segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Radicalismo foi necessário para disciplinar a luta timorense - Lu-Olo

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Díli, 30 nov (Lusa) - O radicalismo foi necessário para dar força e disciplinar a luta timorense contra a ocupação indonésia, já que adotar uma postura mais flexível teria enfraquecido a capacidade da resistência, disse à Lusa o presidente da Fretilin.

Na entrevista à Lusa, o ex-presidente do Parlamento Nacional - que passou toda a ocupação indonésia no mato integrado nas Falintil, o braço armado da resistência - recordou que o mundo "estava dividido em dois" e que era necessário fazer escolhas.

"O radicalismo era necessário para dar força, para lutar contra a Indonésia. Qualquer luta de libertação nacional tinha de fazer escolhas", disse, considerando que o mais importante era defender a independência que foi proclamada pela Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) em 28 de novembro de 1975.

"E então temos que radicalizar, digo radicalizar entre aspas. O mais importante é tomar posições duras em relação a uma guerra que estava a ser imposta ao povo timorense. Se nós optássemos por uma posição mais flexível, dificilmente conseguiríamos chegar a essa vitória que conseguimos", explicou.

Lu-Olo, 60 anos, que como presidente da Assembleia Constituinte proclamou, a 20 de maio de 2002 a restauração da independência timorense, insiste que esse radicalismo "trouxe disciplina e orientou de certa forma a conduta do povo do Timor-Leste" para "oferecer resistência contra a ocupação militar indonésia".

Mas a desigualdade de forças tornou a luta contra a Indonésia "realmente complicada", com os guerrilheiros timorenses a verem ser destruídas, "uma por uma", as bolsas de resistência criadas nos primeiros anos da guerra, recordou.

Uma situação que levou a resistência a alterar, por duas vezes a sua forma de atuar, passando de uma guerra convencional, de posição - nos primeiros anos da ocupação indonésia, que começou a 07 de dezembro de 1975 - para a guerrilha e depois para a guerrilha urbana.

Lu-Olo recorda o ataque cerrado que a Indonésia fez às "bolsas de resistência" que a Fretilin montou, com a população que levou para o interior.

"Estava dividido em vários sectores e as forças estavam enquadradas dentro dessa divisão territorial a oferecer resistência, juntamente com a população. Posso dizer que o guerrilheiro que estava a combater as forças indonésias levava o seu filho e a sua esposa. Tínhamos que fazer esse tipo de guerra para defender a nossa posição e não deixar a nossa população cair nas mãos do inimigo", recordou.

"Havia também um motivo político, porque a indonésia na altura controlava 5% da população, na altura. 95% da população estava nas montanhas com a Fretilin a oferecer resistência. O que a Indonésia queria era apanhar o maior número da população possível para dizer ao mundo a integração era um facto consumado, que a população tinha escolhido livremente, sem pressão nenhuma a integração de Timor-Leste na Indonésia", afirmou.

As várias bolsas de resistência (fonteira norte e sul, centro norte e sul e leste) foram destruídas "uma por uma pelo inimigo até à ponta leste" onde os guerrilheiros timorenses tentaram até ao último momento resistir aos ataques constantes.

"Na altura os bombardeamentos eram intensos e por dia morriam quase 200 civis. Já não estávamos a aguentar essa situação e tivemos de romper com o cerco", recordou.

A situação tornou-se insustentável e as Falintil, braço armado primeiro da Fretilin e posteriormente de toda a resistência, tiveram que mudar de estratégia, "entregando" a população e passando para "a guerrilha propriamente dita".

"Foi muito complicado realmente. Nós não tínhamos nenhum apoio militar de nenhum país. Estou a falar de apoio militar, não do apoio político e moral que tínhamos de vários países, designadamente de Portugal. Mas apoio militar nunca houve", insiste.

No arranque da resistência as Falintil contavam com as armas deixadas pelos portugueses, "metralhadores, morteiros, G3 mas rapidamente esse material se tornou insuficiente, com muitas deterioradas ou inutilizadas por falta de munições.

"Portanto, no plano militar só tínhamos uma solução. A única maneira de conservar as nossas próprias forças era aniquilar o inimigo em cada combate, capturar as suas armas e munições para continuar a resistir", afirmou.

Quanto a Indonésia invadiu Timor-Leste, a 07 de dezembro de 1975, 10 dias depois da proclamação unilateral da independência, Lu-Olo estava já no mato, na região de Ossú - integrado no pelotão comandado por Lino Olokassa, no Monte Perdido.

Tornou-se um dos poucos guerrilheiros timorenses que passou toda a ocupação indonésia no mato, integrado nas Falintil, o braço armado da resistência timorense, descendo "à vila" em raras ocasiões até à saída do último soldado indonésio em outubro de 1999.

"Fui muito jovem para as montanhas, nessa altura com 20, 21 anos de idade e, pronto, foi a escolha que eu fiz, na minha adolescência e então pronto lá fiquei no mato a resistir contra a ocupação militar da Indonésia, até ao fim da guerra", recordou.

Um período difícil em que Timor-Leste, sublinha, viveu uma "experiência única, muito diferente da experiência da guerra de libertação" de países como Angola, Moçambique ou Guiné-Bissau, que tinham tido alguma formação de quadros ou até a preparação de jovens para a resistência à presença colonial.

Jovem na altura em que os partidos políticos começaram a dar os seus primeiros passos, Lu-Olo recorda os debates dentro do Comité Central da Fretilin onde "já estavam a falar da independência de Timor-Leste e que era melhor que Timor-Leste ficasse independente, a gerir o seu próprio destino".

"Eu, como era jovem e apesar de não ter experiencia política, fiquei inspirado com aquilo que eles diziam na altura. E pronto isso ajudou-me bastante na escolha da minha vida, da resistência contra a ocupação militar indonésia", afirmou.

Depois da guerra, relembra, sobravam pouco mais de uma centena de guerrilheiros que tinham lutado desde 1975 até 1999, motivo pelo qual considera "um engano", um "erro" haver dezenas de milhares de pessoas que hoje, em Timor-Leste, recebem pensões de veteranos.

"Se tivéssemos esse número de veteranos na resistência armada tínhamos escorraçado os indonésios em metade do dia, não precisávamos de 24 anos para resistir contra a ocupação militar indonésia", afirmou.

"Portanto, essas pessoas que receberam medalhas, que estão a recebendo pensões, algumas são verdadeiras, poucas são verdadeiras. Muitas são pessoas falsas e isso está a gerar um problema", disse, considerando que é uma política que "menospreza os verdadeiros veteranos".

ASP // EL

Lusa/Fim
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Escolas Timorenses de Referência: Modelo para todo o Timor-Leste. Mas há boicote sistemático

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José Ramos Horta - Facebook

Cerca de cinco mil crianças Timorenses estão a beneficiar de uma educação de qualidade que se pode dizer, equiparada às escolas em Portugal.

As Escolas de Referência, um projeto iniciado em 2009, já estão a operar em todos os 13 Distritos de Timor-Leste. Foi rebatizado de Centro de Aprendizagem e Formação Escolar, CAFE.

As crianças vêm de famílias simples e pobres. Mas como acontece com a muito procurada Escola Portuguesa "Ruy Cinatti" de Dili, há imensa procura e longas são as filas de espera de pais ansiosos por inscrever seus filhos nessas escolas, as CAFE e a "Ruy Cinatti". A procura é grande, o espaço limitado, o número de professores Portugueses manifestamente insuficiente.

As duas últimas unidades escolares do projeto CAFE a entrarem em funcionamento são as de Ainaro e Viqueque que abriram as portas este ano.

Neste momento o total de alunos inscritos nas 13 Escolas de Referência é de 4968 assim distribuídos: Pré-escolar, 1517; 1º ciclo, 2485; 2º ciclo, 966. No próximo ano letivo haverá o 3º ciclo.

São cerca de 130 os professores portugueses que lecionam nessas escolas, auferindo salário irrisório e vivendo em condições precárias. Muito triste como tratamos esses agentes de ensino, vindos de tão longe, deixando para trás as suas terras, casas, famílias e amigos, o conforto de Portugal.

Um número igual de professores Timorenses deveria estar a apoiar e a aprender com os seus colegas Portugueses. Mas infelizmente o Ministério de Educação de TL não tem sido capaz de providenciar um número adequado de professores Timorenses para acompanhar os colegas Portugueses.

Neste momento apenas 33 Professores Timorenses estão a beneficiar desta oportunidade única de se colarem aos seus colegas Portugueses e com eles aprender os melhores métodos e práticas de ensino.
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Os Professores portugueses ganham um complemento de US$1000 (Mil) mensais, uma soma irrisória tendo em consideração os elevados custos de vida em TL assim como as condições de isolamento e de muita precariedade do dia a dia.

A agravar a situação, o Ministério de Educação, por negligência, ou por má vontade, ou pelas duas, negligência e má vontade, nunca honra atempadamente os compromissos que o Estado Timorense assumiu para com os professores - pagar prontamente os vencimentos.

Apesar de que este drama é do conhecimento do Sr. Primeiro Ministro Rui Araujo e das promessas públicas feitas pelo Primeiro Ministro, os atrasos nos pagamentos do complemento dos professores Portugueses continuam, na ordem de 4 meses.

O Pais parece ter dinheiro para pagar salários generosos de mínimo $3 mil até $10 mil/mês para os muitos Assessores nacionais com qualificações dúbias. E arranjamos desculpas administrativas para não honramos os compromissos que assumimos com esses trabalhadores honestos e dedicados que vêm de tão longe, deixando as suas terras e famílias.

Parece que não sabemos acarinhar os nossos amigos, aqueles que estiveram conosco ao longo dos anos difíceis da nossa luta.

Parece que alguns esquecem e tentam fazer outros esquecer a contribuição impar de Portugal na nossa libertação. E mais grave do que não sabermos acarinhar os nossos verdadeiros amigos, a negligência, ou boicote sistemático, do projeto CAFE, rouba a milhares de crianças Timorenses de famílias simples, uma educação de muita qualidade, e nega-lhes um futuro melhor.

As Escolas CAFE e a Escola Portuguesa Ruy Cinatti, aliadas às escolas da Igreja, garantem uma educação de qualidade enquanto o nosso Estado, por razões compreensíveis, não consegue elevar o nível dos nossos professores nas Escolas públicas.

Tomo a liberdade de transcrever uma mensagem que recebi de uma professora do projeto de Escolas CAFE:

"Peço desculpa por o abordar desta forma e sobre um assunto já repetido, mas como em Julho passado, fez eco da situação dos professores Timorenses e portugueses a trabalharem no projeto CAFE, tomei a liberdade de me dirigir a V. Exci., pois vi que foi sensível ao assunto. Mais a vez os complementos que devíamos receber em Timor estão atrasados e em vésperas de fim da ano letivo podemos ir para Portugal sem recebermos os mesmos. Falo por mim , estou longe da casa, gosto de estar em Timor, fui bem recebida, mas estou aqui também por necessidade. Em Julho quando tive conhecimento, do empenho e vontade política do governo em resolver o problema fiquei contente e penso que todos pensaram que a situação iria mudar. Mas....? Mais uma vez peço desculpa por esta interpelação, mas sinto que é uma pessoa sensível e talvez possa ser porta voz da minha situação e da dos colegas . Devo dizer que digo tudo isto em nome pessoal. Obrigada Parabéns a Timor. Está em festa e vestiu se com as cores da sua Bandeira".

Sr. Primeiro Ministro Dr. Rui Maria Araújo: que se passa? O Sr. Primeiro Ministro prometeu publicamente em pelo menos duas ocasiões que iria resolver este problema que parece ser uma questão de negligência por parte de Ministros e altos funcionários da tutela.

J. Ramos-Horta
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sábado, 28 de novembro de 2015

PR timorense homenageia "heróis anónimos" que esconderam líderes da resistência

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Pante Macassar, Timor-Leste, 28 nov (Lusa) - Representantes de 28 grupos de cidadãos timorenses que nos últimos anos da luta contra a ocupação indonésia, entre 1991 e 1999, esconderam e protegeram os principais líderes da resistência, foram hoje homenageados pelo chefe de Estado de Timor-Leste.

Taur Matan Ruak entregou a medalha da Ordem de Timor-Leste a representantes de grupos que, com grande risco, o esconderam e a outros líderes da resistência - Xanana Gusmão, Mau Hunu, David Alex, Konis Santana ou Lu-Olo, entre outros.

Uma homenagem a "heróis anónimos" que manifestaram, arriscando a própria vida, "um espirito de patriotismo", protegendo os líderes em casas, abrigos subterrâneos, quintais e outros locais, um pouco por todo o país.

Um "contributo significativo", destacou o Presidente da República no decreto em que aprovou as condecorações, de quem "ajudou a proteger os líderes da resistência"

Foi um dos pontos altos das cerimónias que hoje, no campo de Palaban na capital do enclave de Oecusse, assinalaram o 40.º aniversário da proclamação unilateral da independência de Timor-Leste, texto que hoje voltou a ser lido por um dos fundadores da nação, Mari Alkatiri.

Taur Matan Ruak presidiu à cerimónia do içar da bandeira perante uma parada liderada pelo tenente-coronel de infantaria Haksolok e composta por uma companhia cada do componente terrestre, naval e de apoio e serviço das Forças Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) e um pelotão da Polícia nacional (PNTL), operações especiais, ordem pública e patrulhamento da fronteira.

Participaram ainda elementos da segurança civil, dos bombeiros e dos escuteiros e três grupos responsáveis pela guarda da bandeira: um de 28 jovens estudantes de escolas secundárias dos 12 municípios, outro com 40 elementos e o último com a equipa de guarda à bandeira.

Ao lado das fardas militares camufladas, estes grupos trajavam branco, com os estudantes vestidos com tais tradicionais azuis, vermelhos e verdes.

Ao som do hino nacional, interpretado pela banda de música das F-FDTL, a bandeira de Timor-Leste subiu no mastro colocado em frente à tribuna de honra, onde estavam as principais individualidades timorenses e convidados internacionais, incluindo o presidente do Tribunal Constitucional, Joaquim de Sousa Ribeiro, em representação do Estado português.

No seu discurso, Taur Matan Ruak, defendeu que o Estado deve reforçar os seus serviços aos cidadãos, especialmente em áreas essenciais como saúde ou educação.

O Estado, deve ser mais eficaz e eficiente, os recursos "devem ser utilizados de forma racional" e o desenvolvimento "tem que sair de Díli e ir para os distritos", com polos de desenvolvimento que atraiam investimento nacional e estrangeiro para o essencial processo de diversificação económica.

Como exemplo destacou o progresso registado no enclave de Oecusse, onde os responsáveis da autoridade regional e o Governo central estão a criar uma zona económica exclusiva.

Unidade, paz e estabilidade, disse, são "condições importantes para o desenvolvimento e consolidação do Estado" pelo que é essencial a colaboração de todos no processo de desenvolvimento do país.

O chefe de Estado apelou ainda aos cidadãos e famílias que sejam mais ativos na construção do Estado, procurando educar-se e informar-se, ajudando a gerar a importante economia familiar.

Taur Matan Ruak fez referência aos líderes timorenses, entre os quais destacou Mari Alkatiri e José Ramos-Horta, sobreviventes do primeiro Governo que tomou posse há 40 anos, e "às memórias dos mártires nacionalistas" que fizeram "o maior sacrifício na luta pela libertação de Timor-Leste".

Estes são, disse, veteranos da frente armada, clandestina e diplomática, que "deram um exemplo à nação" e que hoje "continuam a inspirar" os timorenses, com "coragem e dignidade".

Taur Matan Ruak referiu-se ao 500.º aniversário dos contactos entre portugueses e timorenses e ao papel da igreja católica, que deixaram vincos marcados na identidade timorense, hoje "membro de uma grande família em quatro continentes".

ASP//ISG

Lusa/Fim

Foto de Presidência da República de Timor-Leste, Facebook.
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Reflesaun badak hodi komemora loron 28 Novembru 2015

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Celestino Gusmão - Ativista ba direitus umanus iha Timor-Leste 

Artigu badak ida ne’e nudár rezultadu husi lee livru Chega no artigu relevante balun husi internet kona-ba istória Timor nian' 

Introdusaun 

Iha jornada naruk ida ke Povu Timor-Leste liu hodi konkista nia libertasaun husi dominasaun Polítika rai liu nia, hahú husi konsiente ba opresaun, diskriminasaun no tratamentu kruél no desumanu ate revolta no ukun rasik an. Infelizmente ohin laiha tan opresaun forsadu husi domíniu rai li’ur nia, hasoru povu ida ne’e no kontente tebes ita moris iha klima liberdade no demokrasia nia, maske ita tenke kontinua iha dalan ba hadi’ak no konsolida rai ne’e nia liberdade no demokrasia. Seidauk iha nasaun ida iha mundu ne’ebé hetan benefísiu husi okupasaun mak husu ona deskulpa no fornese reparasaun ba Povu Timor nudár prinsipiu no lei Internasionál hatete. 

Ekonomikamente Povu Timor-Leste sei funeral tebes no diresaun dezenvolvimentu atuál sei lori Povu ne’e ba rai naruk no sei haluan distinsaun riku no kiak. 

Deskolonializasaun no Revolusaun Ai-funan 

Dekolonizasaun katak nasaun sira ne’ebé seidauk iha nia governu rasik bele organiza nia governu liu husi prinsipiu auto determinasaun. Deskolonizasaun mós dala ruma involve negosiasaun dame, balun konkista liu husi revolusaun ho violénsia ka konfrontasaun armada husi rai na’in sira hasoru okupante. Iha dékada 20, nasaun sira iha kontinente Asia no Afrika revolta kontra okupante sira husi europa. Revolta hirak ne’e nia objetivu atu ukun rasik an ka liberta husi kualkér forma okupasaun estranjeiru. Espiritu luta ne’e sai maka’as liu tan bainhira forsa Japonés sira manán ona Rúsia tiha tinan 1905. Nasoins Unidas iha lista ba nasaun sira ne’ebé seidauk iha nia governu rasik, Timor-Leste tama iha lista ida ne’e hodi fasilita luta kontinua ba auto determinasaun tuir prinsipiu no lei internasionál sira, ate realiza konsulta popular iha Timor-Leste. 

Revolusaun ai-funan akontese iha Portugal hahú husi planu PM Marcelo Caetano atu hasai Jenerál Spanola tanba disobientensia ba orden atu kontinua kaer metin provínsia ultramarina Portugal nia. Dia 25 Abríl 1974 Movimentu Forsa Armada ka militár sira ne’ebé fiar ba ideolojia eskerda defende Spanola no lansa golpe militár ida hodi hatún rejime ka ideolojia direta- faxista Caitano nia. Nasaun sira kolónia Portugal nia barak mak forma nia governu rasik, balun ajuda husi Governu foun Portugal nia liu-liu iha kontinente Afrika. 
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Foto de um livro da Zizi Linda 

Portugal abandona Povu Timor-Leste no Governu Portugal la sériu ba prosesa autodeterminasaun maske ikus liu Portugal rasik reklama an nudár úniku lejítimu administrante ba rai Timor-Leste. Rezultadu enkontru iha London entre Portugal no Indonézia, Portugal hatete katak TL integra ho Indonézia mak di’ak liu maibé naran katak ne’e mai husi povu ne’e nia hakarak duni. 

Enkontru ida tan kona-ba TL iha Portugal hanaran enkontru Lisbon, Jenerál Ali Moertopo mak lidera delegasaun husi Indonézia, Portugal nafatin hatete katak Portugal apoiu TL integra ba Indonézia maibé bazeia ba Povu ne’e nia hakarak, Portugal no Indonézia hasoru malu tan iha Roma hodi ko’alia kona-ba prosesu deklonizasaun maibé iha sorin seluk Indonézia nia militár okupa ona fatin barak territóriu Timor nian. Prosesu Polítiku iha Timor-Leste Asosiasaun Polítika mosu lalais tebes hodi prepara an ba forma governu ida tui rekejitus sira demokrasia nia. UDT no Fretilin nia koligasaun rahun, tuir Relatóriu Chega hatete katak Apodete mak boikota koligasaun entre UDT no Fretilin. Portugal organiza enkontru ida iha Macau atu ko’alia ho partidu Polítiku Timór oan nia kona-ba deklonizasaun maibé Fretilin la tuir tanba deskonfia enkontru ne’e Portugal hakarak entrega Timor-Leste ba Indonézia. UDT lansa golpe ida iha Dili no lalais tebes mosu iha distritu sira ho razaun atu halakon estremista sira husi Timor para evita invazaun Indonézia nia. Fretilin lansa kontra golpe ida ne’ebé la kleur de’it domina ona territóriu tomak. UDT no Apodete nia membru sira halai ba Timor osidentál, Lider balun husi partidu rua ne’e ba halo deklarasaun iha Bali ne’ebé hanaran deklarasaun Balibo. Indonézia formalmente aneksa forsadamente Povu Timor-Leste, liu husi aviaun husi leten, tanke funu nia husi tasi no forsa armada nia husi rai leten. 

Fretilin hatene ona katak lalais ka kleur Indonézia sei invade Timor-Leste, tanba ne’e ho konflitu entre partidu sira iha Timor no tensaun Indonézia nia atu atake, Fretilin Unilateralmente deklara Independénsia iha 28 Novembru 1975, liu de’it semana ida ba proklamasaun ne’e, Indonézia atake kedas Timor. Fretilin hamutuk ho nia povu Maubere sae ba foho, maibé Indonézia nia militár ne’ebé hetan apoiu material funu nia modernu tebes husi nasaun boot sira, tanba ne’e hafraku forsa rezisténsia Povu Timor nia. Baze ba apoiu ka zona libertada sira monu ba Militár Indonézia nia liman, Povu no Falintil fahe malu, Povu barak mate no monu ba Indonézia nia liman hodi kastigu iha kampu konsentrasaun sira, nune’e povu barak tebes mak sofre hamlaha, moras no mate tanba militár sira tau limitasaun boot ba movimentu Populasaun nia hodi buka ka prodús ai han ba sira nia an. Falintil sira iha ai-laran kontinua reziste no hahú dezenvolve luta iha faze guerilla. Iha faze ida ne’e kuadru superior sira rezisténsia nia monu ka mate barak husi bombardiamentu Indonézia nia, Faze ne’e mós hahú reorganiza an iha rezisténsia nia laran hodi substitui lider sira ne’ebé mate ka monu ona ba inimigu nia liman. inklui barak mate iha serku anikilamentu. 

Frente diplomátika mós, kontinua halo servisu maka’as liu husi kampaña no lobby ba nasaun sira ne’ebé iha podér hodi mobiliza apoiu Polítiku ba kauza Timor-Leste nia. Too iha pontu ida komunikasaun sai efetivu tebes entre frente klandestina inklui igreja katólika, Frente armada no frente diplomátika nune’e bele mobiliza povu tomak fila ba apoiu rezisténsia no mobiliza atensaun Internasionál ba povu Timor-Leste nia vontade ba ukun rasik an. Povu Timor-Leste nia unidade mós lalais tebes konsolida an hikas tanba kruelidade no tratamentu desumanu husi Militár Indonézia nia maka’as tebes. Ikus liu, Povu Timor-Leste nia unidade estabelesidu ba kampaña ukun rasik an inklui lider Partidu Polítiku sira liu-liu UDT, Fretilin no forsa Polítika nasionalista sira seluk simu malu fali liu husi konvensaun ida iha Portugal hodi hamosu plataforma hamutuk ba luta kontra Indonézia nia okupasaun ilegál. Iha laran mós hahú simu malu hodi la’o hamutuk iha kampaña ba ukun rasik an husi okupasaun ilegál Indonézia nia. 

 Konkluzaun 

Dalan naruk tebes povu Timor-Leste hakat ba kaer rasik kuda talin. Timor-Leste sakrifiika nia ema besik rihun atus rua ba mate, durante okupasaun ilegál militár Indonézia nia. Okupasaun ida ne’e involve mós nasaun boot sira hanesan Estadus Unidus Amérika, Inglaterra, Franca, Australia no sira seluk nia apoiu material funu nia inklui apoiu polítiku hodi mai estraga povu no nasaun nia integridade sósiu ekonómiku no sósiu polítika. Relatóriu Chega rekomenda justisa ba krime grave kontra umanidade ne’ebé komete husi militár Indonézia no husu responsabilizasaun ba nasaun boot sira temi iha leten, ne’ebé hetan benefísiu ekonómiku husi okupasaun ne’e atu fornese reparasaun ba estragu hotu ne’ebé militár Indonézia nia komete. Hein katak povu vulneravel sira bele kontinua asesu ba benefísiu ne’ebé sira merese duke riku soin tomak monu de’it ba elite Mafioso sira nia kabun tek. Obrigadu barak ba sira ne’ebé hakarak lee artigu ne’e, hakerek na’in enkoraja lee na’in sira, bele lee istória tomak Timor-Leste nia inklui lee relatóriu CAVR nia “CHEGA” hodi koñese ita nia istória loloos. 
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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Sei sedu liu atu hakerek Istória – Eskritór Luís Cardoso

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Sapo.tl ho Lusa

Timor-Leste harii no konsolida daudaun Estadu, no ida ne’e reflete mos ba iha área Kultura ho Istória nian ne’ebé fó pasu dahuluk, tuir saida maka eskritór Luís Cradoso defende horisehik.

Iha entrevista ida ba Lusa, iha Lisboa, Luís Cardoso haktuir hikas katak independénsia Timor-Leste, 28-novembru-1975, “para tiha” – ho okupasaun indonézia – ne’ebé "estraga naturalmente" espasu kulturál, ne’ebé ho ninia vertente oioin, inklui Istória nasaun nian rasik.

"Bele ko’alia ona kona-ba kultura timor-oan nian, maibé barak liu maka kona-ba identidade no diversidade kulturál, ne’ebé iha hela dezenvolvimentu nia laran. Ami fó uluk pasu dahuluk ba konsolidasaun hosi identidade kulturál ne’e”", dehan autór, hosi Kailako, distritu Bobobnaro, ne’ebé moris iha 8-dezembru-1958.

"Ami hahú daudaun. Tinan 40 liu ba, sira balun moris durante tempu rezisténsia, tanba ne’e laiha oportunidade ba ema hothotu ne’ebé iha arte no enjeñu atu hakerek, tanba sira barak maka diziminada", nia hatutan, no haktuir hikas katak buat hirak ne’e sei akontese duni.

Hatutan tan katak esperiénsia hosi nasaun luzófona seluk atu ajuda Timor-Leste iha tarefa ne’e, Luís Cardoso, ne’ebé laiha hanoin atu fila hikas mai Timor-Leste tanba razaun familiár no saúde, insisti ba iha hanoin ida katak nasaun ne’e sei hanesan “labarik ida” ne’ebé presija tempu atu bot.

"Ami hakerek. Ema idaidak halo nota, bazeia ba memória ne’ebé ezisti. Ha’u fi’ar katak, sei bele iha publikasaun hosi livru, istória, memória timor-oan kona-ba tempu luta nian", nia dehan, hodi hanoin hikas katak Xanana Gusmão ka Taur Matan Ruak, maka sai nu’udar depoimentu ne’ebé “importante tebes”.

Ba autór hosi "O Ano em que Pigafetta Completou a Circum-Navegação" (2013), elite timor-oan nian "sei okupa tempu" ba iha polítika, edukasaun, universidade ka empreza, tanba ne’e maka presija hein uitoan atu reflete kona-ba tempu uluk, maski iha ona jerasaun foun ne’ebé hakarak atu hakerek kona-ba nasaun ne’e.

Tuir Luís Cardoso, ne’ebé rekuza títulu hosi "referénsia" literatura" timor-oan nian, joven barak maka hahú hakerek, ho lian portugés nomós tétum, maibé ladun fó sai hosi parte komunikasaun soiál lokál, luzófona nomós internasionál.

Nia hatutan tan katak, lian portugés ema ladun ko’alia barak, liu-liu entre joven sira, iha Timor-Leste - "ema barak maka ko’alia portugés di’ak ona no sente orgullu ho ida ne’e" -, rezultadu hosi koperasaun entre Lisboa no Dili, maibé sei presija tempu naruk.

"Provavelmente, ami sei lako’alia portugés hosi Portugal, maibé portugés Timor-Leste, ho nuanse hosi imajináriu timor-oan nian. Purezemplu, «boca do mar», iha tetun, no «praia» iha lian portugés. Tanbasá maka latransmiti metáfora sira ne’e ba Lian Portugés? Enves de dehan «vou à praia» nusa maka ladehan «vou à boca do mar». Furak liu", nia fó ezemplu.

"Sei hanesan lian franka ida. Portugés ne’ebé uza hodi ko’alia, la’os atu hakerek, sei sai hanesan lian franka ida iha Timor-Leste. Ami iha orientasaun ida, respirasaun ida, iha maneira diferente atu hateten no uza liafuan hosi portugés ida", nia hatutan.

Luís Cardoso konsidera sei “sempre sai hanesan ministru ida ne’ebé ladi’ak iha mundu ne’e” no lakohi atu asumi kargu governamentál saida de’it ba iha área kultura nian, nia dehan, “tanba kestaun ida maka identidade pesoál”, ho ne’e maka nia hakarak kontinua sai nu’udar eskritór, tanba tuir nia krítika literária di’ak liu.

Autór ne’e hahú ninia estudu iha Timor-Leste no kompleta estudu refere iha Portugal, hafoin 25-abril-1974, nia lamarka prezensa durante funu sivil no invazaun indonézia no nia forma iha Silvicultura hosi Instituto Superior de Agronomia de Lisboa.

Alénde "O Ano em que Pigafetta Completou a Circum-Navegação", Luís Cardoso maka hanesan autór hosi "Crónica de uma Travessia" (1997), "Olhos de Coruja, Olhos de Gato Bravo" (2001), "A Última Morte do Coronel Santiago" (2003) no "Requiem para o Navegador Solitário" (2007).
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Hamlaha no desnutrisaun endémika kontinua eziste iha Timor-Leste no tenke kombate - PR

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Sapo.tl ho Lusa

Prezidente Repúblika afirma horisehik katak hamlaha no desnutrisaun persiste iha Timor-Leste no atu kombate ida ne’e hanesan "dezafiu istóriku" ne’ebé konstitui pasu esensiál hodi alkansa meta dezenvolvimentu sira seluk.

"Kombate hamlaha, inseguransa alimentár no desnutrisaun hanesan ambisaun antiga. Atu hala’o, ida ne’e ohin loron iha ita-nia objetivu", tenik Taur Matan Ruak no konsidera pás no estabilidade hanesan "fatór esensiál ba kombate ativu ne’e".

Taur Matan Ruak bainhira hahú 1 reuniaun estraordinária hosi Konsellu Seguransa Alimentár no Nutrisionál iha espasu luzófonu (CONSAN-CPLP), ne’ebé hala’o iha Dili no hein hela atu aprova planu servisu hamutuk ida hodi halakon hamlaha no desnutrisaun iha CPLP.

Maski Timor-Leste iha objetivu hodi hasa’e nasaun iha grupu Estadu sira ho rendimentu médiu to’o tinan 2030, nasaun ne’e kontinua hasoru hamlaha no desnutrisaun, no atu"kombate ida ne’e hanesan pasu ne’ebé presiza tebes hodi alkansa meta dezenvolvimentu" tuir mai.

"Ne’e hanesan tarefa ho dimensaun istórika. Dezafiu boot tebes. Maibé ba dala uluk iha istória ita iha kondisaun atu hasoru dezafiu ne’e no manán", nia afirma no subliña ba Estadu barak ne’e katak ne’e hanesan asuntu "prioritáriu".

"Dezafiu boot sira seluk mak dezafiu iha informasaun, esklaresimentu hosi família sira",nia hatete no refere ba tema iha dada-lia ho populasaun sira hosi suku 360 (fregezia) iha Timor-Leste ne’ebé nia vizita ona, besik 80%.

Xefe Estadu rekorda katak iha Timor-Leste 70% hosi populasaun ativa servisu iha setór agríkola, ho produtividade kontinua kiik no taxa iliterasia kontinua aas.

Hatán ba senáriu boot ne’e, ha’u subliña katak ne’e depende ba meta dezenvolvimentu sira seluk, kondisaun téknika ne’ebé adekua ho nível nasionál maibé mós iha kooperasaun multilaterál iha termu CPLP, komunidade internasionál no ho apoiu hosi parseiru dezenvolvimentu sira no ajénsia espesializada ONU nian.

Murade Murargy, sekretáriu ezekutivu CPLP nian, retoma krítika ba Estadu membru sira CPLP nian no insiste katak importante tebes "materializa kompromisu polítiku ho termu efetivu" haree ba enkontru anteriór sira, no ba dala uluk haree liu ba sira ne’ebé desfavoresidu liu.

"Persisténsia hosi fenómenu hamlaha no inseguransa alimentár ohin loron inkompreensível. Iha ita-nia espasu jeográfiku CPLP nian ita iha rekursu, teknolojia no koñesimentu hodi bele elimina moras ne’e ne’ebé sai kankru iha ita-nia nasaun", nia hatete.

"Ativu hirak ne’e identifika kleur ona. Ita presiza apoiu hosi ita-nia Governu sira no laho ida ne’e sei la la’o. Kompromisu ne’’e tenke akompaña ho alokasaun rekursu finanseiru ne’ebé adekua", nia hatete.

Nia fó ezemplu hanesan Governu luzófonu sira konsagra 1% hosi nia PIB hodi kombate inseguransa alimentár, ne’ebé "persiste iha dimensaun hirak ne’e no halo diagnostíka" sei bele kumpre objetivu erradikasaun nian to’o tinan 2025.

Hosi ne’e mak halo apelu atu akordu sira ne’ebé halo iha reuniaun iha Dili, delegasaun sira mak mak marka prezensa bele hato’o ba sira-nia Governu no buka atu halo implementasaun ba estratéjia hirak ne’e.

Foto de Presidência da República de Timor-Leste, Facebook.
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40 anos/Timor-Leste:Progresso no ensino do português é lento e enfrenta dificuldades - Especialistas

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Lisboa, 26 nov (Lusa) -- O ensino do português em Timor-Leste está a avançar lentamente e enfrenta dificuldades a vários níveis, como a falta de adequação dos programas para o ensino e a preparação dos professores, disseram à Lusa dois especialistas na matéria.

"Certamente há um avanço, mesmo que lento. Há dificuldades dos mais variados níveis", declararam à Lusa, por correio eletrónico, Suzani Cassiani e Irlan Von Linsingen, que desde 2009 coordenam o Programa de Qualificação de Docentes e Ensino de Língua Portuguesa em Timor-Leste (Brasil).

Suzani Cassiani - bolsista num estágio pós-doutoral na Universidade de Coimbra - e Irlan Von Linsingen disseram que, de acordo com o dicionarista e escritor timorense Luís Costa, a evolução do ensino do português em Timor-Leste entre 2003 e 2014 foi pequena.

"Concordamos com ele quando diz que vários programas (de ensino do português) não estão adequados", afirmaram os dois professores e investigadores da Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil).

De acordo com dados do Plano Nacional de Educação (timorense) de 2014, citado pelos coordenadores, "mais de 75% dos professores não estão qualificados de acordo com os níveis exigidos por lei. Também o currículo é inadequado para lidar com as necessidades de desenvolvimento" de Timor-Leste.

"Segundo dados do último censo de 2010, cerca de 17% a 25% dos timorenses falam português. Noventa por cento da população utiliza o tétum diariamente, além de outras línguas e 35% da população fala bahasa indonésio (principalmente nas cidades)", referiram.

Devido à sua proibição durante a ocupação indonésia (1975-1999), quando as crianças aprendiam bahasa indonésio na escola, o português foi um dos símbolos da resistência dos timorenses, criando raízes para que hoje existam laços com os demais países lusófonos, de acordo com os coordenadores.

"Ainda há resistências de parcelas da população que consideram que o inglês ou o indonésio devam ser línguas oficiais, seja pela proximidade, seja pela facilidade, seja por questões políticas e económicas, enfim, uma parte crescente fala inglês, um requisito para obter os empregos mais bem remunerados, rumo aos negócios que vêm crescendo a cada ano no país", sublinharam.

Os dois professores universitários disseram ainda que "há também os desafios de um novo país na questão da gestão dos recursos, administração, entre outras, que muitas vezes é precária".

Segundo os investigadores, numa recente entrevista, o primeiro-ministro timorense, Rui Araújo, pediu ajuda aos Estados parceiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para "colocar mais professores que falem português nas escolas" e também "apostar no ensino do português na função pública".

Os dois coordenadores referiram que "a incorporação do português é uma questão de tempo e o convívio com as outras línguas é extremamente importante", assinalando que a língua portuguesa tem de estabelecer uma "parceria" com o tétum.

"Os timorenses são plurilíngues e muitos falam até mais do que quatro línguas, mesmo que no momento pareça um pouco caótico. O ambiente plurilíngue é complexo, mas essa convivência é possível", acrescentaram.

"Concordamos com o primeiro-ministro, quando fala que as escolas timorenses precisam ter professores de português, que contribuam com a formação de professores timorenses. Pensamos que é preciso trabalhar com esses professores, ensinando a língua portuguesa e os conteúdos em português (para as disciplinas específicas como as de ciências da natureza)", referiram.

Para os coordenadores, "alguns fatores precisam ser repensados no que se refere a qualidade do ensino/aprendizagem da língua portuguesa pelas cooperações".

"Entre esses fatores estão o aumento do número de docentes e intensificar a formação por meio de cursos que integram a língua portuguesa com outras áreas de conhecimento; e investir no tempo de formação e em ambientes linguísticos apropriados" acrescentaram.

"É preciso investir em material de leitura, numa televisão educativa (...) e é importante investir mais no campo da pesquisa científica e apostar na capacidade dos timorenses em produzir conhecimento adequado ao seu contexto", assinalaram, entre outros fatores.

O Programa de Qualificação de Docentes e Ensino de Língua Portuguesa em Timor-Leste foi criado em 2005 e envia, anualmente, o envio de 50 professores brasileiros de diversas áreas do conhecimento para Timor-Leste.

De acordo com os académicos, cabe à coordenação do programa - iniciativa apoiada por várias instituições públicas brasileiras - selecionar, preparar, acompanhar, orientar e avaliar o trabalho dos cooperantes brasileiros durante os meses ou anos que trabalham em Timor-Leste.

CSR // EL

Lusa/fim
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Fome e desnutrição endémica persistem em Timor-Leste e devem ser combatidas - PR

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Díli, 25 nov (Lusa) - O Presidente da República timorense afirmou hoje que a fome e a desnutrição persistem em Timor-Leste e que combatê-las é um "desafio histórico" que constitui um passo essencial para alcançar outras metas de desenvolvimento.

"Combater a fome, a insegurança alimentar e a desnutrição é uma ambição antiga. Realizá-la está hoje ao nosso alcance", disse Taur Matan Ruak, considerando a paz e a estabilidade "fatores essenciais para este combate ativo".

Taur Matan Ruak falava no arranque da 1.ª reunião extraordinária do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do espaço lusófono (CONSAN-CPLP), que decorre em Díli e onde se espera seja aprovado um plano de trabalho conjunto para a erradicação da fome e da desnutrição na CPLP.

Apesar de Timor-Leste ter como meta elevar o país ao grupo de Estados de rendimento médio até 2030, o país continua a registar fome e desnutrição, sendo que "combater isso é um passo necessário para alcançar metas seguintes" de desenvolvimento.

"Esta é uma tarefa de dimensão histórica. Um desafio de peso. Mas pela primeira vez na história temos condições a enfrentar esse desafio e vencê-lo", afirmou, sublinhando que para vários Estados este é um assunto "prioritário".

"Os maiores desafios são também desafios de informação, de esclarecimento das famílias", disse, referindo-se a uma tema que foi recorrente nas conversas que manteve com as populações dos 360 sucos (freguesias) de Timor-Leste que já visitou, cerca de 80% do total.

O chefe de Estado timorense recordou que em Timor-Leste 70% da população ativa trabalha no setor agrícola, com a produtividade a manter-se baixa e as taxas de iliteracias elevadas.

Responder a esse complexo cenário, sublinho, depende de outras metas de desenvolvimento, de condições técnicas adequadas a nível nacional mas também de cooperação multilateral em termos da CPLP, da comunidade internacional e com o apoio dos parceiros de desenvolvimento e agências especializadas da ONU.

Murade Murargy, secretário executivo da CPLP, retomou as críticas aos Estados membros da CPLP, insistindo que é vital "materializar em termos efetivos o compromisso político" acordado em encontros anteriores, pensando em primeiro lugar nos mais desfavorecidos.

"A persistência de fenómeno da fome e insegurança alimentar é hoje incompreensível. Dentro do nosso espaço geográfico da CPLP temos recursos, tecnologia e o conhecimento para poder eliminar este flagelo que já se tornou um cancro dos nossos países", disse.

"Todos estes ativos estão há muito identificados. Necessitamos de forte engajamento dos nossos Governos sem o qual não vai ser possível avançar. Esse compromisso tem que ser acompanhado pela dotação de recursos financeiros adequados", frisou.

Como exemplo referiu que se os Governos lusófonos consagrarem 1% do seu PIB para ações de combate à insegurança alimentar, que "persiste nas dimensões conhecidas e há muito diagnosticadas" seria possível cumprir os objetivos de erradicação até 2025.

Daí que tenha apelado para que os acordos que saiam da reunião de Díli sejam levados pelas delegações presentes aos seus respetivos Governos procurando avançar na implementação destas estratégias.

ASP // DM

Lusa/Fim

Foto de Presidência da República de Timor-Leste, Facebook.
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Paradoxo hosi fundu petrolífera bot tebes iha liur no pobreza maka domina iha rai-laran

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Sapo.tl ho Lusa

Timor-Leste moris iha paradoxo katak nasaun ne’e iha Fundu Petrolífera liu dolár rihun milloens 16,6 iha liur no pobreza interna maka halo nasaun ne’e sai hanesan mos Estadu ida ne’ebé ki’ak liu iha mundu. 

Krítika ne’e hato’o hosi eskritór Luís Cardoso bainhira hala’o entrevista ba Lusa, iha Lisboa, relasiona ho tinan independénsia Timor-Leste ba dala haat nulu (40.º) – 28-agora-, maka hateten katak situasaun sei bele kria “estabilidade” ba iha edifísiu no konsolidasaun Estadu nian. 

"Ida ne’e hanesan kestaun polítika ida no perkursu ba ne’e la’os fasil. Perkursu ne’e buka atu iha estabilidade, dala barak ho faze rua: estabilidade tuir pontudevista governativa, hosi ema ne’ebé ukun no estabilidade governadu nian", dehan Luís Cardoso. 

Hakerek na’in timor-oan ho livru lima ne’ebé publika ona, iha tinan 2013 liu ba, haktuir hikas katak, haree ba prátika, independénsia iha tinan 1975 “lalais de’it”, tanba invazaun nomós okupasaun indonézia, iha 1975 no termina iha 1999, hafoin referendu ba autodeterminasaun, hodi fó fali kategoria foun ba Estadu Timór iha 2002. 

"Ema hirak ne’ebé ukun, maka sira ne’ebé uluk iha ai-laran, hanesan Xanana Gusmão ka Taur Matan Ruak. Ema sira ne’e maka iha prinsípiu, atu forma no konsolida Estadu. Sira maka ema Estadu nian. Maibé ema ne’ebé jere osan maka tékniku sira. 

Xanana ho Matan Ruak la’os tékniku, no jestór", tuir Cardoso hateten. 

"Iha paradoxu ida ne’e. Osan ne’e iha, ho valór bot, maibé ladauk konsege jere osan ne’e iha Timor-Leste. Tanba ne’e maka problema kia’k no mukit ezisti iha Timor-Leste", nia hatutan no garante katak nasaun ne’e tama ona ba faze “susesu bot ida’. 

Tuir Luís Cardoso, líder karimátiku sira, neineik-neineik, sei fó oportunidade ba joven sira, tanba jerasaun foun maka sei fó solusaun ka rezolve problema kona-ba ki’ak no mukit, inklui dezenvolvimentu iha rai-laran. 

“Oras ne’e daudaun poder iha jerasaun antigu sira maka ordena, bele no fó sai. Masibé sai hosi ida ne’e, ha’u fi’ar katak, jerasaun foun sei bele la’o tuir dalan seluk hodi reolve problema ne’ebé konkretu liu hosi timor-oan sira”, nia dehan. 

Tuir hakerek na’in ho tinan 56, hosi Cailaco, distritu Bobonaro, tempu “la’o di’ak” ba jerasaun foun sira ne’ebé hala’o hela estudu iha nasaun seluk, ne’ebé sei ho “vizaun seluk” kona-ba oinsá atu uza euros milloens 15 hosi fundu, hodi rezolve problema hirak ne’ebé konkreta hanesan pobreza. 

Bainhira husu hosi parte seluk ne’ebé “tauk” no “hakarak” atu Dili sai hanesan “Singapura”, Luís Cardoso defende katak ida ne’e “mitu” ne’ebé kria hosi “sidade Estadu” no laiha ligasaun ho Timor-Leste, tanba de’it razaun simples ida: kolonializada hosi inglés no la’os portugés-oan sira. 

“Mitu hosi Singapura tenke rezolve ho lolos. Singapura hanesan sidade Estadu ida ne’ebé ho domíniu inglés no la’os portugés. Kolonializasaun hothotu lahanesan – portugés, inglés. Kolonializasaun ingleza buka atu forma ajente lokál ne’ebé dinámika, hanesan Índia, Hong Kong, Singapura. Portugeza nian maka forma administradór ne’ebé dalabarak jere no laprodus”, hakotu Cardoso. 
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TL la infrenta hamlaha

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Jornal Nacional Diário

Sekretariu Jeral Ministeriu Agrikultura no Peskas (MAP), Cesar José da Cruz hateten, povu iha Timor Leste sei la infrenta hamlaha.

“Ha’u hanoin entermus de Timor Leste,   ita la dehan katak, ita hamlaha, maibe politikamente ita hanesan Comunidade Paises de Lingua Portuguesa (CPLP) ita tenki koalia kona-ba zero fome, (sei la iha tan hamlaha)”esplika Cesar José da Cruz ba Jornalista iha Ministeriu Negosius Estranjeirus no Kooperasaun (MNEK) Praia dos Coqueiros Dili, hafoin partisipa reuniaun agrikultura familiar CPLP Segunda (23/11).

Reuniaun agrilkultura familia ne’e partisipa husi delegasaun membru CPLP ninian, maka hanesan, Portugal, Brazil, Angola, Mosambique, Cabo Verde, Guine Bissau, São Tome Prinsipe,Timor Leste no Guine Equatorial .

Cesar José da Cruz, fo ezemplu iha Afrika ne’eba ema barak maka falta nutrisaun, falta ai han, entaun MAP hetan politika ida ne’e atu bele asegura ai han iha nasaun Timor Leste.

Kona-ba Timor Leste infrenta bai loron naruk, Cesar José da Cruz dehan, MAP iha nia tekniku sira prepara fini ne’ebe maka bele tahan moris. Maibe fini lolos   ne’e Sekretariu Jeral MAP ne’e la esplika sai.

“Maske bai loron maibe iha Timor Leste ne’e la’os loron manas hotu, maibe iha Munisípiu balun udan komesa tun ona,”dehan nia.Avi
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Dom Basilio Kestiona Prozetu ZEESM Gasta Osan Barak

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Suara Timor Lorosae

DILI-Governu dehan labele gasta osan arbiru no tenke poupa, maibe realidade osan barak maka fakar ona ba projetu Zona Espesial Ekonomia Social Merkadu (ZEESM).

Tuir Administrador Apostoliku Dioseze Dili Dom Basilio do Nascimento katak, Governu fo sai dehan tenke poupa osan estadu, maibe realidade osan barak maka aloka ba projetu ZEESM, maibe too oras nee seidauk iha benefisiu ida husi projetu neba.

Hau hanoin ema dehan katak atu labele gasta osan arbiru deit, maibe Governu tau ona osan barak iha Jona Ekonomia nee no hanoin katak husi investementu ida neeba nee buat ruma bele mai Timor, liu-liu iha Zona Ekonomia nee, maibe too oras nee ita seidauk hare ninia benefisiu  husi prozetu nee rasik, tamba nee ita hein katak osan sira neebe maka investe ona nee bele fo ninia rezultadu diak,” informa Dom Basilio ba STL, Tersa (24/11/2015) iha Salao Joao Paulo Comoro Dili.

Nia informa liu tan katak,  buat neebe ema kestiona nee osan ba ZEESM barak, tamba nee ema hotu hein ninia benefisiu no rejultadu husi prozetu neebe maka uza osan barak.

Iha parte seluk Direitur ONG Luta Hamutuk Mericio Akara katak, preokupasaun entidade sira nian maka se maka investe, tamba estadu hamutuk ho investedor sira hasai ona osan barak ba ZEESM, tamba nee hein ninia rejultadu. Informasaun kompletu iha STL Jornal no STL Web, edisaun Kuarta (25/11/2015). Madalena Horta/Lucia Ximenes
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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Portugal in East Timor: Civilization at What Cost?

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Ivo Mateus Goncalves - Life at Aitarak Laran

It is more or less one week until East Timor’s government and their people will commemorate 40 years declaration of independence (November 28 1975-28 November 2015) and 500 years of Portugal’s presence in East-Timor.

The theme to mark 500 years of Portugal existence in East-Timor is uncommon in compare to another former colonies. The government refers to this as ‘ Commemoration of Anniversary the Proclamation of Democratic Republic of Timor Leste November 28 1975-November 28 2015 and 500 years of Interaction between two civilizations East-Timor and Portugal and the Affirmation of Timorese Identity, (Comemoração dos Anos de Aniversário da Proclamação da República Democrática de Timor-Leste 28 de Novembro de 1975- 28 de Novembro de 2015 e dos 500 Anos de Interacção entre duas civilizações, Timorense e Portuguesa e Afirmação da Identidade Timorense).

Portugal is no longer regarded as a former colonial power, but has been regarded as old mate that brought and expanded the mission of civilization in East Timor, which led to the strengthening of East Timorese culture. In particular, the East Timorese state focuses on the historical contribution of Catholicism to the development of national identity. The argument that put forward by the government is entail political message, Portugal has been tirelessly on the Timorese side in endorsing East Timor’s quest for independence, therefore is no longer relevant to regard the Portugal as former occupier. Nonetheless, Portugal always claimed that it had no colonies; and that East Timor was the overseas province of a unitary state.

Two faces of celebration will be presented before Timorese in general and the people in the enclave of Oecusse in particular. The 28 of November 1975 is a hallmark of East-Timor history when the leaders and the people behind them declared unilateral independence—with the absence of Portugal colonial administration in their hide out on the island of Atauro— only a week before the massive escalation of Indonesian military invasion December 7 1975. Therefore, East-Timor has the sole right to celebrate one of decisive moment en route to independence.

On the other hand, history has been revealed that Portugal presence in East Timor from the first time they set their foot in Lifau, Oecusse district, when their first instilled their first Captain General in Lifau in the 1600s, was not unfettered. Portugal encountered local political opposition that finally forced them to move to Dili in 1767.

In terms of administration, Portugal ruled the colony directly from Goa and sometimes from Macau. Thus, the longevity of colonial presence those according to varieties of sources taken place for 500 years need to be questioned furthermore.

The driving force behind Portuguese colonialism in East-Timor was the lust for natural resources, spices sandalwood and raw materials to be shipped back to the center in order to enrich the colonial and financing their expedition to another mundo perdido (the lost world). Meanwhile, as Portugal urbanized, East-Timor became “progressively ruralized,” (Shepherd 2014: 76, Chomsky 1993: 14) with a rapid increase in the proportion of the population dependent on agriculture.

However, plundering, slaughtering, and oppression become common feature during the colonial time. In order to dominate indigenes, Portuguese pitted local kings against each other, the role of the liurai (local kings) was reduced to merely serving the colonial administration under the colonial aegis, and the Portuguese authority should endorse the local king that has been elected by the people. Portuguese colonialism put their hand on every aspect of Timorese life, including manipulate the political aspiration of the indigenes. Portuguese must ensure that the local kings, which elected by the people, become ears and eyes of colonial administration and fit into the colonial best interest in the field of economy and politic.

The population was classified racially according to their level of education, income and their background. Practically, civilization only benefited the elites, nearly all indigenous were illiterate, and used fingers or stones or maize grains to count. The mission of civilization was far from reality, given that it was a mission with common objective at forcing the indigenes to work even harder under conditions that favorable, mainly, the colonial administration and a few local kings and chiefs.

Anthropologist Christopher Shepherd put it most succinctly; a tiny group of assimilados had slowly established themselves mainly from the sons of local king and chiefs. They were managed to obtain proper education in the Jesuit run seminary, the assmiliados absorbed themselves with what had now become a group of a few thousand mestizos (mixed blood).

Similar with the school curricula during Indonesian occupation, the history that was taught left no room for alternative views. In school in seminaries, Portuguese geography and language dominated the curriculum. Indonesia introduced their national independence heroes to East Timorese children in every school, as well as the name of the rivers and mountains. Portuguese put into practice the same pattern. Every schoolchild learned which were the cities and rivers of Portugal. Timor was also considered part of Portugal. Strangely enough, they were taught that the highest mountain in Portugal was their own Mount Ramelau of 3,000 meters above the sea.

Slavery loomed large, as farmers were unable to meet the amount of tax that they had to pay. Crimes become so common; some people even plundering the nurseries for seedlings; selling children as slaves. Whores also grew rapidly. In the far-flung, sex could afforded with equivalent to a bunch of coconut. During the nighttime, schoolgirls hand themselves up to troops and the more ‘civilized’ autochthonous women could ply their trade as mulheres de estado (women of the state) to serve Portuguese officials and high-ranking military officers.

Amidst bitter legacy aforementioned, Dr Mario Moreira da Silva, an official from Ministry of Foreign Affairs vehemently praised that, “Timor is an outstanding model of Portuguese colonization.”

No one could denied that between East-Timor and Portugal as former colonial power have strong relations—especially if we trace back to the ties between colonial authority, traditional power holder and the sacred house. It has been widely believed that mostly sacred house in East-Timor stored the heirlooms which consist of Portuguese flag, helmet and gun. That object has been hailed as possessed certain magic that only the owner of sacred house can touch and offering ceremony on certain occasion. In some cases, the local king delivered the gun and Portuguese flag as a sign of peace and settling dispute between colonial authority and indigenes.

According to National University of Singapore based political scientist Douglas Kammen, the heirlooms often become the source of conflict. Prior to popular consultation in 1999, the head of administrator in Liquica district ordered his follower to abduct, hacked cut in to pieces the old man named Maukuru who was been accused of stored the colonial paraphernalia in his secret house (Kammen 2015: 144-145).

However, Portuguese have the reason to argue that Timor-Leste is Portugal’s young brother. Timorese people often look at the foreigner, especially the white people as ‘the lost brother’ who had returned to the homeland in search of their own origins, a seeker after a treasure that they had long held in keeping (Traube 1986: IX).

In fact of the matter, in 1950 the official number of assimilado stood at 54, on the other hand many thousands of the 435,000 autochthonous remains intact in the rural and urban areas. In 1975, prior to Portuguese departure only five percent out of total population of 750,000—before Indonesia military invasion— were literate.

Some elites that made their way to Catholic run seminary in the outskirt of Dili (Dare) become the backbone of early clandestine movement which led to formation of political parties such as FRETILIN and UDT.

The Portuguese colonialism has been well known for its climate of terror, notably the suppression against the pre-nationalist movement such as Manufahi Rebellion of 1911-1912, the Viqueque Rebellion and colonial repression of 1959 only few to mention.

It was a common feature in every colonial conquest when religion has been utilized as a means to dominate and to win heart and mind of the natives. The Portuguese introduced Roman Catholicism to East- Timor by 1515. It was the 1556 arrival of the Dominican friar, Antonio Taveira, which officially marked the commencement of a more widespread missionizing effort. The local king played pivotal role in converting the East-Timorese to have faith in Catholicism (Molnar 2010: 18).

The Catholic followers was increased sharply after Indonesian military invasion which reaching 98 percent. Catholic Church and their clergies, their tireless effort in championing the cause of East-Timorese against the oppression and brutality of Indonesia occupation. For the common people, Church is only safe place for them to seek refuge, protection and spiritual comfort.

In 1974, the wind of change swept over Portuguese colonies in Africa continent such as Angola, Mozambique, Guinea Bissau and Cape Verde. The Timorese elites smelled this political climate, those, obtained advance education from the Jesuit Seminary along with another fellow that has pursued their higher education in the colonial empire. They formed the political parties in East-Timor with broad range of perspective; political transition before independence is fully achieved, completely breaking the chain with colonialism and integration with either Indonesia or Australia.

When the political parties came into being, meanwhile the incursion into East Timor territory by Indonesian military was in motion. When short-lived civil war was broke out between UDT and FRETILIN, Portuguese colonialism and their administration took refuge in the island of Atauro. They did not come to assume their responsibility to expedite the decolonization process even though Timorese interim government, that has just sworn in on 28 of November 1975 during the unilateral declaration of East Timor independence, still recognize Portuguese and its administration allowed their flag in front of the government palace and the official car that belong to the Governor parking at the same spot.

In the end, the US and Australia endorsed Soeharto proposal to invade Timor-Leste. On December 6, Soeharto met with US President Gerard Ford and Secretary of State, Henry Kissinger. Soeharto finally secured their approval and on December 7 1975, Indonesian military launched massive scale of invasion from air, land and sea.

Portuguese Governor Lemos Pires and his entourage kept silent on Atauro, and then jumped to the vessel that provided by Australia and fled to their homeland. The colonial regime has gone, but their bitter legacies remained, along with its Catholic religion.

The pendulum swing back, when Portuguese first arrived in East-Timor, they brought with them the religion to conquest the native. After Indonesia military invasion, Timorese people and their leaders expressed their longing for Portuguese, in the name of culture (luso tropicalism) and the similarity in faith (Catholic). All of a sudden, cruelty and barbarism that committed by Portuguese colonialism has been ignored for the sake of “mission civilisatrice.” The ‘holy mission’ at the expense of too many lives, economic exploitation, racism, slavery, plundered and looting. Therefore, civilization at what cost?

Reference

Chomsky, Noam (1993) YEAR 501: The Conquest Continues, South End Press-Boston.

Kammen, Douglas (2015) Three Centuries of Conflict in East Timor, NUS Press.

Molnar, Katalin, A. (2010) Timor Leste: Politics, history and culture, Routledge London and New York.

Shepherd, Christopher (2014) Development and Environmental Politics Unmasked: Authority, participation and equity in East Timor, Routledge London and New York.

Traube, Elizabeth, G. (1986) Cosmology and Social Life: Ritual Exchange among the Mambai of East Timor, University of Chicago Press.
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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Uma Mahunu nian ahi han

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Jornal Nacional Diário - 23 de novembro de 2015

Eis komandante FALINTIL Antonio Jose da Costa ‘Mahunu’ ninia uma ahi han to’o motuk iha loron Sabado (21/11) oras tuku 17:30OTL lokraik iha Suco Bemori, Aldeia Has-laran, Zona Nain Feto, Munisipiu Dili.

Kronoljia akontesimentu ne’e katak, fou-foun ne’e ahi han hahu husi kuartu husi armari nian daet ba sprinbad tutan hodi rejulta uma refere ahi han to’o motuk.

Espelika kondutor privadu Mahunu, Miguel Asqeli iha fatin akontesimentu espelika ba jornalistas sira katak, nia parte loke odamatan ba tur iha liur la kleur mosu aisuar sae la konsege salva.

“Senõr Mahunu rega ai-funan, ha’u mos tur hela derepenti ahi han husi kuartu laran, ha’u tama ba atu baku mate ahi ne’e mos la biban, tanba ahi ne’e lakan bo’ot tiha ona sasan ami nian mai la hasai, tanba ha’u mos mesak tan,”haktuir kondotur ne’e.

Miguel Asqeli hatutan, sasan ne’ebe maka ahi han maka, televizaun, ida, dispenser ida, mesin motor, armari, sofa, meja no kadeira, ropa la konsege foti sai ahi han hotu.

Iha fatin hanesan Xefi Brigada Bombeirus, Norberto Soares Exposto hatete, ahi han uma ne’e laiha ema ida maka kontaktu ba bombeirus konaba ahi han uma ne’e.

“Ami mai ne’e sedauk rona informasaun ida, ami haree deit ahi ne’e suar ami mai, sorti ami nia segundu komandante ne’e hela iha santa cruz, kontaktu dehan ahi han iha ne’e ami mai,”hateten Norberto Exposto..

Maske nune’e nia espeliak katak, maske la hetan kontaktu, maibe Bpmbeiros sempre atende ba uma ahi han wainhira rona no haree akontesimentu ne’ebe refere.

“Ami mai deit la iha informasaun mai ami dehan katak ahi han uma, uma nain la kontaktu mai ami, ami mai deit, ohin ami mai mos mai tarde ona,”tenik nia.

Nune’e mos, Marino nudar joventude ne’ebe maka hela besik iha fatin akontesementu hatete, labele salva uma ne’ebe refere,

Entretantu tuir observasaun JN-Diario iha fatin akontesementu haree katak, sasan uma laran motuk hotu no sasan la konsege lori sai. Eus
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Maggiollo Gouveia, um dos nomes mais polémicos da história timorense recente

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Dili, 23 nov (Lusa) - Quarenta anos depois de ser morto em Aileu, a sul de Díli, Maggiollo Gouveia continua a ser um dos nomes mais polémicos da história recente de Timor-Leste, aplaudido por uns e considerado responsável pela guerra civil por outros.

Uma polémica que se sente tanto em Timor-Leste como em Portugal, como evidenciou a troca de críticas que em 2003, 28 anos depois da sua morte, marcou a decisão do Governo português de lhe conceder um funeral com honras militares.

Maggiollo Gouveia foi executado na vila de Aileu, a sul de Díli, nos últimos dias de 1975 já depois da invasão indonésia de Timor-Leste, que tinha ocorrido no dia 07 de dezembro, mas o debate tem sido tanto sobre a sua morte como sobre o que aconteceu desde agosto desse ano.

Talvez o momento mais marcante da vida de Maggiollo Gouveia tenha sido a 12 de agosto de 1975, quando o tenente-coronel vai à Rádio Díli anunciar que deixa o comando da PSP na capital timorense e que abandona o exército português: fá-lo, explica, por "verdadeiro amor" à verdade, a Timor-Leste, a Portugal e à União Democrática Timorense (UDT), pró-Indonésia e que defrontou a Fretilin na guerra civil timorense.

A 21 de agosto, e com a decisão ainda a gerar perplexidade e confusão entre portugueses e timorenses em Díli, Maggiollo Gouveia é preso pela Fretilin.

A família recebe, em outubro e novembro, através do Vaticano, quatro cartas, mas as notícias cessam até junho de 1976 quando o bispo de Díli escreve a Maria Natália Gouveia para a informar que o marido tinha sido fuzilado.

Nessa carta o bispo citava um antigo preso, o administrador do concelho de Maubisse, Lúcio da Encarnação, que contou que Maggiollo Gouveia fora executado juntamente com "50 a 60" outros prisioneiros, "entre 9 e 15 de dezembro", na estrada Aileu-Maubisse.

Foi morto depois de rezar o terço "de joelhos em terra" e de declarar: "Morro por Timor. Morro pela minha pátria e pela minha fé católica. Podeis disparar".

Paulo Portas - cuja presença e declarações nas cerimónias fúnebres de 2003 foram fortemente contestadas por individualidades como Vasco Lourenço, Mário Soares e Ana Gomes - disse na altura que "era tempo" de prestar uma homenagem "ao ser humano que sofreu em condições terríveis, ao português ímpar que morreu acreditando em Portugal, ao oficial do Exército português que não conjugou o verbo abandonar, mas sim o verbo ficar".

Reagindo na altura à decisão do Governo português, o ex-primeiro-ministro timorense Mari Alkatiri, teceu em entrevista à Lusa algumas das críticas públicas mais duras de sempre contra Maggiollo, acusando-o diretamente de ter iniciado a guerra civil que conduziu ao "holocausto" em Timor-Leste.

"Não compreendo como uma pessoa que tenha renunciado à sua condição de militar e tenha participado tão ativamente num conflito, tenha iniciado o conflito que conduziu Timor-Leste para uma situação de holocausto, durante 24 anos, possa hoje em dia ser quase considerado um herói nacional", afirmou à Lusa em Díli.

"Na altura era chefe da polícia em Timor-Leste e foi praticamente com o seu apoio que a guerra começou em Timor-Leste. Abriu as portas da sede da polícia e entregou-se às forças da UDT", afirmou.

Questionado diretamente pela agência Lusa sobre as condições em que morreu e se a sua execução foi ordenada pela liderança da Fretilin, Mari Alkatiri garante que as instruções "foram totalmente contrárias".

Para Mari Alkatiri a explicação da execução do militar português deve-se a "ódios pessoais", naturais tanto pelo papel de Maggiollo Gouveia no conflito como pela natureza "confusa" do próprio conflito em Timor-Leste.

Mari Alkatiri considera não haver informações precisas sobre os autores da execução, que considera terem já falecido, referindo no entanto que uma das teorias até lhe imputava diretamente a responsabilidade.

"Até houve uma notícia a dizer que tinha sido eu. Só se tivesse uma grande pontaria para, de Maputo, acertar aqui na cabeça do Maggiollo em Aileu", refere Alkatiri que partiu de Timor-Leste três dias antes da invasão indonésia, a 04 de dezembro de 1975.

Um dos primeiros documentos sobre a morte de Maggiollo Gouveia é assinado em 1976 por Costa Gomes, chefe do Estado Maior das Forças Armadas, que na altura considera que o ex-militar morreu em consequência de "uma situação de extrema perigosidade equiparável à do serviço de campanha e de manutenção da ordem pública".

Foi Rui Pena, ministro da Defesa do governo de António Guterres - que autoriza a transladação dos restos mortais de Timor-Leste - que em 2002 determina a prestação das honras militares.

ASP // JMR

Lusa/Fim
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domingo, 22 de novembro de 2015

BLOGUE NIA FACEBOOK ATU TROCA BA "FAN PAGE"

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Semana mai, Timor Hau Nian Doben nia Facebook  sei troka ba "Fan Page" tanba ami nia belun loron-loron aumenta no ami besik 5000 ona, no depois ami sei labele simu ema tan tanba Facebook la husik.

Bainhira ami troka ba "fan page", Facebook sei lori automatikamente  ami nia belun hotu ba "fan page" foun, ne'ebe ami husu deskulpa karik ema balun lakohi sai "fan" maibe laiha buat ida, imi bele sai (husik) hanesan "fan" iha blog nia pajina foun.

Ami ba lakon kontaktu diretu ke ami iha ho ema barak, hanesan labele "chat" ona ho ema, ami sei lakon ami nia mensajen hotu nomos ami nia publikasaun sira, maibe ami "download" ona ami nia "data" hotu.

Tinan barak ke hau (Zizi Pedruco) loron-loron koalia ho ema balun no ema balun mos haruka mensajen ka artigu hodi ami publika, hau sei hanoin katak hau sei hakarak iha kontaktu diretu ho ema balun, ne' ebe hau sei husu ba imi sai hau nia belun iha hau nia Facebook profile ida, Zizi Linda - Maria do Rosário Pedruco.

Ema balun uza hau nia naran, Maria do Rosário Pedruco, iha Facebook hodi lohi leitor sira katak hau nia pajina iha Facebook, maibe la loos ida. Dala ida tan, hau nia pajina iha Facebook mak ida ne'e deit, seluk laos hau nian.

Hau sei la simu ema hotu, tanba ema balun hau la konhese diretamente tanba pajina ida ne'e hau simu deit ema ho naran loos ka bele iha naran "falsu" ;)  maibe hau hatene se mak nain ba Facebook ida ne'e. Ema ke hau nunka kontakta ka hau la hatene se, hau la simu. Hau husu deskulpa, maibe mak nee de'it.

"Fan page" mos ideia ida ke diak liu ba ami, tanba ami sei hetan estatistikas nomos bele servisu diak liu tan hodi halo ami-ita nian blogue sai diak liu tan ba leitor sira.

Ami hein katak imi hotu sei kontinua tuir Timor Hau Nian Doben bainhira ami troka ba "fan page".

Obrigada barak ba imi hotu.

Zizi Pedruco
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Slimani deu o triunfo ao Sporting e colocou o Benfica fora da Taça

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Foto de Zizi Pedruco - Minha camisa é linda, não é? É! ;)
Público - 21 de novembro de 2015

Um golo no prolongamento desfez o empate que veio dos 90' e apurou os "leões" para os oitavos-de-final.

O Sporting eliminou o Benfica da Taça de Portugal ao vencer o jogo deste sábado, no Estádio José Alvalade, por 2-1, após prolongamento.

No final dos 90' regulamentares, o resultado que se verificava era um empate a um golo, mas o Sporting conseguiu evitar uma decisão nos penáltis ao marcar o golo do triunfo a oito minutos dos 120.

O Benfica marcou primeiro no derby, por intermédio de Mitroglou (6’). Poucos minutos depois de Slimani ter acertado no poste da baliza de Júlio César, o grego concretizou bem um contra-ataque, colocando os “encarnados” na frente do marcador, naquele que foi o único remate benfiquista do primeiro tempo.

O Sporting chegaria ao empate já no período de compensação da primeira parte, numa jogada de insistência de Slimani e de desacerto de Júlio César, com o guarda-redes brasileiro a sair da baliza a despropósito. A bola sobrou para Adrien que igualou o marcador.

No segundo tempo, o Sporting entrou melhor e empurrou o Benfica para junto da sua grande área. E a três minutos dos 90, Slimani desperdiçou a melhor ocasião de golo dos segundos 45’, quando num remate já dentro da área “encarnada” obrigou Júlio César à defesa da noite.

Só no prolongamento a partida se resolveu, quando um remate de fora da área de Adrien foi defendido para a frente por Júlio César e Slimani fez a recarga vitoriosa (112'). Na sequência do jogo, Samaris foi expulso, deixando a equipa benfiquista em inferioridade numérica nos minutos que restavam até ao apito final.

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Para o meu marido, benfiquista ferrenho,

Foto de Zizi Pedruco - LINDAS estas camisolas!
Olá lindo, vencido, mas lindo mesmo assim...

Quando o teu clubezeco, o Benfica, meteu o primeiro golo, tu gozaste tantooooo, mas tantoooo comigo que fiquei mesmo triste, segui o conselho do meu amigo adorado, calcei as sapatilhas e fui andar no lago...

Antes de eu sair tu a rir  olhaste para a camisola que eu tinha vestida (a preta) e disseste com desprezo, "Tira isso, só te traz vergonha". 

Pois é querido, não sou eu que estou fora da taça...Nunca se canta vitória antes do tempo, Jesus vai-te ensinar isto...

Como gosto muito de ti, vou-te dar também um conselho, põe no LIXO A TUA CAMISOLA, SÓ TE TRAZ VERGONHAS E TE FAZ SOFRER!:) 

Com muito amor.

Zizi Sportinguista
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Foto de Zizi Linda, hahahahahahahaha!
E VIVA O SPORTING!!! VIVAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!
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