Foto, Rede Feto - Facebook |
Díli, 08 mar (Lusa) - Dezenas de homens e mulheres timorenses e de
outras nacionalidades dançaram hoje, Dia Internacional da Mulher, em
frente ao Palácio do Governo contra a violência no âmbito da campanha
mundial "One Billion Rising".
Organizada pela organização não-governamental timorense Rede Feto
(Rede das Mulheres) e pela agência da ONU para as Mulheres, a iniciativa
contou com a presença da primeira-dama timorense, Isabel Ferreira, e do
vice-primeiro-ministro, Fernando La Sama de Araújo.
Militares, polícias, estudantes funcionários públicos, de
organizações internacionais e de organizações não-governamentais, todos
dançaram contra a violência que atinge milhares de mulheres em todo o
mundo.
"Hoje estamos aqui para unir todas as mulheres para parar com a
violência contra as mulheres", afirmou Ivete Oliveira, presidente da
Rede Feto.
Ivete Oliveira referiu-se também a dados do Ministério da Saúde
timorense, que indicam 38% das mulheres a partir dos 15 anos vítimas de
algum tipo de violência.
"Isso significa que uma em três mulheres timorenses sofreu algum tipo de violência", salientou.
Ivete Oliveira explicou também que a história do país, nomeadamente a
invasão indonésia, integrou a violência nas comunidades e que só nos
últimos anos, com campanhas e o apoio da comunidade internacional, as
mentalidades começaram a mudar.
Associou-se também ao Dia da Mulher em Díli, o Programa de
Monitorização do Sistema Judicial de Timor-Leste, uma organização
não-governamental timorense, que alertou que as mulheres timorenses
continuam a ser "extremamente vulneráveis à violência", nomeadamente
doméstica e sexual.
"Esta situação é muito séria, é inaceitável que as mulheres
timorenses não possam viver a sua vida sem violência", afirmou o diretor
daquela organização, Luís Sampaio.
MSE // HB
Lusa/Fim
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