Díli, 17 out (Lusa) - A missão da Força de Estabilização Internacional em Timor-Leste, liderada pela Austrália, vai terminar no primeiro semestre de 2013, disse hoje o chefe das forças de defesa australiano, o general David Hurley.
Segundo o general David Hurley, que falava durante uma audiência no Senado, em Camberra, citado pela agência "Australian Associated Press", o plano de retirada está em andamento em paralelo com a redução da missão da ONU no país, que termina o seu mandato a 31 de dezembro.
"Vai ser uma transição escalonada para as autoridades de Timor-Leste, em estreita colaboração e coordenação com Timor-Leste, ONU, Austrália e Nova Zelândia", disse o general australiano.
No passado mês de setembro, o primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, afirmou à agência Lusa que a Força Internacional de Estabilização destacada no país também iria acabar, à semelhança da Missão Integrada da ONU (UNMIT), que inclui o contingente português da Guarda Nacional Republicana.
"Já falei com a Austrália e com a Nova Zelândia. A ISF veio conjuntamente, não ao mesmo tempo, mas conjuntamente com a UNMIT, num contexto próprio. Como já vamos quebrar esse capítulo da nossa história, eles vão todos regressar. As relações bilaterais vão continuar", afirmou.
As autoridades timorenses anunciaram também em setembro que, após o final do mandato da UNMIT, não querem "nem missões políticas, nem de paz".
"Gostaríamos de estabelecer com as Nações Unidas umas relações inovadoras de cooperação", afirmou o primeiro-ministro timorense.
A Força de Estabilização Internacional, liderada pela Austrália, entrou no país na sequência do conflito político e militar de 2006, e é composta por cerca de 450 militares australianos e neozelandeses.
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