Díli, 07 nov (Lusa) - O Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak,
afirmou hoje, numa declaração à imprensa, que o fortalecimento do Estado
de Direito é um desafio que o país escolheu e que exige "diálogo
persistente" para alcançar o objetivo.
"Edificar e fortalecer o Estado de Direito democrático é um desafio
que escolhemos e que exige de nós um diálogo persistente na certeza de
que alcançaremos este nosso objetivo", referiu na declaração lida à
imprensa pelo chefe da Casa Civil, Fidélis de Magalhães, o chefe de
Estado timorense.
"O Presidente da República, chefe do Estado e Comandante Supremo das
Forças Armadas saúda a maturidade demonstrada pelo nosso povo e a
serenidade revelada pelos tribunais e está seguro que a continuação do
diálogo permitirá ultrapassar mais este escolho", afirmou também na
declaração.
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Taur Matan Ruak fez a declaração na sequência da decisão do Governo
timorense de expulsar oito funcionários judiciais internacionais, sete
portugueses e um cabo-verdiano.
O Governo decidiu pela expulsão depois do Conselho Superior de
Magistratura e Conselho Superior do Ministério Público timorenses
recusarem aplicar a resolução do parlamento que determina uma auditoria
ao sistema judicial do país e a suspensão de contratos com funcionários
judiciais internacionais "invocando motivos de força maior e a
necessidade de proteger de forma intransigente o interesse nacional".
Na declaração, o Presidente timorense refere também que as resoluções
aprovadas pelo parlamento nacional "criaram agitação e sobressalto no
país e no estrangeiro" e que atingiu países "amigos de Timor-Leste",
nomeadamente Portugal e Cabo Verde, membro da Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa, cuja presidência é detida atualmente pelos
timorenses.
"Nesta ocasião, o Presidente da República reitera o seu empenho no
reforço continuado das relações de profunda amizade e cooperação com os
Estados irmãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa",
sublinhou.
Na declaração, o Presidente informou que já recebeu para
esclarecimentos sobre a atual situação o primeiro-ministro, Xanana
Gusmão, o presidente do parlamento nacional, Vicente Guterres, bem como
os líderes da Fretilin (Frente Revolucionária do Timor-Leste
Independente) e o antigo chefe de Estado José Ramos-Horta.
MSE // JCS
Lusa/fim
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