Díli, 19 fev (Lusa) - O secretário-executivo da Comunidade dos Países
de Língua Portuguesa (CPLP), o embaixador Murade Murargy, disse hoje
que a comunidade tem de mudar e adaptar-se à nova conjuntura mundial e
que Timor-Leste vai conduzir o processo.
"A CPLP foi criada num contexto histórico e internacional diferente e
hoje o mundo mudou e a CPLP não pode continuar estática e tem de mudar e
adaptar-se à nova conjuntura mundial", afirmou o embaixador
moçambicano.
Segundo o secretário-executivo da CPLP, é precisamente na presidência
de Timor-Leste, quando a organização comemora o seu 18.º aniversário,
que toda essa viragem deverá acontecer e "Timor vai conduzir esse
processo".
A CPLP foi criada a 17 de julho de 1996, em Lisboa.
Timor-Leste aderiu à CPLP a 20 de maio de 2002, com a restauração da
independência, tornando-se o oitavo Estado-membro da organização, que
inclui Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e
São Tomé e Príncipe.
Timor-Leste assume, pela primeira vez, a presidência rotativa da CPLP em julho de 2014.
O secretário-executivo da CPLP falava aos jornalistas em Díli onde se
encontra em visita oficial, que termina sábado, e depois de um encontro
com o presidente do Parlamento Nacional de Timor-Leste, Vicente
Guterres.
Na segunda-feira, o embaixador moçambicano esteve reunido com o chefe
da diplomacia timorense e com o Presidente de Timor-Leste, Taur Matan
Ruak, e assinou o acordo de concessão do terreno para a construção da
representação da CPLP em Díli.
"Em todos os encontros tive uma receção muito cordial em que debatemos as questões relativas ao crescimento da CPLP", disse.
Segundo o secretário-executivo da CPLP, as autoridades timorenses têm
compreensão dos desafios que a comunidade enfrenta e estão dispostas a
trabalhar para que todos os cidadãos possam sentir a organização como
sua.
Na quarta-feira, o secretário-executivo da CPLP participa num
seminário sobre a organização no Ministério dos Negócios Estrangeiros.
MSE // PNE.
Lusa/Fim
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