Mário Carrascalão: "A Fretilin como oposição no PN não é forte, a fiscalização do OGE levanta grandes questões"

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Jornal Timor Post - Sexta-Feira, 11 de janeiro de 2013 - Tradução de TIMOR HAU NIAN DOBEN

O ex-vice-primeiro-ministro, Mário Carrascalão, disse que todos os anos o montante alocado para o Orçamento Geral do Estado está sempre a aumentar, mas a capacidade de fiscalização do Parlamento Nacional (PN) para a sua execução, não é muito eficaz.

Ele afirmou que a fiscalização da execução do orçamento, não pode ser feita pelos membros do PN, ou por uma comissão, é necessário criar uma comissão de fiscalização para o Orçamento do Estado.

" Eu penso que para implementar estas coisas (orçamento) vai ser um bocado difícil, e a oposição agora não é forte, como é que a Fretilin pode defender como deve de ser o orçamento no Parlamento Nacional", disse ao Timor Post, na passada terça-feira, no Hotel Timor, em Díli.

Carrascalão está preocupado porque já estamos em janeiro, e o OGE para 2013 ainda não foi discutido no PN, de acordo com ele, isto vai ter um grande impacto no processo de execução, porque quando for posto para discussão, tem de ser feito apenas à pressa, para poder ser aprovado.

De acordo com as informações que ele obteve, o Orçamento Geral do Estado será discutido em fevereiro, desta forma, já se passaram dois meses, e como é que se vai implementar o processo de fiscalização, que o PN ainda vai fazer nas bases.

Mário Carrascalão esclareceu ainda que para 2013, o montante alocado para o OGE continua a ser grande, por isso, um orçamento com o montante acima dos $1,800,00 bilhões de dólares, demonstra que muitos projetos ainda não foram feitos, e alguns projetos são efetuados sem seguirem o devido processo legal.

"O dinheiro do Fundo Petrolífero já foi retirado, mas para onde é que foi? O montante dos juros, nós também não sabemos, agora eu ouvi que retiraram $ 1.9 bilhões de dólares americanos, isto é muito dinheiro", informou Carrascalão.

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