Díli, 05 dez (Lusa) - O Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak,
disse hoje que o tráfico de mulheres continua a ser um "problema grave"
que o país tem de combater com eficácia.
"Esta realidade continua a ser um problema grave que temos de
combater continuamente e com mais energia. Precisamos de estar alerta e
adquirir mais experiência para alcançarmos cada vez mais eficácia na
repressão e prevenção das atividades ligadas ao tráfico de mulheres e de
crianças no nosso país", afirmou o chefe de Estado timorense.
Taur Matan Ruak discursava na sessão de abertura da Conferência
Internacional Contra o Tráfico de Mulheres, que começou hoje e termina
na quinta-feira, no salão nobre do Ministério dos Negócios Estrangeiros
em Díli.
"Esta conferência internacional é, por isso, muito oportuna para
alertar a sociedade, articular organizações e aumentar a prevenção
contra essas atividades ilegais", disse o Presidente timorense.
No discurso, o Presidente deixou um alerta a todos os envolvidos no
combate ao tráfico de mulheres, salientando que é preciso saber
"distinguir bem entre as vítimas e prevaricadores".
"As mulheres e as crianças traficadas são objetivamente as vítimas
nesta atividade criminosa. As vítimas devem encontrar por parte do
Estado e das organizações sociais interessadas apoio para poder ajudar
ao combate e à punição dos verdadeiros culpados", alertou Taur Matan
Ruak.
Para o Presidente timorense, as "vítimas não podem ser tratadas como
se fossem autores dos crimes", porque vai desencorajar aquelas mulheres e
crianças a pedir ajuda e a denunciar atividades criminosas.
A conferência conta com a participação de autoridades judiciais,
policiais e organizações da sociedade civil envolvidas no combate ao
tráfico de mulheres.
O relatório de 2012 do Departamento de Estado norte-americano sobre
Tráfico de Pessoas refere que Timor-Leste é um país de destino de
mulheres e raparigas oriundas da China, Indonésia e Filipinas, que
depois são sujeitas a exploração sexual.
O documento refere também que mulheres timorenses poderão ter sido
enviadas para Singapura e outros países do sudeste asiático para
trabalhos domésticos forçados.
Segundo as Nações Unidas, mais de 2,4 milhões de pessoas são vítimas
de tráfico de seres humanos, um negócio mundial de 32 mil milhões de
dólares.
Quase 80 por cento dos casos de tráfico de serem humanos são para exploração sexual.
MSE // VM.
Lusa/Fim
.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.