Alegação de corrupção, conluio e nepotismo contra Emília Pires é uma ameaça grande para o OGE para 2013

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Jornal Independente - Terça-feira, 12 de fevereiro de 2013 - Tradução de TIMOR HAU NIAN DOBEN

O diretor da Organização Não Governamental Luta Hamutuk, Mericio Alara, considera que a alegação de corrupção, conluio e nepotismo (mais conhecido em Timor pelo acrónimo indonésio, KKN) contra a ministra das Finanças, Emília Pires, pode ser uma ameaça grande para Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2013, porque é o ministério das Finanças o responsável pelo dinheiro do Estado.

"Isto na verdade é um grande desastre, isto não se pode deixar mais tempo, porque é a ministra das Finanças quem gere o OGE", afirmou Akara ontem, ao Independente.

Por esta razão ele apela à ministra das Finanças, Emília Pires, para resignar do cargo, porque existem desconfianças de KKN contra ela, relativamente à alegação de que ela aprovou um projeto para o seu marido.

"Na verdade, ela não precisa de esperar pelos outros processos, ela tem que declarar para o público que ela já não merece (ocupar o cargo) e é melhor ela resignar antes, para se concentrar, de modo a responsabilizar-se pelo processo dela ", disse Akara.

Akara declarou que o Orçamento Geral do Estado não pode ser gerido por pessoas que sobre elas existem desconfianças de que praticaram corrupção conluio e o nepotismo.

Mericio Akara acrescentou ainda que, "o Ministério Público e a Comissão Anticorrupção têm de efetuar uma investigação rapidamente porque este é um caso extraordinário, que envolve a ministra das Finanças e é ela quem gere o dinheiro do Estado.

A investigação não pode olhar apenas para quem é que cometeu, tem de se ter em conta a posição como ministra, para não haver confusão entre o público", disse Akara.

Mericio Akara afirmou que, esta alegação contra a ministra das Finanças tem indicações fortes de que há um conflito de interesses, porque ela aprovou um projeto para o seu marido.

" Como sociedade civil nós pensamos que este caso não pode ser considerado como um caso normal, mas sim como um caso extraordinário porque envolve uma ministra das Finanças do Estado", afirmou.

Entretanto, anteriormente a ministra das Finanças, Emília Pires, disse que ela está pronta para responder perante o tribunal relativamente às acusações contra ela que alegam que aprovou um projeto para o seu marido, para comprar equipamentos de saúde para o Hospital Nacional Guido Valadares, no ano passado.

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