Timor Hau Nian Doben - 15 de janeiro de 2015
De acordo com o jornal Tempo Semanal, o grupo do antigo comandante das FALINTIL, Paulino Gama, mais conhecido por Mauk Moruk, deteve esta tarde dois membros da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), da esquadra da aldeia de Saelari, em Laga, Baucau, após terem sido atacados a tiro pelas forças de segurança.
Em declarações exclusivas ao citado jornal, o ex-comandante das FALINTIL disse, "eu estou bem, mas as pessoas vieram atacar-nos para nos matarem. Eles vieram em grupo com carros e vieram apenas, depois começaram aos tiros".
Mauk Moruk afirmou ao Tempo Semanal que primeiro veio o comandante da PNTL de Baucau, José Neta Mok e o antigo comandante das Falintil disse que amanhã falariam e para ele ouvir a entrevista dele na Radio de Timor Leste. De acordo com Moruk ele foi-se embora mas depois mandou dois carros da polícia.
O antigo comandante das FALINTIL disse que o povo ficou "chateado" e por isso queimou um carro e que o seu grupo não tem armas e que cercou os agentes da PNTL apenas com catanas.
"Relativamente aos carros, o povo ficou zangado e chateado, por isso compreende-se, o povo estava chateado e por isso queimou o carro. Eles já sabem que nós não temos armas (...) nós só temos pedras e paus para nos defendermos (...) Eles vieram com os carros e os agentes da polícia começaram aos tiros. (...) Eles começaram aos tiros, por isso é que nós os cercamos", explicou.
Moruk admitiu ao referido periódico que o seu grupo deteve dois agentes da Polícia Nacional de Timor-Leste e que estes estão a ser bem tratados, o seu grupo está a tratar dos ferimentos dos agentes de segurança.
"Eles (polícias) foram apedrejados e foram feridos com paus (...) neste momento nós estamos a tratar-lhes. Eu próprio pedi para não lhes baterem e não lhes fazerem nada de mal. (...) Nós pedimos para eles nos explicarem quem é que lhes mandou. Eles disseram que os grandes (superiores) é que lhes mandaram", disse.
Mauk Moruk foi detido preventivamente em março do ano passado após o Parlamento Nacional ter aprovado uma resolução por unanimidade para capturar o antigo comandante das FALINTIL e os seus homens, por estes alegadamente "representarem um perigo para a estabilidade do país". Paulino Gama foi libertado em dezembro.
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