sexta-feira, 17 de maio de 2013

Ministério da Saúde acusado de conduzir doentes às farmácias privadas

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Díli – Um membro do Parlamento acusou o ministro da Saúde de «utilizar a sua farmácia privada para importar medicamentos adquiridos pelo Governo».
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A deputada da Fretilin, Ilda da Conceição, disse que muitos médicos do Hospital Nacional Guido Valadares, em Díli, recomendam aos pacientes que comprem medicamentos nas farmácias privadas, incluindo o estabelecimento do ministro da Saúde, Sérgio Gama Lobo, a «Istana Farmácia», na capital timorense.

A deputada disse ainda que o Hospital Nacional não possui medicação suficiente para responder às necessidades dos pacientes, por isso os médicos recomendam a compra nas farmácias privadas.

Ilda da Conceição apelou ao ministro da Saúde no sentido de resolver as limitações verificadas no stock de medicamentos, no hospital de Díli.

O ministro Sérgio Gama Lobo reconheceu que a «Istana Farmácia» importa os medicamentos do Governo mas disse existir um contrato entre as duas partes.

Existem dois tipos de contratos assinados entre a farmácia e o Executivo, um deles respeitante à compra de medicamentos em países estrangeiros e outro sobre material hospitalar, segundo o ministro da Saúde.

Sérgio Gama Lobo disse que já não é detentor da «Istana Farmácia» e que não trabalha para aquele estabelecimento privado, tendo resignado ainda antes de assumir funções no Governo liderado por Xanana Gusmão.

«Eu não detenho a empresa. Pode verificar junto do Ministério da Justiça. Não estou satisfeito com a acusação que me foi feita», referiu Sérgio Lobo.

O ministro da Saúde apelou aos pacientes no sentido de reportarem informações sobre estes casos, juntamente com as receitas, para que o Ministério possa responsabilizar os médicos em causa.

«Se houver algum profissional de saúde que tenha agido dessa forma, peço aos pacientes que me tragam as informações, para que possam ser analisadas. Os doentes não devem ter medo de divulgar essa informação», referiu o responsável.

Um habitante de Díli, João da Silva, disse à PNN que foi sempre aconselhado a comprar medicamentos nas farmácias privadas, uma vez que o hospital nacional não tem stock disponível. João da Silva revelou não ter dinheiro para comprar os remédios por esta via e que já se viu obrigado a pedir emprestado a um amigo.

A testemunha da PNN mostrou-se desanimada, uma vez que o Estado dá tratamento gratuito aos cidadãos mas o hospital não tem capacidade para responder às necessidades dos pacientes.
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(c) PNN Portuguese News Network

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