segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Membros do VI Governo de Timor-Leste tomaram posse

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Díli, 16 fev (Lusa) - Os 38 membros do VI governo constitucional de Timor-Leste tomaram hoje posse com um juramento perante o Presidente da República, Taur Matan Ruak, numa cerimónia no palácio de Lahane, nos arredores de Díli.

O novo primeiro-ministro, Rui Araújo, e cada um dos seus colegas juraram em português antes de assinarem o termo de posse e serem saudados pelo chefe de Estado.

Os únicos momentos de aplausos ocorreram quando foi a vez do juramento do último ministro, Xana Gusmão, que ocupa agora a pasta do Planeamento e Investimento Estratégico, já no final da cerimónia.
Num longo discurso, Rui Araújo destacou "a honra e sentido de responsabilidade" que representa liderar o novo governo, considerando o dia de hoje "marcadamente histórico na vida política de Timor-Leste".
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Rui Araújo recordou "as circunstâncias excecionais" que levaram à formação deste governo, somado à lógica "mais pragmática de servir o interesse nacional acima de qualquer outro".

Neste contexto, "a conjugação de vontade, experiências, talentos e qualificações suplantam a tradicional adversidade política, democrática, para dar solução aos desafios que o país enfrenta", afirmou.

O novo chefe e de governo disse que hoje é o dia em que os mais velhos passam a responsabilidade de governação à nova geração numa transição "gradual, sem ruturas" e num processo marcado por "coragem, integridade e sábia liderança".

Rui Araújo recordou alguns dos heróis mortos e vivos da libertação de Timor-Leste, considerando que cabe a cada membro do seu governo honrar o legado, destacando os progressos conseguidos nos últimos anos e o momento de estabilidade e segurança que se vive.

O líder do novo Governo comprometeu-se ainda a apostar na agenda de desenvolvimento.

"Se o peso da responsabilidade de governação parece aparentemente mais leve quando refletimos nos progressos alcançados, torna-se gigante quando olhamos para tudo o que ainda falta fazer", disse exemplificando com o facto de a maioria da população viver abaixo da linha nacional de pobreza, um sinal de que os benefícios do crescimento económico "não chegam a toda a gente".

"O nosso país só pode aspirar ao desenvolvimento e ao progresso se assegurarmos que a sua população é instruída e saudável. Mas, para ser instruída e saudável é preciso ter que comer, ter acesso a água potável, ter habitação condigna", disse.

O novo primeiro-ministro comprometeu-se a fortalecer o investimento na educação, saúde, agricultura e nos setores da água, saneamento e habitação apoiando a população jovem que representa metade da população timorense.

ASP // PJA
Lusa/Fim
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