamentais e institucionais", refere o comunicado do Conselho de Ministros.

A decisão do Governo prevê também "medidas específicas, como a definição de cadeias de comando, regras de empenhamento e apoio de inteligência, bem como o uso proporcional da força com a legislação em vigor".

Segundo o comunicado, a operação conjunta, que teve início na quarta-feira, vai decorrer até 05 de janeiro de 2025.

MSE // VQ

Lusa/Fim

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Xanana Ezije Rekonsiliasaun Iha FRETILIN Laran, Deputadu Sira Barullu Iha PN

Timor Post-: Cesário Sousa & Augosto Sarmento

DILI-Primeiru-Ministru Kay Rala Xanana Gusmão ezije rekonsiliasaun iha Partidu FRETILIN ninia laran, liga ho funu durante tinan-24 nia laran, nune’e hamosu kedas reajen iha Parlamentu Nasionál (PN).

Iha debate OJE 2025 tama ba Loron-Daneen iha faze espesialidade ba Sentru Nasionál Chega, Deputadu sira iha Parlamentu Nasionál koloka asuntu liga ba Rekonsiliasaun entre Timor-Leste ho Nasaun Viziñu Indonézia.

Hafoin deklarasaun Primeiru-Ministru remata, Bankada Opozisaun FRETILIN sira ne’ebé foti Ponto de Ordem, maibé Prezidente Parlamentu Nasionál, Maria Fernanda Lay, la fó tempu hodi kontinua aviza ba votasaun OJE 2025 ba Instituisaun sira.

Iha oras ne’e kedas Deputadu Bankada Opozisaun FRETILIN, hahú hakilar hasoru Prezidente Parlamentu Nasionál ikus mai Deputadu Bankada CNRT hatán hasoru malu, hodi Prezidente Parlamentu Nasionál hapara diskusaun hodi fó tempu ba intervalu.

Maski nune’e, iha plenária laran deputadu husi Bankada FRETILIN no CNRT kontinua hakilar malu kuaze minutu- tunulu laran hodi ke’e malu kona-ba istória luta nian. Nune’e plenária ba diskusaun kontinua fali iha tuku 15h00 lorokraik.

“Tanba ne’e mós ha’u iha Balidene’ebé husu ba Doutor LúOlo, Doutor Marí, ha’u dehan, favor ida, imi hanoin didi’ak ba, SéFretilin halo kongresu ida, hasai liafuan ida de’it, dehan katak partidu husu perdaun ba krime ne’ebé komete iha durante baze de apoiu di’ak liután,” Haktuir Primeiru Ministru Kay Rala Xanana Gusmão, iha ámbitu debate OJE 2025 faze espesialidade ba loron daneen, iha Plenária Parlamentu Nasionál, Tersa (19/11).

Tuir nia, rekonsiliasaun ne’e hahú husi uma laran, liuliu Timoroan sira tenke fó perdaun ba malu.

“Se hakarak haree istória ne’e ho onestidade, tanbasá maka iha 1981 kuandu reorganiza, hasai polítika ida dehan, se de’it maka hakarak ukun-aan mai partisipa, sei la husu ba se, o ne’e kór saida, tanba kór FRETILIN mós oho ema barak, hodi ida ne’e maka ita rekonsiliasaun ho Chega ita hakotu buat hotu-hotu,” esplika nia.

Xanana mós konta, bainhira hasoru malu ho Dom Martinho iha Mehara (Lautem), Dom Martinho lakohi ko’alia ho nia (Xanana) tanba komunista.

“Tanba momentu ne’ebáita tenke komu lima maromak laiha, kultura laiha, oho barak, Francisco Xavier, sai tama la simu komunizmu, ita temi revolusaun Sim, tanba revolusaun imi iha hanoin ne’e, uluk Marxista, LenenistaMaoista, ne’ebé ita haluha buat sira ne’e hotu,” konta nia.

Tuir Xanana katak, rekonsiliasaun ne’e atu akontese Timor- Leste ho Indonézia hamutuk hodi harii komisaun ida. Iha sentru nasionál Chega iha lansamentu ida-ne’e lider sira ko’alia ba malu buat hotu ne’ebé akontese iha kotuk ne’e husik hela no avansa ho buat foun hodi hateke ba oin.

“Ita buka took buat hotu ne’ebé ita halo iha kotuk ne’ebá, ita haluha hotu tiha, haluha ho sentidu ita lalika buka atu kastigu malu, maibé ho mínimu ita husu ita perdua ba malu. Husu deskulpa ba malu,” esplika nia.

Xanana mós haktuir, dezde rekonsiliasaun ho Indonézia, nune’e kontinua kedas ho konkordánsia ho Timoroan sira iha Kupang nune’e balun konsege fila mai hamutuk fali ho família sira iha Timor-Leste.

“Husi ne’ebá kedas mós hanoin ona kona-ba nahe-biti hodi prosesu ne’e lori tinan, tanba lori sira mai nahe-biti tuir ita nia kultura husu deskulpa ba malu,” esplika nia.

Maski nune’e, Reprezenta Partidu FRETILIN iha Parlamentu Nasionál, Deputadu AntoninhoBianco, lori partidu nia naran hodi halo defeza de Honra hasoru deklarasaun Primeiru- Ministru, Kay Rala Xanana Gusmão.

“Laiha Fretilín nasaun ne’e naran RDTL laiha, tanba ne’e ita sira ne’ebé ke sei moris tenke fó onra mós ba Fretilín duni maka kódigu naran oioin mosu, laiha Fretilín, laiha naran kódigu,” hateten nia.

Tanba ne’e nia hatutan, FRETILIN di’ak ka aat halo buat ruma ke no hotu-hotu ne’ebé sei metin iha ne’e.

Entretantu, ho akontesimentu ne’ebé akontese iha Plenária Parlamentu Nasionál, Xanana Gusmão husu deskulpa ba Povu no FRETILIN.

Mari Alkatiri acusa governo de neocolonialismo, contra povo e contra Estado


Timor Hau Nian Doben

Numa entrevista à Rádio Televisão Maubere, o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, acusou o Governo de Xanana Gusmão de ter aprovado um Orçamento Geral do Estado (OGE) contra o povo  e contra o Estado.

“ OGE é antipovo e anti-Estado, o OGE que eles aprovaram é um OGE que tira dinheiro do povo e entrega a privados, este é o OGE que eles acabaram de aprovar”.

Alkatiri acusa seis a sete por cento dos timorenses que enriqueceram repentinamente de controlarem totalmente a economia, os media, as redes sociais e ainda o óleo da EDTL.

“ Seis ou sete por cento de timorenses enriqueceram repentinamente. Eles é que controlam totalmente a economia, órgãos de comunicação social, redes sociais bem como o óleo da EDTL, já controlam tudo, agora querem controlar a economia na sua totalidade”, acusou.

O líder da Fretilin adverte para os perigos deste monopólio e afirmou que o povo timorense está a ser  vítima de neocolonialismo.

“Quando no futuro tiverem de fazer parcerias com os investidores de fora (...) já não vai ser entre público e privado ou privado e público. Vai ser privado com privado. Os timorenses vão ser colonizados ou neocolonizados. Como no passado havia o colonialismo e agora existe o neocolonialismo, os próprios timorenses (governo) tratam o povo como colonizados”, disse.

Mari Alkatiri que se encontra em Oecussi afirmou que não precisa de convites para assistir às celebrações da Restauração da Independência que se realizam no enclave, no próximo dia 28,  é o fundador e não tem lógica receber um convite quando vai para a sua própria casa.

“ Para participar no dia 28 de novembro, eu não preciso de convite, porque eu é que iniciei o 28 de novembro, eu sou o fundador, eu não preciso que hoje em dia um ministro me convide, eu não preciso. Em Oecusssi, então, eu é que sou o fundador (...) eu sou o presidente fundador da RAEOA. Eu venho para a minha casa, eu preciso que alguém me convide? Que lógica é essa?”, ironizou.

Fonte, RTM Maubere em Tétum.

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Horta husu Alkatiri labele mete iha ninia politika rekonsiliasaun ho autonomista sira


Timor Hau Nian Doben 

Prezidente Repúblika (PR), Ramos-Horta, iha entrevista ho jornalista sira iha Dili dehan katak, sekretáriu jerál Fretilin, Mari Alkatiri, labele interfere iha polítika rekonsiliasaun entre Xefe Estadu no  autonomista sira ne’ebé hela iha Timor Osidental no tuir lolos preokupa koriji problema sira iha partidu Fretilin nia laran ne’ebé lakon votus ba beibeik .

“Sekretáriu jerál Fretilin nian di’ak liu preokupa ho problema Fretilin nian, tanba iha eleisaun partidu sempre monu (lakon votu), loron ida sei laiha ona Fretilin, entaun avo sekretáriu jerál di’ak liu preokupa ho rekonstrusaun Fretilin nian no  la presiza preokupa ho Prezidente Repúblika”, tenik Horta.

Ramos-Horta  hatan ba krítika ne’ebé Mari Alkatiri halo iha semana kotuk kona ba polítika rekonsiliasaun ho autonomista sira iha Timor Osidental ne’ebe PR hahu halo. 

Xefe Estadu ba Kupang iha loron balun liuba hodi halo negosiasaun ba rekonsiliasaun ho timoroan otonomista sira ne'ebé maka hela iha Timor Osidental hodi nune'e bele “hakotu kapítulu 1999 nian”.

Iha vizita ida ne’e ba Indonézia, Horta hasoru malu ho líder milísia Aitarak, Eurico Guterres, kondenadu ida hosi ONU tanba komete  krime grave hasoru timoroan sira iha tinan 1999, hodi ko’alia kona ba planu rekonsiliasaun no PR konvida kriminozu ida ne’e atu fila mai Timor-Leste hodi selebra  Restaurasaun Independensia nian iha loron 28.

Polítika rekonsiliasaun Ramos-Horta nian no konvite ne’ebé halo ba Eurico Guterres hamosu revolta ida iha media sosial hosi parte timoroan nian, ho ema barak ho  opiniaun katak “tempu seidauk to’o” atu ko’alia kona-ba “rekonsiliasaun ida ne’ebé loos” tanba sei iha hela “kanek nakloke barak”.


Fonte, GMNTV

Horta pediu a Alkatiri para não se intrometer na sua política de reconciliação com os autonomistas


Timor Hau Nian Doben

O Presidente da República (PR), Ramos-Horta, em entrevista aos jornalistas em Díli afirmou que o  secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, não deve intrometer-se na política de reconciliação  do Chefe de Estado com os autonomistas que residem em Timor Ocidental e devia preocupar-se em corrigir  o problema do partido da Fretilin que está a perder votos.

“ O secretário-geral da Fretilin é melhor preocupar-se com o problema da Fretilin, porque nas eleições está sempre a baixar (perder votos), qualquer dia já não há Fretilin, por isso é melhor o avô secretário-geral preocupar-se na reconstrução da Fretilin e não precisa de se preocupar com o Presidente da República”, disse Horta.

Em jeito de gozo o PR afirmou que o seu mandato está a correr muito bem, que era reconhecido mundialmente e que ele estava bem de saúde.

“O Presidente da República está bem de saúde, o seu mandato está a correr bastante bem, o maun boot Xanana está contente com o mandato do Presidente. Por isso, eu digo aos partidos pequenos, Fretilin e PLP, para se preocuparem com os partidos deles que desceram bastante (nas eleições). 

Ramos-Horta respondia assim às críticas feitas por Mari Alkatiri na semana passada na sequência da política de reconciliação com os autonomistas que estão em Timor Ocidental.

O chefe de Estado foi a Kupang há uns dias para negociar a reconciliação com os timorenses  autonomistas que se encontram em Timor Ocidental para se poder “encerrar o capítulo de 1999”.

Nesta visita à Indonésia, Horta encontrou-se com o líder das milícias Aitarak, Eurico Guterres, condenado pela ONU por crimes graves contra os timorenses em 1999, para discutirem o plano de reconciliação e o PR convidou o criminoso para regressar a Timor-Leste para as comemorações da Restauração da Independência no próximo dia 28.

A política de reconciliação de Ramos-Horta e o convite feito a Eurico Guterres levantou uma onda de revolta nas redes sociais por parte dos timorenses, sendo muitos da opinião de que “ainda não chegou o tempo” para se falar de uma “verdadeira reconciliação” porque existem ainda“ muitas feridas abertas”.

Fonte, GMNTV

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

ALKATIRI KRITIKA PLANU REKONSILIASAUN RAMOS-HORTA NIAN BA OTONOMISTA SIRA

Timor Hau Nian Doben

Sekretáriu Jerál Fretilin nian, Mari Alkatiri, kritika planu rekonsiliasaun entre timoroan sira iha territóriu no sira ne’ebé hela iha Timor OsidentAl ne’ebé hahu hosi Prezidente Repúblika (PR), Ramos Horta.

Alkatiri akuza Horta katak nia buka votus tanba PR buka rekonsiliasaun  ho otonomista sira iha Timor Osidental, maibe iha teritoriu nia laran, lider timoroan sira hare’e malu la diak.

“Ha’u kestiona modelu polítika rekonsiliasaun ne’ebé halo hosi José Ramos-Horta ne’ebe hakarak rekonsiliasaun ho timoroan otonomista sira ne’ebe hela iha Timor Osidental, maske nune’e, iha rai laran líder sira hare’e malu la diak ”,dehan.

Líder Fretilin ne’e akuza PR katak nia la ko’alia ho nia (fila oin) durante serimonia Masakre Santa Cruz ne’ebé hala’o iha loron 12 fulan Novembru tinan ida ne’e.

"Nia maka atu ko'alia kona ba rekonsiliasaun no nia la fo’o oin mai hau, ne'e se maka sala?" husu Alkatiri.

Ba sekretáriu jeral Fretilin nian, laiha modelu rekonsiliasaun ne’ebé maka diak liu, “rekonsiliasaun tenke mai hosi laran, hosi fuan, la’os ita halo rekonsiliasaun hodi buka votus”, akuza.

Mari Alkatiri mos hatutan tan katak, “rekonsiliasaun entre povu Timor no Indonesia la presiza, presiza duni atu iha amizade (…) iha fator tolu iha ita nia relasaun ho Indonesia: povu ho povu, Estadu ho Estadu no problema timoroan sira ne’ebé moris iha Timor Osidental”.

Líder Fretilin ne’e mós kritika konvite ne’ebé PR halo ba autonomista Eurico Guterres atu ba Timor ba selebrasaun sira iha loron 28 fulan Novembru no afirma katak Loron Restaurasaun Independensia hanesan loron nasional no la’os kestaun pesoall,  povu tomak  tenke envolve. 

“Ida ne’e la’os assuntu  pesoal, tenke envolve povu tomak. Ema sira ke mai, sira mai atu tur hakmatek laos atu hetan problema (...), karik sira hetan problemas sira hakarak fila fali e depois Indonesia la simu sira, tenki kuidado”, esplika.

Mari Alkatiri kestiona karik Ramos-Horta sei simu Eurico Guterres iha nia uma no fó han nia karik nia (Guterres)  mai ba halo selebrasaun Restaurasaun Independensia.

“Sira dehan katak iha loron 28, Prezidente sei konvida Sr. Eurico Guterres, aii, no nia konvida ba han iha nia uma? 28 Novembru loron nasional, ita tenke konsulta ema barak, la’os dehan bele ka la bele konvida ema, tenke rona ema”, nia akresenta.

Mari Alkatiri sujere ba Prezidente Repúblika atu inklui povu no entidade sira seluk iha prosesu rekonsiliasaun ne’e, atu nune’e labele mosu konflitu entre timoroan sira iha territoriu no sira ne’ebe hela iha Timor Osidentál.

Ramos-Horta ba haree Eurico Guterres, iha Kupang, iha semana kotuk hodi ko’alia kona ba planu rekonsiliasaun atu nune’e bele taka akontesimentu violentu ne’ebé perpetra hosi milisia indonéziu sira iha tinan 1999.

Referendu realiza iha 30/08/1999 , ho partisipasaun tomak liu 90% iha referendu no 78,5% votus, mak Povu Timór rejeita ka la simu autonomia ne’ebé Indonézia propoin, hakarak hili mak independênsia formál.

Maski nune’e, milisias pró-Indonézia sira atua nafatin iha Territóriu laran tomak, hodi ataka mós sede UNAMET ( observadores Nasoens Unidas nian) no provoka Bispu D. Ximenes Belo sai ba Austrália, Kay Rala Xanana Gusmão simu azilu iha embaixada ingleza iha Jakarta. Milisias anti-independênsia sira sei kontinua oho ema barabarak, simu kilat no kro’at husi membrus ezêrsitu Indonézia, tanba la simu rezultadu referendu.

Fonte, GMNTV.

ALKATIRI CRITICA PLANO DE RECONCILIAÇÃO DE RAMOS-HORTA COM OS AUTONOMISTAS

Timor Hau Nian Doben

O secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri criticou o plano de reconciliação entre timorenses no território e os que vivem em Timor Ocidental arquitetado pelo Presidente da República (PR), Ramos- Horta.

Alkatiri acusou Horta de estar à procura de votos porque o PR está a tentar uma reconciliação com os autonomistas em Timor Ocidental, mas dentro do território, os líderes timorenses  não se entendem.

“Questiono o modelo político de reconciliação feito pelo José Ramos-Horta que quer uma reconciliação com timorenses autonomistas que vivem em Timor Ocidental, contudo, dentro do país os líderes não se entendem”, disse.

O líder da Fretilin acusou o PR de não lhe ter falado (virado a cara) durante as cerimónias do Massacre de Santa Cruz realizadas no dia 12 de novembro.

“Ele é que vai falar de reconciliação e ele não me fala (virou a cara), nesta situação quem e que está errado?”, perguntou Alkatiri. 

Para o secretário-geral da Fretilin não existem modelos de reconciliação que sejam melhores ou piores, “a reconciliação tem de vir de dentro, do coração, não é fazer a reconciliação para ganhar votos”, acusou.

Mari Alkatiri acrescentou ainda que, “não é necessária a reconciliação entre os povo  timorense e indonésio, é necessário sim de verdade para que exista amizade (...) existem três fatores na nossa relação com a indonésia:povo com o povo, Estado e Estado e o problema dos timorenses que vivem em Timor Ocidental”.

O líder da Fretilin criticou ainda o convite que o PR fez ao autonomista Eurico Guterres para ir para Timor para as comemorações no dia 28 de novembro, afirmando que o Dia da Restauração da Independência é um dia nacional e que não é um assunto pessoal, todo o povo tem de estar envolvido.

“Isto não é um assunto pessoal, o povo todo tem de estar envolvido. As pessoas que regressam têm que voltar para viverem em paz e não para terem problemas (...), se encontrarem problemas e se eles quiserem voltar e a Indonésia não os quiser receber? Temos que ter cuidado”, salientou.

Mari Alkatiri questionou se Ramos-Horta vai receber em casa e dar de comer a Eurico Guterres caso ele venha para as comemorações da Restauração da Independência.

“Dizem que no dia 28 o Presidente vai convidar o Sr. Eurico Guterres, aiii, e vai convidar para comer em casa dele? O dia 28 de novembro é um dia nacional, temos de consultar muitas pessoas, não é que se pode ou não se pode  convidar as pessoas, tem é que se ouvir as pessoas”, acrescentou.

Mari Alkatiri  propõe que o Presidente da República inclua o povo e outras entidades neste processo de reconciliação, para que não haja conflitos entre os timorenses do território e os que se encontram em Timor Ocidental.

Ramos-Horta esteve com Eurico Guterres, em Kupang, na semana passada para discutir este plano de reconciliação de forma a encerrar os acontecimentos violentos perpetrados pelas milícias indonésias em 1999.

O referendo foi realizado em 30/08/1999 e, com mais de 90% de participação no referendo e 78,5% de votos, o Povo Timorense rejeitou a autonomia proposta pela Indonésia, escolhendo, assim, a independência formal.

Apesar disso, milícias pró-Indonésia continuaram a actuar no território, atacando inclusive a sede da UNAMET (os observadores das Nações Unidas) e provocando a saída do Bispo D. Ximenes Belo para a Austrália, e o asilo de Xanana Gusmão na embaixada inglesa em Jacarta. Os assassinatos, promovidos por milícias anti-independência, armadas por membros do exército indonésio descontentes com o resultado do referendo, continuaram.

Fonte, GMNTV.

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

PR Ramos Horta Konvida Eurico Guterres, Esforsu Taka Prosesu 1999

Timor Post - Beatriz Belo & Augosto Sarmento

DILI—Eis lider timoroan pro autonomia iha 1999, Eurico Guterres posibilidade hetan konvite hodi partisipa komemorasaun loron proklamasaun independénsia ba dala 49, iha 28 Novembru.

Prezidente Repúblika José Ramos Horta hatete ligadu ho situasaun pasadu ne’ebé involve husi Eurico Guterres, liu-liu ba krime grave sira ne’e, lalika prosesa, tanba la relasaun ho partisipa iha komemorasaun atu organiza tempu besik.

Aleinde ne’e, PR Horta mós atu konvida Prezidente Repúblika Indonesia (RI), PrabowoSubianto mai vista Timor-Leste, maibé seidauk iha konfirmasaun, tanba Prabowo hala’o hela viajen ba Rúsia, Xina no Amérika. Bainhira Prabowo fila, maka halo konfirmasaun ho estadu Timor-Leste kona-ba vizita ne’e.

“Ita Konvida Prabowo mai vizita Timor-Leste iha fulan Dezembru tinan 2024 ne’e, maibé depende Prezidente Repúblika Indonesia nian ajenda, nune’e PR Horta konvida mós jenerál sira seluk atu mai vizita Timor-Leste,” afirma PR Horta.

Esforsu taka prosesu

PR Horta konta, esforsu aan makas hodi taka prosesu iha violénsia entre Timor oan ne’ebé akontese iha 1999.

Horta konsidera timoroan sira iha Kupang ne’e kazu espesiál, tanba 1999.Iha semana liu ba Horta ba Kupang hodi pasa ferias ho nune’e husu hasoru malu ho timoroan sira iha Kupang no iha jantár hamutuk.

“Ha’u hatete de’it ba sira katak, ha’u kontinua esforsu para ita taka duni prosesu 1999 ne’e, la bele de’it hanoin sira 1999 ona, ne’ebé lakon ona responsabilidade,” dehan Jose Ramos Horta.

Nia haktuir, di’ak liu, taka de’it prosesu ne’e 100%, Primeiru Ministru (PM), Kay Rala Xanana Gusmão sempre koordena, maibé daudaun ne’e hein de’it momentu ida para halo prosesu kona ba rekonsiliasaun ne’e.

RAMOS-HORTA FOI A KUPANG MENDIGAR RECONCILIAÇÃO A EURICO GUTERRES



Zizi Pedruco

Há uns dias que esta notícia corre pelas redes sociais em Tétum mas devido ao dia solene que se aproximava, 12 de novembro e por respeito, eu preferi adiar uns dias para vos vir contar esta história em Português aos senhores leitores, pois uma parte dos que aqui nos visitam são falantes da língua de Camões.

Então aqui vai…

Na semana passada o Presidente da República, Ramos-Horta, foi a Kupang numa visita que eu acredito que tenha sido privada (noticia-se que representou o Estado timorense), mas não creio que tenha sido o caso, porque, se não estou em erro e as minhas fontes não me falham, não careceu de autorização do Parlamento para se deslocar à Indonésia, desta vez o Zé agiu em conformidade com a Constituição timorense, artigo  80.º, 3. ALELUIA! 

Nesta deslocação à Indonésia, Ramos-Horta encontrou-se com as autoridades locais bem como com o líder das milícias, Eurico Guterres, que foi uma figura chave na violência que ocorreu em Timor-Leste em 1999 e foi mais tarde acusado pela ONU de crimes contra a humanidade, incluindo homicídio, perseguição e outros atos desumanos contra os timorenses.

Foi com este assassino que matou tantos timorenses inocentes que Horta foi mendigar a reconciliação! Sacana, hipócrita! Como podem querer se reconciliar com este assassino de guerra quando os próprios timorenses ainda não fizeram a verdadeira reconciliação entre eles, vamos lembrar a última campanha eleitoral para a presidência, o canalha do Xanana fartou-se de insultar o outro candidato, Lu-Olo. Porquê que o José não falou em reconciliação naquela altura?

Porquê que José Ramos-Horta não tentou uma reconciliação com Mauk Moruk? 

Ele era um dos nossos e a ele devemos também anos da vida dele para a luta pela libertação. Para ele só houve perseguições e balas, muitas balas, assassinaram o comandante sem dó nem piedade. Mas para o assassino Eurico até há convite para uma visita para dia 28, é completamente inaceitável esta atuação de José Ramos-Horta, para um Nobel da Paz é altamente condenável!  

Horta tem uma agenda e não tem nada a ver com o bem-estar dos timorenses, durante esta presidência ele tudo fará para se projetar internacionalmente (usando recursos timorenses, chulo!) de modo a atingir os seus objetivos, um cargo internacional na ONU ou outra organização internacional. A mim não me enganas tu, José! 

Impressiona-me o facto de ele ter abandonado Timor numa visita privada para ir visitar Eurico Guterres numa altura tão importante para o país, a apresentação do Orçamento Geral do Estado (OGE). Não seria de interesse nacional (adoro esta hipocrisia) que Ramos-Horta assistisse ao debate do Orçamento? Ahhhh, que se lixe, não é, Zé? Afinal não passas também de um pau-mandado e a tua aprovação já estava mais do que garantida, mesmo que seja um OGE contra o povo e contra o desenvolvimento de Timor-Leste. 

Ahhhh, Zé, que vergonha! Mais aquela China Pirata a atuar como uma ditadora e a permitir a compra dos Prados em vez de um investimento na saúde como queriam propor a Fretilin e o PLP mas a Chinoca não lhes deu a palavra, Suharto style! 

Apesar da Constituição estipular que, “O Presidente da República é o garante da Constituição, da unidade do Estado e do regular funcionamento das instituições democráticas…”, Horta preferiu ir jantar à luz das velas com o assassino Eurico Guterres.

Mas a ironia das ironias foi que nem o assassino Eurico Guterres quer nada com o Horta e numa entrevista a um órgão de comunicação indonésio, Guterres disse: “ Eu não quero nada com eles,  eles são maus. Eu não os procurei, mas ele (Presidente da RDTL) é que me veio procurar. EMBRULHA, Zé!

Horta parece ter um carinho especial por este tipo de assassinos, lembrem-se que há uns anos também libertou um outro milícia criminoso, Maternus Bere. Isto deve ser algum fetiche (tara) que este homem tem, só pode! 

Toda a presidência de Ramos-Horta tem sido uma valente traição ao povo Maubere; corrupção, nepotismo, abuso de poder e violência contra os timorenses têm sido a marca deste “reinado” de Ramos-Horta.

Quo Vadis, Zé?

Mais fotos aqui

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Opozisaun timoroan akuza Prezidente Parlamentu hala’o sesaun “ho hahalok la demokrátiku”


RTP NOTÍCIAS em Português - Tradução para Tetun de Timor Hau Nian Doben

Bankada Frente Revolusionariu Timor-Leste Independente (Fretilin) ​​nian ohin akuza Prezidente Parlamentu hodi hala’o debate Orsamentu Jeral Estadu nian “ho dalan la demokrátiku”, iha loron dahuluk, segunda-feira.

"Bankada Fretilin nian labele la halo denunsia katak, durante loron dahuluk debate nian iha espesialidade Orsamentu Jeral Estadu 2025 nian [OGE], sesaun ne’e hala’o ho forma la demokratika hosi Prezidente Parlamentu", Fernanda Lay, afirma, iha komunikadu , bankada lider opozisaun timoroan nian.

Fretilin hatene katak hahalok ida ne'e hanesan "deliberadu hodi trava partisipasaun ativu no relevante hosi opozisaun, inklui mos  desrespeitu no violasaun konstante hosi giaun no rejimentu Parlamentu nian".

Partidu ida ne’e esplika katak aprezenta ona proposta alterasaun ida atu nune'e dolar millaun 4,2 resin (besik euro millaun 3,8) ne'ebé destinadu ba sosa karreta foun sira ba Parlamentu sei dirije ba estabelesimentu sentru saúde rua, espesializadu iha kardiolojia no onkolojia.

Maibé, tanba erru tekniku ida hosi ekipa Parlamentu nian, proposta ne'e la rejista ho loloos iha sistema. Bainhira rekonese erru ida ne'e, ekipa teknika tenta hadi'a situasaun ida ne’e no hato'o proposta substituisaun ida. Maske nune’e, Prezidente Parlamentu nian,  rekuza hodi autoriza submisaun, nune’e nia  blokeia posibilidade hodi diskute realokasun ida ne’ebé maka prioridade liu no relevante ba saúde públika”, hatete Fretilin.

Iha protestu, "kontra jestaun la demokrátiku" no "violasaun hosi regra rejimental sira", tantu Fretilin no Partidu Libertasaun Populár (PLP) lakohi partisipa iha votasaun ba proposta sira ne'ebé maka iha hela diskusaun.

Iha komunikadu ida ne’e , partidu destaka katak nasaun hasoru hela "krize grave ida iha sistema saúde nian" no katak ema barak ho moras kardiaku no onkolojiku sira tenki  ba rai liur hodi simu servisu espesializadu sira.

Ministériu Saúde identifika tiha ona nesesidade hodi kria sentru sira ne’e,  kardiolojia no onkolojia nian. Maske nune'e, laiha fundu sira ne'ebé aloka iha OGE 2025 hodi hahu projetu sira ne'e, ne'ebé rezulta iha kontinuasaun falta asesu ba tratamentu krítiku sira ba sidadaun timoroan sira", salienta.

Fretilin husu ba Prezidénsia Parlamentu nian atu "respeita prinsípiu sira no fo’o prioridade ba populasaun nia moris diak " no  Parlamentu ho Governu "konsentra esforsu sira ba hadi'a kualidade moris sidadaun sira nian, fó onra ba sakrifísiu sira iha pasadu , liu hosi asaun konkretu sira ne’ebe fo’o  benefísiu ba povu iha  prezente no futuru".

Parlamentu timoroan hahú ona debate kona ba espesialidade hosi OGE ba tinan 2025 iha loron segunda ida ne'e, ne'ebé sei hala'o to'o loron 25.

OGE, ho folin dolar millaun rihun 2,617 (euro millaun rihun 2,430), la hetan  votu kontra, hetan aprovasaun iha jeneralidade iha loron sesta liuba, ho abstensaun partidu prinsipal opozisaun nian.

PR timorense diz que 12 de novembro é dia de memória e de reforço da liberdade


RTP NOTÍCIAS

O Presidente Timor-Leste afirmou hoje que o Dia Nacional da Juventude, em que se assinala o massacre de Santa Cruz, não é apenas "de memória", mas também de reforço da "liberdade e dignidade" dos timorenses.

"Hoje, estamos juntos para celebrar o Dia Nacional da Juventude, uma data que representa a vossa força e o vosso entusiasmo, que marca o 33.º aniversário de um evento inesquecível da nossa história, o massacre de Santa Cruz, que não é apenas um dia de memória, mas também um momento para reforçar a nossa liberdade e dignidade", disse José Ramos-Horta.

O chefe de Estado timorense falava nas celebrações do Dia Nacional da Juventude e do 33.º aniversário do massacre de Santa Cruz, em 12 de novembro de 1991, que incluíram uma missa em Motael e uma marcha até aquele cemitério histórico da capital timorense.

Naquela data, mais de duas mil pessoas reuniram-se numa marcha até ao cemitério de Santa Cruz, em Díli, para prestarem homenagem ao jovem Sebastião Gomes, morto em outubro desse ano pelos elementos ligados às forças indonésias.

No cemitério, militares indonésios abriram fogo sobre a multidão, provocando dezenas de mortos e de feridos.

Segundo números do comité 12 de novembro, 2.261 pessoas participaram na manifestação, 74 foram identificadas como tendo morrido no local e mais de 100 morreram nos dias seguintes no hospital militar ou em resultado da perseguição das forças ocupantes.


Para o prémio Nobel na Paz, naquele dia, os jovens timorenses enfrentaram o que muitos consideravam impossível e que se concretizou a 30 de agosto de 1999, com a realização do referendo, que permitiu a restauração da independência do país.
O Presidente timorense salientou que apesar dos desafios, Timor-Leste vive em paz e com instituições de Estado que funcionam.

José Ramos-Horta lembrou o jornalista Max Stahl, que filmou o massacre de Santa Cruz e permitiu que o mundo conhecesse o drama timorense.

"Quero prestar homenagem a todos os que sacrificaram as suas vidas no evento do massacre de Santa Cruz, todos eles merecem honra e respeito," disse o Presidente, que pediu para sararem feridas e olharem para o futuro para que o país seja um modelo de reconciliação.

Nas celebrações participaram, vários membros do Governo, deputados, o antigo Presidente timorense e presidente da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), Francisco "Lu Olo" Guterres, bem como o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, e elementos do corpo diplomático em Díli.

Nota do blogue: Fotos são de uma visita privada que Ramos-Horta fez a Nusa Tenggara Timur na semana passada onde se encontrou com Eurico Guterres, o líder das milícias indonésias, responsável por muitas mortes em 1999. Podem ver mais fotos aqui

Oposição timorense acusa presidente do Parlamento de conduzir sessão "de forma antidemocrática"

RTP NOTÍCIAS

A bancada da Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin) acusou hoje a presidente do Parlamento de conduzir "de forma antidemocrática" o debate na especialidade do Orçamento Geral do Estado, no primeiro dia, segunda-feira.

"A bancada da Fretilin não pode deixar de denunciar que, durante o primeiro dia de debate na especialidade do Orçamento Geral do Estado [OGE] de 2025, a sessão foi conduzida de forma antidemocrática pela presidente do Parlamento", Fernanda Lay, afirmou, em comunicado, a bancada do líder da oposição timorense.

A Fretilin entendeu que aquele comportamento esteja a ser "deliberado para bloquear a participação ativa e relevante da oposição, incluindo o constante desrespeito e violação do guião e do regimento do Parlamento".

O partido explicou ter submetido uma proposta de aditamento para que os cerca de 4,2 milhões de dólares (cerca de 3,8 milhões de euros) destinados à compra de novos carros para o Parlamento fossem direcionados para o estabelecimento de dois centros de saúde, especializados em cardiologia e oncologia.

"No entanto, devido a um erro técnico da equipa do Parlamento, a proposta não foi corretamente registada no sistema. Ao reconhecer o erro, a equipa técnica tentou corrigir a situação e submeter uma proposta substituta. A presidente do Parlamento, porém, recusou autorizar a submissão, bloqueando assim a possibilidade de se discutir uma realocação mais prioritária e relevante para a saúde pública", afirmou a Fretilin.

Em protesto, "contra a gestão antidemocrática" e a "violação das regras regimentais", tanto a Fretilin, como o Partido de Libertação Popular (PLP), recusaram participar na votação das propostas que se encontravam em discussão.

No comunicado, o partido salientou que o país enfrenta uma "grave crise no sistema de saúde" e que muitas pessoas com doenças cardíacas e oncológicas têm de ir para o estrangeiro para ter serviços especializados.

"O Ministério da Saúde já havia identificado a necessidade de criar centros de cardiologia e oncologia. Contudo, nenhum fundo foi alocado no OGE de 2025 para iniciar esses projetos, o que resulta na contínua falta de acesso a tratamentos críticos para os cidadãos timorenses", salientou.

A Fretilin pede à presidência do Parlamento que "respeite os princípios e priorize o bem-estar da população" e que o parlamento e o Governo "concentrem os seus esforços na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, honrando os sacrifícios do passado, através de ações concretas que beneficiem o presente e o futuro" do povo.

O Parlamento timorense iniciou na segunda-feira o debate na especialidade do OGE para 2025, que vai decorrer até dia 25.

O OGE, no valor de 2,617 mil milhões de dólares (2,430 mil milhões de euros), sem votos contra, foi aprovado na generalidade na passada sexta-feira, com o principal partido da oposição a abster-se.

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

PM Xanana hatán deputadu sira-nia preokupasaun kona-ba ró Haksolok


DILI, 08 novembru 2025 (TATOLI)—Primeiru Ministru (PM), Kay Rala Xanana Gusmão, hatán deputadu sira-nia preokupasaun kona-ba ró Haksolok.

“Horisehik no ohin, Deputadu ida husu ha’u atu responde ezije loos, kona-ba ró Haksolo. Ha’u atu dehan de’it, ita-boot lalika preokupa kona-ba ró, tanba ita-boot rasik mós dehan katak iha 2014 ha’u mak asina. Ha’u mak asina, ne’ebé preokupa halo saida. Se ha’u mak asina, buat ruma karik, ha’u mak sei responsabiliza. Ne’eduni, lalika preokupa ba ne’eba. Ha’u-nia resposta mak ida-ne’e de’it,” PM Xanana hato’o iha debate proposta Orsamentu Jerál Estadu (OJE) 2025 iha faze jeneralidade ba loron datoluk hodi hatan ba deputadu sira-nia preokupasaun kona-ba ró Haksolok, iha sala plenária PN, sesta ne’e.

Deputada FRETILIN, Maria Ana Bela Sávio, husu Primeiru-Ministru (PM), Kay Rala Xanana Gusmão, atu halo esplikasaun kona-ba ró Haksolok, tanba ne’e asina iha tempu Xanana nian no husu atu tau orsamentu iha OJE 2025.

Deputada CNRT, Cedelizia Faria dos Santos, dehan kona-ba ró Haksolok nian, tanba ohin Deputadu balun hateten PM mak tenke responde, maibé iha konstituisaun fó papél ba PN atu halo fiskalizasaun akompaña despeza ne’ebé mak Governu halo.

Nune’e, nia fó sai dadus orsamentu ne’ebé PN aprova ba ró Haksolok iha inísiu ne’e ho millaun $17,1 ne’ebé mak kompañia Atlantic konstrui iha tinan 2014 maibé iha OJE 2021 Governu aumenta osan no halo aprovasaun millaun $14 hodi finaliza ró Haksolok ne’e.

“Maibé, tekir-tekir orsamentu ida-ne’e, aloka fila-fali ba sosa asaun estaleiru iha Portugál. Agora ita tau tiha osan kompra ba ró, maibé ita ba halo investimentu millaun $14. Ida-ne’e mak dadus, no iha proposta OJE 2023 husu tan aumenta millaun $3,5. Nune’e, totál orsamentu gasta ba ró Haksolok inklui buat hotu ne’ebé ami hateten, ita kuaze atinje millaun $34,7,” nia dehan.

Nia preokupa, orsamentu ne’e loloos bele hola ró rua ka tolu maibé agora kondisaun ró Haksolok mós to’o agora mós la hatene kondisaun di’ak ka lae.

“Ami husu ba Governu Konstitusionál da-sia, ida pedidu Deputadu sira-nian husu atu tau osan ne’e favór ida haree didi’ak lai,” nia hateten.

Nia dehan, leitura mós iha relatóriu auditória kámara konta nian ba RAEOA iha 2016-2018 hatudu katak, konstrusaun ró Haksolok ho empreza Atlantic iha Figeira, Portugál ne’e kontra inisiál millaun $17,3 sa’e ba 24,5 ne’e seidauk inklui 2021-2023, posibilidade ne’e hakarak aumenta tan.

Jornalista : Nelson de Sousa Editór : Cancio Ximenes

Líder opozisaun timoroan dehan OGE ba tinan 2025 hanesan “estagnasaun” ba dezenvolvimentu

Lusa - Tradusaun ba Tetun hosi Timor Hau Nian Doben

Sekretáriu Jeral Frente Revolusionária Timor-Leste Independente (Fretilin)nian, Mari Alkatiri, hatete katak Orsamentu Jeral Estadu ba tinan 2025 ne’ebé Governu aprezenta hanesan “dezastre”, "aestagnasaun" ida ba dezenvolvimentu  rasik.

“Kona ba defende soberania ne’e hanesan dezastre ida, kona ba  dezenvolvimentu ne’e hanesan amputasaun ida, iha termus polítika ekonomika ne’e hanesan amputasaun ida ba dezenvolvimentu rasik”, tenik eis-primeiru-ministru timoroan, iha konferensia imprensa iha sede partidu nian, iha Dili.

Iha loron kuarta ne'e, parlamentu nasional hahú debate no vota ba Orsamentu Jeral Estadu (OGE) ba tinan 2025, ho folin dolar biliaun 2,617 (euro biliaun 2,410) no dedika ba tema “Investimentu iha infraestrutura estratéjiku sira , hametin ekonomia no hadia sidadaun sira nia moris.

“Ida ne'e maka orsamentu ida ne'ebé sei hapara dezenvolvimentu kompletamente. Primeiru, abilidade atu ezekuta, mezmu iha nível kapital dezenvolvimentu de’it, la eziste, ne’e signifika katak obriga makina ida ne’ebé la funsiona ona,  atu servisu maka’as liu fali buat ne’ebé sira abitua tiha ona atu servisu”, tenik Mari Alkatiri.

Ba líder Fretilin nian, dolar millaun 400 (euro millaun 372) ba kapital dezenvolvimentu nian “la viavel”.

“Laiha kapasidade atu ezekuta, partikularmente bainhira kompromisu ne’e maka  ezekusaun ho kualidade no karik  ezekusaun ho kualidade ita tenke tau osan menus,” nia dehan.

Primeiru-ministru Timor-Leste nian, Xanana Gusmão, admiti iha loron kuarta ne'e katak ezekusaun OJE 2024 nian durante semestre dahuluk tinan ne'e hanesan "moderadu tebes" ho taxa 63%, prevee katak sei aumenta ba 86% to'o fulan Dezembru.

Ba Mari Alkatiri, iha mos amputasaun ida ba ekonomia, tanba investimentu estratejiku ba nasaun, ne’ebé tuir loloos hahú iha tinan 25 liuba, iha área sira hanesan edukasaun,  formasaun, saúde no diversifikasaun ekonómika, “la halo”.

Ikus mai, dirijente Fretilin konsidera katak OJE “iha objetivu foti osan públiku” no “enxe bolsu” elementu balun iha setor privadu nian.

“Iha prazu badak ka médiu, karik iha nesesidade atu deside kona ba parseria sira entre timoroan sira no potensial   investidor internasional ka rejionál sira”, elementu sira ne’e sei “ maka sei  sai parseiru sira. Ida ne'e hanesan dalan ida atu fa'an Timor-Leste nia soberania,” nia hatete.

Kestionadu  hosi Lusa kona  pozisaun voto  bankada Fretilin nia iha parlamentu, Mari Alkatiri hatete katak ida ne'e seidauk husu ba nia, maibé nia sei transmiti bainhira ema husu.

Debate jeral kona ba OGE 2025 sei dura to'o loron sesta. Diskusaun no votasaun ba espesialidade no votasaun final global sei hala'o entre loron 11 no 25.

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Líder da oposição timorense diz que OGE para 2025 é atrofia para desenvolvimento

Díli, 07 nov 2024 (Lusa) – O secretário-geral da Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin), Mari Alkatiri, afirmou hoje que o Orçamento Geral do Estado para 2025 apresentado pelo Governo é um “desastre”, uma “atrofia” e uma “amputação” do próprio desenvolvimento.

“Em termos de defender a soberania é um desastre, em termos de desenvolvimento é uma atrofia, em termos de política económica é uma amputação para o próprio desenvolvimento”, disse o antigo primeiro-ministro timorense, em conferência de imprensa na sede do partido, em Díli.

O parlamento nacional iniciou na quarta-feira o debate e votação na generalidade do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2025, com um valor de 2,617 mil milhões de dólares (2,410 mil milhões de euros) e dedicado ao tema “Investimento em infraestruturas estratégicas, reforço da economia e melhoria do bem-estar dos cidadãos”.

“É um orçamento que atrofia completamente o desenvolvimento. Primeiro, a capacidade de execução, mesmo a nível só de capital de desenvolvimento, não existe, o que significa que é obrigar uma máquina que já não funciona a trabalhar mais do que aquilo que a habituaram a trabalhar”, afirmou Mari Alkatiri.

Para o líder da Fretilin, 400 milhões de dólares (372 milhões de euros) para capital de desenvolvimento “não é exequível”.

“Não há capacidade para executar, particularmente quando o compromisso é execução de qualidade e se é execução de qualidade tem de se pôr menos dinheiro”, afirmou.

O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, admitiu na quarta-feira que a execução orçamental de 2024 durante o primeiro semestre deste ano foi “bastante moderada” com uma taxa de 63%, prevendo que aumente para 86% até dezembro.

Para Mari Alkatiri, há também uma amputação da economia, porque o investimento estratégico para o país, que devia ter começado há 25 anos, nas áreas da educação e formação, saúde e diversificação da economia, “não se fez”.

Por último, o líder da Fretilin considerou que o orçamento “tem um sentido que é retirar dinheiro público” e “encher os bolsos” de alguns elementos do setor privado.

“A curto ou médio prazo, havendo necessidade de decidir parcerias entre timorenses e potenciais investidores internacionais ou regionais”, serão aqueles elementos a “serem os parceiros. É uma forma de vender a soberania de Timor-Leste”, afirmou.

Questionado pela Lusa sobre qual será o sentido de voto da bancada da Fretilin no parlamento, Mari Alkatiri disse que isso ainda não lhe foi pedido, mas que o transmitirá quando lhe for solicitado.

O debate na generalidade do OGE 2025 vai decorrer até sexta-feira. A discussão e votação na especialidade e a votação final global vão decorrer entre os próximos dias 11 e 25.

MSE // VM

OGE para 2025 é um atentado contra a vida dos timorenses, seus canalhas!

Zizi Pedruco

O palhaço do Xanana andou ontem a latir no Parlamento Nacional palavras bonitas para justificar mais um assalto aos cofres do Estado timorense, esbanjando dinheiro que não lhe pertence mas que ele dispõem como se os pais dele lhe deixaram como herança.

O lafaek Xanana disse que o  Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2025 é uma "declaração de intenções" e uma "visão audaciosa para o futuro". Vomitou ainda ”... que o OGE foi feito "para o povo e pelo povo”. HAHAHAHAHAHAHA! 

Por amor de Deus, este homem tem um descaramento medonho. Este OGE não tem nada para beneficiar o povo, tem sim e muito para encher os bolsos dos canalhas corruptos que estão ao redor de Xanana e Ramos-Horta, estes são os vencedores deste OGE. Grandes obras, grandes amigalhaços e grande corrupção. KKN no seu melhor!

O povo Maubere é o maior perdedor deste orçamento. 

VERGONHOSO!  

Estou zangada, muito, porque se estes sacanas continuarem a usar a riqueza do povo levianamente e como se  lhes pertencesse, estou certa que estamos a caminhar a passos largos para um Estado Falhado. Apesar dos governantes mentirem que estamos a progredir, Timor-Leste é um Estado frágil onde muito pouco foi investido para o bem-estar do povo timorense, os investimentos são sempre em benefício da elite corrupta da qual orgulhosamente Xanana se faz acompanhar e faz parte. Juntos eles destroem em benefício próprio o património do povo Maubere, um crime que eles sabem que irão sair impunes, sempre.

Pouco se tem investido na educação, saúde e agricultura, áreas cruciais para o bem-estar do povo timorense que pouco ou nada tem lucrado com esta independência. As estatísticas são horríveis, a subnutrição é enorme e as maiores vítimas são as crianças que entre muitos males sofrem de FOME e de retardamento no seu crescimento, a maioria das pessoas pensa que apenas tem  consequências físicas mas a verdade é que afeta também o crescimento intelectual das crianças. Daqui a uns anos o legado deixado pelos líderes timorenses será uma população  física e intelectualmente doente e analfabeta. Bonito trabalho, seus canalhas! 

Mesmo assim, os ditos governantes (dos umbigos deles) propõem um orçamento onde vão pôr mais um prego no caixão do povo timorense e acelerar o processo para um Estado Falhado. Meus senhores, não venham dizer que eu sou uma alarmista, porque se estudarem bem os requisitos de um Estado Falhado, Timor aproxima-se a passos largos.

Em 2015 li o livro “ Why Nations Fail” dos autores Daron Acemoglu e James A. Robinson que ganharam o Nobel da Economia este ano, resolvi reler há umas semanas e é assustador ver que Timor corre um risco grande de se tornar no mais novo Estado Falhado caso não haja uma mudança drástica na política económica do país, o que por certo não irá acontecer porque os assaltantes irão continuar a governar em benefício próprio.

Vão ler este livro seus canalhas, talvez assim percebam a merd@ que andam a fazer. Os autores do livro explicam maravilhosamente bem por que há países mais ricos e mais pobres e o que está por trás da desigualdade. Em cada página eu vi um pouco dos “líderes” timorenses , canalhas! 

Xanana e o Horta revezam-se nas viagens ao estrangeiro, um parte e outro chega. Nestas viagens de “Estado” eles levam uma comitiva enorme, arrebentando assim com o dinheiro do povo. Quando chegam ao estrangeiro mudam de paleio, começam a falar do povo, das lutas da resistência (a eterna lengalenga) da prosperidade do povo e do país. Meu marido e eu estávamos a assistir um destes teatros e ele disse: “Mas estes FDP estão drogados ou o quê que se passa?”. Este homem do Benfica (hoje o homem nem pia com a derrota…) tem muita razão, deve ser isso mesmo, não podem estar lúcidos.

O que vai acontecer com a adesão à ASEAN? Será mesmo verdade que está próxima a adesão? Não acredito que Timor-Leste seja aceite como membro enquanto não houver um significativo desenvolvimento na área do capital humano, não acredito mesmo, vão mentir para o raio que vos parta, seus canalhas! Vocês vão para o estrangeiro e vomitam uma data de atrocidades, até parece que são mestres em governação, tenho a certeza que nos corredores gozam convosco, com o vosso descaramento e com a vossa ignorância, seus canalhas! Espero que nunca tenham de dar palestras em como falir um Estado mas  tarda nada e são doutorados nisto.

O Presidente da República, Ramos-Horta, escreveu no seu Facebook que prometeu ao Papa Francisco que iria proteger o povo timorense e que tinha intenções de o fazer. Pode começar então por vetar este OGE pois é um verdadeiro atentado ao povo timorense…ou agora vai dar o dito por não dito porque ir contra o seu patrão pode ser perigoso, não é verdade? 

Pois é, Zé! Mais uma vez o Presidente José vai faltar com a palavra, mais do mesmo. 

VERGONHOSO!

A vossa ganância, soberba e perda de princípios são a arma mais perigosa contra o sofrimento do povo Maubere e citando Baron de Montesquieu, “ A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios”. 

Que Deus na sua infinita bondade proteja o povo timorense, porque mais ninguém o irá proteger.