Jornal Independente - 23 de junho de 2014 - Tradução de Timor Hau Nian Doben
O Ministério Público (MP) e a Comissão Anticorrupção (CAC) têm de ser corajosos para investigarem o primeiro-ministro Xanana Gusmão quando for necessário, relativamente ao caso da Agência de Desenvolvimento Nacional, disse o secretário-geral executivo da Associação de Advogados de Timor-Leste, Dr. Manuel Tilman.
Agora mesmo Xanana Gusmão disse que não estava contente com a decisão do tribunal de aplicar a medida de coação, Termos de Identidade e Residência, ao diretor da Agência de Desenvolvimento Nacional (ADN) quanto aos casos de destruição dos projetos sem qualidade. O chefe do governo disse que ele está pronto para responder a um processo judicial, quando a instituição competente o chamar em relação aos casos de arrasamento dos projetos públicos, que foram feitos pela ADN, porque não têm qualidade.
Apesar do primeiro-ministro Xanana estar pronto a colaborar com a investigação, Manuel Tilman afirmou que a CAC e o Ministério Público não o vão fazer porque eles têm medo do chefe do governo.
Manuel Tilman disse que o MP e a Comissão Anticorrupção têm de fazer uma investigação ao primeiro-ministro e às destruições dos projetos da ADN, que foram ordenadas por Xanana Gusmão.
"A CAC e o Ministério Público têm medo de fazer uma investigação ao primeiro-ministro", afirmou Tilman no seu local de trabalho, no Hotel Arbiru Beach.
"Tudo depende do Estado, agora o chefe do governo grita e eles têm medo, podem não acusar, o Ministério Público tem medo porque eu analisei isto e não acusam. Se não acusam então pronto, a justiça não cumpre a sua função, de defender as pessoas que não têm poder e defende os poderosos", disse Tilman.
De acordo com ele, o melhor caminho é a ADN levar as companhias que fizeram os projetos sem qualidade a tribunal.
Anteriormente o deputado Manuel Castro apelou ao primeiro-ministro Xanana para não intervir demais no trabalho da justiça, porque senão a justiça não anda para a frente neste país.
"Eu peço ao primeiro-ministro para não intervir nos casos da justiça", disse Castro.
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