sábado, 1 de outubro de 2022

Jornalista da Lusa é alvo de ataque de jornaleiro pró-Indonésia


Timor Hau Nian Doben

Eu li algo no Facebook que embora seja uma situação lamentável e triste, fez-me rir às gargalhadas, um “jornalista”, Domingos Saldanha, de um matutino timorense, Timor Loro Sae, acusou António Sampaio da agência Lusa de falta de profissionalismo, falta de imparcialidade e o idiota continuou a prosa (muito mal escrita e cheia de erros, diga-se) alegando que o jornalista da Lusa continuava a ter uma mentalidade de colonialista porque pensa que que é de primeira classe, que é bonito e tem uma atitude arrogante como os seus avós que pisaram nos timorenses.

Desculpem lá senhores leitores, mas eu tenho de fazer uma pausa para dar umas valentes gargalhadas. Pronto, já estou recuperada, mas continuo a rir. Se calhar o Domingos Saldanha bebeu e bem, só pode...


Esse Domingos Saldanha é mesmo um ser desprezível, um asno, um idiota que se autointitulou de jornalista, ele que descaradamente faz propaganda política para os seus dois patrões, Horta e Xanana. Esse parvalhão que bloqueia todas as postagens que vão contra a sua ideologia política do grupo que administra no Facebook, ele sim, tem tiques de colonialismo ao estilo de Suharto.

Domingos Saldanha foi um defensor acérrimo da Indonésia e da integração de Timor-Leste, era simpatizante de Suharto e dizem as más-línguas que fazia parte das milícias indonésias em 1999. É verdade que fez campanha em 1999 para Timor-Leste continuar como província da Indonésia.  

Enquanto este jornaleiro trabalhava para a Indonésia com as milícias a matar timorenses já a Lusa e António Sampaio trabalhavam há muitos anos a favor de Timor, na defesa do povo timorense enquanto este povo era massacrado pelos amigos indonésios de Domingos Saldanha. 

Não devemos cuspir no prato que comemos, a Lusa foi incansável na defesa de Timor e do povo timorense, foi mesmo! Não conheço António Sampaio, nem ele precisa de defesa, mas eu não podia ficar indiferente a uma casa (Lusa) onde era quase o quartel-general dos timorenses para darem notícias para o mundo das atrocidades cometidas pelos amigos de Domingos Saldanha contra o povo timorense. A Lusa e António Sampaio merecem nada mais, nada menos do que gratidão da parte de todos os timorenses.

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Deixo aqui a resposta do jornalista da Lusa, António Sampaio, para os senhores leitores lerem, roubei do Facebook dele. 


Na saga dos últimos dias, e entre as muitas mensagens infelizes que me vão dirigindo, no que é um esforço persistente de ameaçar, intimidar, de atacar a minha credibilidade profissional, de usar comentários racistas e xenófobos, há alguns fenómenos mais preocupantes.

Por um lado, o radicalismo de alguns jovens, completamente cegos na forma como atacam e nos argumentos que usam. E que vão além de simples declarações de apoio – a liberdade de expressão permite que cada um apoie quem quiser na democracia em que se vive – para se transformarem em agentes intimidatórios, em guerreiros de teclado que, na maioria dos casos, nem sequer conseguem ter qualquer argumento coerente.

Por outro, o comportamento de alguns jornalistas em grupos de media de jornalistas e aqui no Facebook. 

Este senhor Domingos diz-se, supostamente, um jornalista. Que se tem dedicado, na sua própria página e em grupos que administra, não só a atacar as vítimas como os jornalistas. No que me toca, é um caso para o Conselho de Imprensa a quem vou apresentar uma queixa formal. 

Mais do que isso, porém, os comentários destes últimos dias devem servir também para nos fazer pensar que as maiores ameaças à liberdade de imprensa, muitas vezes, estão dentro de portas. Por isso o esforço de informar é mais importante que nunca. Para impedir que quem quer tapar a verdade, quem quer manter névoas de desconfiança, quem quer intimidar, desacreditar a favor dos seus próprios interesses, consiga os seus propósitos. Propósitos obscuros e que enfraquecem os próprios pilares do Estado democrático. 

Felizmente, como disse na minha primeira publicação sobre este tema, a muito ampla maioria das mensagens que tenho recebido são de apoio. É bom ver essa maioria, um sinal saudável e que renova esperança.

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