Timor Hau Nian Doben - 08 de Maio de 2015
O antigo comandante das Falintil e actual líder do Conselho de Revolução Maubere, Mauk Moruk, acabou de afirmar a este blogue que o seu irmão Cornélio Gama, mais conhecido como L7, nunca o trairá.
" Eu posso ter diferenças com o meu irmão, podemos não concordar com tudo, mas somos do mesmo sangue e eu te garanto que o meu irmão L7 nunca me irá trair, nunca me vai trair, eu tenho a certeza absoluta disto", disse.
"Eu já me sincronizei com o meu irmão e ele não vai vergar, ele quer três meses para pensar e também exigiu que retirassem as tropas do local das operações e exigiu ainda que o mandado de captura contra mim fosse retirado. Se estiverem reunidas estas condições, então podemos pensar em negociar com eles", declarou.
Mauk Moruk acusou ainda o governo e a KOK de tentarem "puxar" o irmão L7 para o lado das autoridades timorenses e lhe virarem contra ele.
"A reunião de segunda-feira foi para ver se conseguiam levar o meu irmão para o lado deles, para aliciarem-me, foi um engodo que inventaram para me tentarem capturar. Mas o meu irmão não caiu na armadilha deles, mas o meu irmão não vai ceder nem mais um milímetro a eles. Meu irmão disse-me, 'eu sou teu irmão, vou procurar meios para negociar mas não me irei vergar a eles, nós não nos vergamos'. Essa foi a forma do governo me pôr entre a espada e a parede", explicou.
Mauk Moruk lamentou afirmando que continuava cercado em Boleha, arredores de Laga, mas reiterou que "não se vai render porque se o fizesse estaria a trair a este povo que já foi subjugado durante muitos séculos".
O antigo comandante das Falintil teceu fortes criticas à oposição, o partido da Fretilin, por estes não fazerem o que a Constituição da República lhes impõem e fazerem o "jogo do governo".
“Isto é uma política de corruptos, agem de má-fé, estão todos juntos a roubar o dinheiro deste povo que vive na miséria, nós não vamos ceder. O Alkatiri já trocou o seu tom de voz quando faz declarações agora na média contra mim, está mais manso. Ele pensa que com isso me vai aliciar, está muito enganado. Ele é um traidor, traiu o povo, a nação e traiu a Fretilin, esse homem está a fazer as jogadas do tirano Xanana", disse.
“Isto é uma política de corruptos, agem de má-fé, estão todos juntos a roubar o dinheiro deste povo que vive na miséria, nós não vamos ceder. O Alkatiri já trocou o seu tom de voz quando faz declarações agora na média contra mim, está mais manso. Ele pensa que com isso me vai aliciar, está muito enganado. Ele é um traidor, traiu o povo, a nação e traiu a Fretilin, esse homem está a fazer as jogadas do tirano Xanana", disse.
Mauk Moruk disse que se as forças de segurança o quisessem capturar que o têm de ir buscar a uma "caverna que tem sete pisos".
"Se eles me quiserem capturar têm de me vir buscar dentro de uma caverna com sete andares: os primeiros três andares de cima representam o Céu, o do meio o purgatório e os três em baixo representam o Inferno, eu estou no do meio, no purgatório. Eles que cá venham e depois nós decidimos", disse.
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"A luta continua! A luta continua! A luta continua!", terminou a rir-se
Na passada segunda-feira membros da Resistência entre eles o comandante L7, estiveram reunidos de manhã em Fatuhada com o Comando de Operação Conjunta e com o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, Lere Anan Timur e ainda o líder da polícia timorense, Júlio Hornai, para discutirem o caso Mauk Moruk.
Na passada segunda-feira membros da Resistência entre eles o comandante L7, estiveram reunidos de manhã em Fatuhada com o Comando de Operação Conjunta e com o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, Lere Anan Timur e ainda o líder da polícia timorense, Júlio Hornai, para discutirem o caso Mauk Moruk.
As forças de segurança urgiram L7 bem como a outros membros da resistência para se aproximarem
de Mauk Moruk e convencerem-lhe a render, foi-lhes dado dez dias para negociarem com o antigo comandante das Falintil. Porém, Moruk apenas irá falar com as autoridades timorenses se lhe for retirado o mandado de captura e se cessarem as operações políciais e militares para o prenderem.
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