Timor Post - Quarta-feira, 15 de maio de 2013 - Tradução de TIMOR HAU NIAN DOBEN
A presidente do Grupo das Mulheres Parlamentares de Timor-Leste ( GMPTL, um acrónimo em Tétum), deputada Josefa Pereira Soares, apelou ao governo para não interferir politicamente no processo do julgamento do caso do homicídio em Hera, porque pode prejudicar ainda mais sistema judicial de Timor-Leste.
" Isto não é apenas uma ameaça para a democracia, mas também uma ameaça para o sistema da justiça, porque as instituições estatais, cada uma, tem a sua própria função, e as pessoas não devem pôr as mãos onde não devem ", disse ontem a presidente do GMPTL ao Timor Post, no Parlamento Nacional, depois de uma sessão plenária no hemiciclo.
A presidente do GMPTL disse que lamenta muito, que o governo tenha decidido interferir no julgamento do homicídio em Hera, porque vai impedir o trabalho dos outros para chegarem a uma decisão justa.
"Eu acho que todos nós, timorenses, devemos de estar prontos para nos submetermos à justiça de acordo com a lei, se um erro foi cometido, o indivíduo que cometeu o crime deve responder perante os tribunais e submeter-se à decisão do tribunal. Não deve haver qualquer interferência de qualquer político, porque isso é simplesmente errado, e contrário à nossa Constituição e às leis em vigor", lamentou a deputada Josefa.
Entretanto, o Programa de Monitorização do Sistema Judicial (JSMP) tem grandes esperanças de que o Presidente da República, Taur Matan Ruak, não vá intervir no julgamento de Hera, que está a decorrer no tribunal.
O diretor do JSMP, Luís de Oliveira Sampaio, disse que se o Chefe de Estado interferir então, o Estado de Direito em Timor-Leste, será colocado em grave risco.
Mesmo que o incidente de Hera tenha ocorrido por razões políticas, uma vida humana foi prejudicada, por este motivo, os responsáveis têm de responder perante o tribunal.
"Esperamos que o Presidente da República não vá agir de qualquer forma, para cortar todo o processo judicial que está em andamento, porque podemos apenas imaginar que, se ele o fizer, então o Estado de Direito em Timor-Leste, estará manifestamente perante uma ameaça grave ", disse recentemente ao Timor Post, no seu escritório.
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