Timor Hau Nian Doben- 26 de janeiro de 2015
O antigo comandante das Falintil, Mauk Moruk, disse há momentos ao Timor Hau Nian que às três da tarde, horas locais, a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) prendeu e levou para Díli dois antigos comandantes da Falintil e um sobrinho dele.
"A PNTL acabou de lavar a cara, prenderam o meu sobrinho, Manuel Vítor Correia Gama e mais dois antigos comandantes das Falintil, um é o Mau Kiak e o outro ainda não confirmaram o nome, prevemos que amanhã possam ir capturar o meu irmão L7".
Zizi Pedruco - Seu irmão, mas porquê que querem capturar o seu irmão? O Comandante L7 não fez nada de mal, ele não tem nada com este problema que está a acontecer.
Mauk Moruk - Isto tudo faz parte do plano deles.
Zizi Pedruco - Eles quem, Sr. Comandante?
Mauk Moruk - Eles, o Xanana, Longuinhos Monteiro e o Alkatiri, eles é que conspiram contra mim para me difamarem, mas eu respeito isso, eles têm a liberdade de expressão, mas eu vou-lhes responder. Eu ando desconfiado que as granadas na Embaixada dos Estados Unidos foi a mando de alguém para me culparem e gerar a desconfiança entre a população, para eu ser o culpado.
Zizi Pedruco - O senhor tem conhecimento de que o Lasama de Araújo e o Manuel Tilman lhe chamaram de terrorista?
Mauk Moruk - O Lasama é que é um ladrão e um terrorista, ele e o Xanana. São uns ladrões e uns terroristas, eles é que fazem sofrer este povo mártir.
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Mauk Moruk terminou dizendo que em breve mandaria ao Timor Hau Nian Doben uma resposta por escrito aos que lhe chamaram de terrorista.
O ex-comandante das Falintil foi detido preventivamente em março do ano passado após o Parlamento Nacional ter aprovado uma resolução por unanimidade para capturar o antigo comandante das FALINTIL e os seus homens, por estes alegadamente "representarem um perigo para a estabilidade do país". Paulino Gama foi libertado em dezembro.
Mauk Moruk foi um dos mais respeitados comandantes das Falintil e muito temido pelo exército indonésio até 1985, quando foi forçado a render-se devido às divergências internas com Xanana Gusmão. Nos princípios dos anos oitenta, a mulher e um primo do ex-comandante foram assassinados pelas forças invasoras.
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