Díli, 16 fev (Lusa) - Os 38 membros do VI governo constitucional de
Timor-Leste tomaram hoje posse com um juramento perante o Presidente da
República, Taur Matan Ruak, numa cerimónia no palácio de Lahane, nos
arredores de Díli.
O novo primeiro-ministro, Rui Araújo, e cada um dos seus colegas
juraram em português antes de assinarem o termo de posse e serem
saudados pelo chefe de Estado.
Os únicos momentos de aplausos ocorreram quando foi a vez do
juramento do último ministro, Xana Gusmão, que ocupa agora a pasta do
Planeamento e Investimento Estratégico, já no final da cerimónia.
Num longo discurso, Rui Araújo destacou "a honra e sentido de
responsabilidade" que representa liderar o novo governo, considerando o
dia de hoje "marcadamente histórico na vida política de Timor-Leste".
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Rui Araújo recordou "as circunstâncias excecionais" que levaram à
formação deste governo, somado à lógica "mais pragmática de servir o
interesse nacional acima de qualquer outro".
Neste contexto, "a conjugação de vontade, experiências, talentos e
qualificações suplantam a tradicional adversidade política, democrática,
para dar solução aos desafios que o país enfrenta", afirmou.
O novo chefe e de governo disse que hoje é o dia em que os mais
velhos passam a responsabilidade de governação à nova geração numa
transição "gradual, sem ruturas" e num processo marcado por "coragem,
integridade e sábia liderança".
Rui Araújo recordou alguns dos heróis mortos e vivos da libertação de
Timor-Leste, considerando que cabe a cada membro do seu governo honrar o
legado, destacando os progressos conseguidos nos últimos anos e o
momento de estabilidade e segurança que se vive.
O líder do novo Governo comprometeu-se ainda a apostar na agenda de desenvolvimento.
"Se o peso da responsabilidade de governação parece aparentemente
mais leve quando refletimos nos progressos alcançados, torna-se gigante
quando olhamos para tudo o que ainda falta fazer", disse exemplificando
com o facto de a maioria da população viver abaixo da linha nacional de
pobreza, um sinal de que os benefícios do crescimento económico "não
chegam a toda a gente".
"O nosso país só pode aspirar ao desenvolvimento e ao progresso se
assegurarmos que a sua população é instruída e saudável. Mas, para ser
instruída e saudável é preciso ter que comer, ter acesso a água potável,
ter habitação condigna", disse.
O novo primeiro-ministro comprometeu-se a fortalecer o investimento
na educação, saúde, agricultura e nos setores da água, saneamento e
habitação apoiando a população jovem que representa metade da população
timorense.
ASP // PJA
Lusa/Fim
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