sexta-feira, 8 de março de 2013

Timorenses dançam contra a violência

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Foto, Rede Feto - Facebook
Díli, 08 mar (Lusa) - Dezenas de homens e mulheres timorenses e de outras nacionalidades dançaram hoje, Dia Internacional da Mulher, em frente ao Palácio do Governo contra a violência no âmbito da campanha mundial "One Billion Rising".

Organizada pela organização não-governamental timorense Rede Feto (Rede das Mulheres) e pela agência da ONU para as Mulheres, a iniciativa contou com a presença da primeira-dama timorense, Isabel Ferreira, e do vice-primeiro-ministro, Fernando La Sama de Araújo.

Militares, polícias, estudantes funcionários públicos, de organizações internacionais e de organizações não-governamentais, todos dançaram contra a violência que atinge milhares de mulheres em todo o mundo.

"Hoje estamos aqui para unir todas as mulheres para parar com a violência contra as mulheres", afirmou Ivete Oliveira, presidente da Rede Feto.

Ivete Oliveira referiu-se também a dados do Ministério da Saúde timorense, que indicam 38% das mulheres a partir dos 15 anos vítimas de algum tipo de violência.

"Isso significa que uma em três mulheres timorenses sofreu algum tipo de violência", salientou.

Ivete Oliveira explicou também que a história do país, nomeadamente a invasão indonésia, integrou a violência nas comunidades e que só nos últimos anos, com campanhas e o apoio da comunidade internacional, as mentalidades começaram a mudar.

Associou-se também ao Dia da Mulher em Díli, o Programa de Monitorização do Sistema Judicial de Timor-Leste, uma organização não-governamental timorense, que alertou que as mulheres timorenses continuam a ser "extremamente vulneráveis à violência", nomeadamente doméstica e sexual.

"Esta situação é muito séria, é inaceitável que as mulheres timorenses não possam viver a sua vida sem violência", afirmou o diretor daquela organização, Luís Sampaio.

MSE // HB

Lusa/Fim
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