Comandante Mauk Moruk, ontem. |
Jornal Independente - 3 de junho de 2014 - Tradução de Timor Hau Nian Doben
O Ministério Público (MP) precisa de mais tempo para fazer a investigação do caso do Comandante do Conselho de Revolução Maubere (CRM),Paulino Gama, também conhecido como Mauk Moruk, antes de processar a acusação, porque muitas pessoas estão envolvidas neste caso.
A Procuradora Distrital de Díli, Angelina Saldanha, disse que seis meses não chegam para finalizar o processo de investigação do caso do CRM, porque muitas pessoas estão envolvidas neste caso.
"Este caso talvez leve um ano, depende da investigação que estamos a fazer, porque existem muitas testemunhas e muitos arguidos, por este motivo nós precisamos de alguns documentos", disse Angelina Saldanha ontem aos jornalistas, no seu local de trabalho, Matadouro.
Por esta razão, ela também não quis fazer comentários relativamente a este processo. Por outro lado, o administrador do Tribunal Distrital de Díli, Duarte Tilman, disse que neste momento o Procurador é quem sabe deste processo, porquê que eles não fazem a acusação.
Comandante Mauk Moruk, ontem. |
"Em seis meses nós temos de fazer a revisão deste caso, não deveria passar dos seis meses, quando a investigação estiver completa, a acusação pode ser feita", disse Duarte.
Ele afirmou que é da competência da Procuradoria Distrital de Díli, pode fazer a prova e pode arquivar o processo ou mandar para o tribunal para este ordenar a libertação.
Mas de acordo com ele, isto depende da investigação do Procurador e é esta que vai determinar se existem motivos para uma acusação ou a arquivação do processo.
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"Se não existirem provas, eles arquivam o processo, se houverem provas faz-se uma acusação", explicou.
No primeiro interrogatório o MP - que foi representado pela Procuradora Angelina Saldanha e pelo Procurador Felismino Cardoso - acusaram Mauk Moruk de três crimes: abuso de poder, uniforme público (uso) e associação criminosa. Estes delitos são regulados pelos artigos, 188º, 194º, 195º e 202º do Código Penal de Timor-Leste.
Mauk Moruk está neste momento no estabelecimento prisional de Becora a cumprir a prisão preventiva.
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