Comentador social-democrata diz não ter dúvida de que expulsão de
magistrados portugueses se deve a investigações a governantes
timorenses.
O antigo líder do PSD e conselheiro de Estado de Cavaco Silva chamou
neste sábado “ditadorzinho de pacotilha” ao primeiro-ministro de
Timor-Leste, Xanana Gusmão, devido à expulsão de magistrados
portugueses.
No
seu habitual comentário de sábado na SIC, Marquês Mendes começou por
afirmar que Portugal sai “humilhado desta situação”. Acha, porém que o
Governo de Passos Coelho agiu bem “ao ser firme” e ter colocado fim à
cooperação judicial com Timor-Leste.
Mendes disse não ter
dúvidas sobre as razões que levaram à expulsão dos magistrados: “Vamos
ser francos, não é por causa do petróleo, é por investigações que
estavam a ser feitas a políticos, a governantes e a outros altos
funcionários públicos.”
Embora considere complicado que a justiça
de Timor esteja a ser exercida por magistrados estrangeiros, o antigo
presidente do PSD lembrou que foi aquele país quem pediu a cooperação.
E, considerando a decisão timorense como uma “atitude inqualificável”,
Marques Mendes acrescentou ter “enorme pena” que esta situação tivesse
acontecido, porque Xanana Gusmão era uma referência para a sua geração.
“O
comportamento que ele [Xanana] está a ter é a de um ditadorzinho. É um
ditador. Um ditadorzinho de pacotilha. Além do mais, isto mina
brutalmente a credibilidade da imagem de Timor-Leste”, concluiu.
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