segunda-feira, 8 de julho de 2013

Julgamento de suspeitos de crimes contra a humanidade em Timor-Leste prossegue dia 31

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Díli, 08 jul (Lusa) - O julgamento de oito suspeitos de crimes contra a humanidade em 1999 em Timor-Leste prossegue no próximo dia 31, disse hoje à agência Lusa fonte judicial.

O julgamento teve início a 11 de junho e a sessão de hoje serviu para ouvir mais depoimentos de testemunhas, acrescentou a fonte.

Os oito indivíduos são acusados pelo Ministério Público de pertencer à milícia AHI (Aileu Hametin Integração) que, em 1999, durante e depois do referendo, terem praticado homicídios, detenções ilegais, destruído habitações e violado mulheres, com o apoio da polícia e militares da Indonésia.

No passado mês de dezembro, o Tribunal Distrital de Díli condenou três elementos de uma milícia pró-integracionista a penas entre os seis e os 16 anos de prisão.

Os três elementos pertenciam à milícia Besih Merah Putih e foram condenados pelo Tribunal Distrital de Díli por incidentes ocorridos, em 1999, na vila de Ulmera, Bazartete, no distrito de Liquiçá, a cerca de 50 quilómetros a oeste de Díli.

A 04 de setembro 1999, quando foram anunciados os resultados da consulta popular de 30 de agosto que determinaram a independência de Timor-Leste, começou um período de violência e destruição perpetrado por milícias pró-integracionistas, apoiadas por soldados da Indonésia.

Durante cerca de um mês, mil pessoas foram mortas e centenas de milhares obrigadas a viajar para Timor Ocidental e outras províncias indonésias.

O relatório sobre direitos humanos de 2010 da Missão Integrada da ONU em Timor-Leste, cujo mandato terminou a 31 de dezembro de 2012, refere que, no final de junho de 2010, "303 dos 391 indivíduos acusados de crimes graves associados ao período de 1999 continuavam à solta".

MSE // PJA

Lusa/Fim
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