quinta-feira, 2 de julho de 2015

COC espancou membro da equipa médica por desconfiar que levava medicamentos para Mauk Moruk

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Timor Post - 02 de julho de 2015 - Tradução de Timor Hau Nian Doben

Díli - Um membro da equipa médica do posto de saúde de Saelari, Laga, município de Baucau, Adriano Barbosa, foi espancado pelo Comando de Operação Conjunta (COC) porque desconfiaram que levava medicamentos para ajudar Paulino Gama mais conhecido por Mauk Moruk e o seu grupo.

Este acontecimento ocorreu ontem, no suco de Saelari.

Adriano que foi a vítima informou a cronologia destes acontecimentos para a Associação de Médicos de Timor-Leste (AMTL). De acordo com a vítima, ela saiu do posto de saúde de Saelari numa mota para ir buscar medicamentos no centro de saúde de Laga. Depois de ter ido buscar os medicamentos, Adriano estava a regressar do centro de saúde de Laga para o posto de saúde de Saelari,e foi ali que se deu um desentendimento com dois membros do COC e estes começaram a bater-lhe.

Depois de ter sido espancado, a vitima foi imediatamente evacuada para o posto de saúde de Saelari, porque foi espancado na cara (bochechas) até inchar imenso.

A Associação de Médicos de Timor-Leste lamentou profundamente a atitude dos dois membros do COC.

"Nós condenamos fortemente este ato", afirmou ontem aos jornalistas o secretário-geral da AMTL,Flávio Brandão, no Hospital Nacional Guido Valadares, em Bidau.

Flávio afirmou que as declarações que os membros da COC fizeram para o membro da equipa médica e o seu espancamento, estes atos não são benéficos, por este motivo há que clarificar a todos que os médicos trabalham profissionalmente para dar assistência médica a pessoas, sem verem a cor, raça e não olham ao estatuto político.

Flávio explica que o papel do médico é fornecer assistência médica a todas as pessoas que estejam doentes e que peçam ajuda ajuda médica, assim, o membro da equipa médica que foi buscar os medicamentos no centro de saúde de Laga, isto foi para atendimento público e não foi para cometer nenhum atendimento ilegal.

Por este motivo, pediu ao COC para prestar atenção para as atividades deles em vez de lhes bater, dar pontapés, e rebaixar o pessoal de saúde que inclinam para o grupo que o COC está à procura.

Flávio pediu para todos darem uma assistência boa para todo o pessoal de saúde em todo o território, porque muitas pessoas precisam de assistência médica nas áreas remotas.

Relativamente à acusação que o COC faz contra o pessoal de saúde em Saelari, de acordo com Flávio, ele vai mandar uma carta para o comando da operação para pedir uma investigação dos atos no terreno dos dois membros do COC, porque não estão de acordo com a lei nem com a ordem. (gus)
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