Díli, 04 out 2022 (Lusa) – As autoridades policiais timorenses confiscaram hoje no aeroporto de Díli mais de 130 mil dólares em dinheiro que três cidadãos timorenses estavam a tentar transportar para fora do país, confirmaram várias fontes.
“Os três cidadãos transportavam 130 mil dólares e 40 milhões de rupias indonésias. Não conseguiram explicar a origem do dinheiro e por isso foi confiscado. Trata-se de elementos ligados ao presidente do partido KHUNTO”, disse à Lusa fonte aeroportuária.
Ao câmbio atual, 130 mil dólares correspondem a cerca de 132 mil euros, e 40 milhões de rupias a 2.640 euros.
A mesma fonte explicou que se deslocaram ao local elementos do Serviço Nacional de Inteligência (SNI), da Polícia Científica de Investigação Criminal (PCIC), e ainda os vice-ministros da Justiça, José Edmundo Caetano, e do Interior, António Armindo.
A informação foi posteriormente confirmada à Lusa por fonte do Ministério do Interior e por fontes policiais que se deslocaram ao local e que confiscaram os fundos que estão agora sob tutela da PCIC.
As fontes explicaram que o dinheiro alegadamente pertencia a José Naimori, líder máximo do Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO), um dos três partidos do Governo.
Não foi possível contactar José Naimori, tendo fonte do KHUNTO dito à Lusa que parece tratar-se de dinheiro para comprar ‘t-shirts’ e outro material partidário.
Numa publicação na sua página ‘online’, o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), na oposição, exigiu já uma “investigação clara” ao caso.
A questão da saída de divisas de Timor-Leste e o risco de crimes de branqueamento de capitais são dois dos crimes económicos que têm sido investigados no país.
Timor-Leste endureceu já as suas medidas anticorrupção que obrigam, entre outras medidas, ao registo de declarações de rendimentos, bens e interesses de um amplo leque de cargos públicos.
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