Luís Vaz de Camões in "Sonetos"
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento Etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente,
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Algũa cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
Nota: Um ano depois da sua partida e, eu continuo a sentir que estou mais pobre, mais pobre... A sua voz, o seu Humanismo e os seus conselhos sábios, caminham comigo todos os dias da minha vida. No Reino dos Céus, onde o senhor está, receba este beijo da sua aluna querida (era mesmo!) cheio de saudade, amizade, carinho, respeito e muita, muita gratidão.
SIT TIBI TERRA LEVIS, SR. PROFESSOR!
Maria do Rosário
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